29 de agosto | 2021

Ong registrou BOs por sacrifício de animais em ritual de magia negra

Compartilhe:

 

RELIGIÕES AFRICANAS!
Polícia teria alertado para decisão do STF autorizando sacrifício religioso de animais.
Representante da Ong registrou BO dizendo que foi impedido pela PM de filmar bode em situação de maus tratos, sem água e sem comida.


Moradores teriam denunciado e o presidente da Ong SOS Animais, Wilson Carraro Junior, chamou a polícia para constatar um possível sacrifício de animais por ritual de magia negra num templo religioso no Jardim Blanco, na manhã de sábado, 21.

A polícia foi até o local e não encontrou animais em situação de maus tratos e registrou ter orientado o representante da Ong que pela legislação e até por decisão do STF as religiões africanas poderiam realizar tais sacrifícios.

O representante, no entanto, registrou outro BO, este na Delegacia de Polícia Civil alegando que havia um cabrito ou bode em situação de maus tratos e que foi impedido pela PM de filmar o animal.

POLICIAIS FORAM ATÉ
O TEMPLO NA MANHÃ DE SÁBADO

O primeiro Boletim foi registrado pela PM na manhã do sábado, dia 21, quando os policiais militares Guerra e Bortoluci foram chamados a atender ocorrência de maus tratos de animais que estaria ocorrendo no templo, no Jardim Blanco.

No local, os policiais encontraram o representante da Ong SOS Animais, Wilson Carraro Junior que disse ter sido solicitado através de varias denúncias anônimas, de que os animais que ficam no templo passam a noite toda berrando e que cada dois meses o terreiro sacrifica animais. Que no local se encontravam, em um dos banheiros, uma cabra ou bode, e no outro 8 galinhas para serem sacrificadas e acredita que isto caracterizaria maus tratos.

RESPONSÁVEL PELO TEMPLO
ACUSOU REPRESENTANTE DA ONG
DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Já o responsável pelo templo, Hiago Pires Pimenta, declarou aos policiais que autorizou a entrada na sua casa e que o Wilson desferiu palavras ofensivas contra o mesmo e sua religião, chamando sua religião de merda, lixo e que iam pagar pelo que fizeram, agindo com intolerância religiosa.

Já no relatório da PM, os policiais Guerra e Bortoluci, afirmaram que foram atender a ocorrência de averiguação de sacrifício animal para fins religiosos e que entraram no local junto com o representante da Ong SOS Animais, dizendo que recebeu denúncias que iriam sacrificar animais para um ritual de umbanda e que iria invadir o local para impedir e resgatar os animais.

Os policiais registraram que a equipe o orientou sobre o artigo 5 inciso VI da Constituição Federal que permite cultos religiosos independente da religião e que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, já tinha decidido que é constitucional o sacrifício de animais por religiões Afro Brasileiras.

UM BODE E 8 GALINHAS

Já dentro da casa, em um dos banheiros havia um bode e no outro 8 galinhas que seriam sacrificadas e nenhum dos animais em estado de maus tratos.

Os PMs registraram ainda que “na presença da equipe o sr. Wilson agiu com intolerância religiosa dizendo a Hiago que sua religião era uma merda e um lixo e que um dia pagariam pelo que estavam fazendo”.

O representante da ONG, Wilson Carraro Junior, por sua vez, durante a semana foi a Delegacia de Polícia local e registrou outro Boletim Ocorrência na Polícia Civil, onde, entre outras coisas, alegou que no dia 21 foi apurar uma denúncia de maus tratos envolvendo ritual de magia negra, denúncia esta, feita por vizinhos do local, onde alegaram ouvir animais gritando a noite inteira.

CABRITO NO BANHEIRO
SEM COMIDA E SEM ÁGUA

Narrou que no Templo verificou que havia um cabrito preso em um banheiro, sem água e sem comida, berrando sem parar. Mas que não verificou animais do tipo cachorro e gato, porém foi informado por vizinhos que sim, no local havia a entrada de cachorros e gatos para serem sacrificados.

E denunciou também que não registrou imagens do cabrito em condições precárias pois foi impedido pelo policial militar.

Disse também que manteve uma breve discussão com o responsável do local, pois disse que como representante da Ong SOS Animais, era inadmissível eles utilizarem animais domésticos para realização de trabalhos espirituais, com derramamento de sangue e sacrifícios para saciar as necessidades trevosas.

Que, o rapaz informou para o declarante de que os cachorros que ali se encontravam eram de propriedade do “líder” do local e que em relação ao cabrito, eles iriam mata-lo às 18 horas daquele dia.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas