30 de setembro | 2007

Oscilação e picos de energia podem estar queimando computadores em Olímpia

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As constantes oscilações na voltagem e até alguns picos na energia elétrica que está sendo distribuída na cidade de Olímpia, pela CPFL, podem ser a principal responsável pelo aumento de queimas de fontes de computadores que vêm sendo verificadas pelo menos nos últimos seis meses. Em alguns casos foi apurado aumento de 100% na procura pela substituição de uma fonte queimada.

Uma pesquisa feita em quatro casas especializadas em produtos de informática na tarde desta sexta-feira (28), indica aumentos quase que astronômicos de trocas de fontes queimadas, indo de três unidades por semana até a quatro delas por dia. Só para se ter idéia do prejuízo, o preço de uma fonte varia entre R$ 40 a R$ 60.

Mesmo no caso de quem tem um aterramento bem feito, segundo explica Robson Cleber Freu Ferezin, de 40 anos, proprietário da Display Informática, há riscos de sofrer prejuízos por queima de fonte. "São vários fatores, mas um dos motivos pode ser a oscilação de energia", observou.

Um bom aterramento, segundo ele, pode prolongar a vida útil da fonte. Mas as fortes oscilações diminuem a resistência dos estabilizadores e os componentes acabam queimando. "Se tivesse como a CPFL fazer uma triagem para ver o que acontece, ajudaria. São problemas de transformadores em campos isolados", acrescentou.

Uma das saídas para evitar este tipo de prejuízo, segundo foi apurado pela reportagem desta Folha na tarde de ontem, é a utilização de um nobreak, equipamento que filtra a energia e evita queimar a fonte. Porém, é um artifício que nem todos podem ter em seu computador. O preço varia entre R$ 100 e R$ 200.

De acordo com Adriano Aparecido Tokunaga, de 33 anos, proprietário da Data Net Informática, além das oscilações, o excesso de calor e a falta de refrigeração adequada, principalmente no local onde a máquina está instalada, pode também ser um motivo.

Tokunaga explica que pode até mesmo ser algum lote com defeito. Entretanto, reconhece que nos últimos meses a quantidade de casos aumentou bastante. "Deve ter aumentado uns 50%", calculou.

Uma fonte queimada, explica o proprietário da SE Informática, Silas Cesar Velini, de 26 anos, dificilmente tem conserto e praticamente o proprietário do computador é obrigado a trocá-la.

Embora afirme que sempre houve problemas com as fontes, observa que há cerca de quatro meses o número de casos chegou a crescer 100%. "Um aumento brusco de uns três ou quatro meses para cá", afirmou.

Uma limpeza da fonte, segundo Velini, ajuda na conservação. Ele explica que quando fica suja há dificuldades de refrigerar chegando a causar a queima da fonte.

Baixa potência

Porém, aponta o mau dimensionamento da fonte, ou seja, verificar a potência dela, pode também ser um fator a ser levado em consideração. "Tem caso que as pessoas colocam uma fonte de potência pequena para o equipamento que está usando e não agüenta", acrescentou.

O técnico da Protec Informática, Frederico Luiz Conte, de 32 anos, observa que tem recebido muitas reclamações de clientes. E, segundo conta, não parte apenas de máquinas mais antigas, mas também de equipamentos mais novos. "Esse aumento de queima de fonte já vem há bastante tempo, mas neste ano piorou, principalmente de uns seis meses pra cá. Realmente estão queimando com muita freqüência", avaliou.

Embora considere que podem ser muitos os motivos, a primeira opção que surge é a grande variedade de tensão na rede elétrica.

Atualmente, de acordo com o que informou, tem trocado até três fontes por dia. "Trocávamos duas e era bem menos que agora", observou estimando um aumento de até 80% nos casos de queimas.

Sobre a forma de como amenizar o problema, explica que nos casos de excesso da temperatura interna da máquina é mais fácil. Caso contrário, no caso da variação da tensão elétrica, não há muito que fazer. "Temos que todo mundo reclamar com a CPFL para ver o que podem fazer para amenizar", orientou.

 

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