Uma pesquisa divulgada na quinta-feira (27) desta semana, pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), vem confirmar as tendências encontradas em enquêtes realizadas recentemente pela reportagem desta Folha. A última delas, por exemplo, mostrou que cerca de 90% dos eleitores olimpienses não aprovam a atuação da câmara de vereadores.

Se considerarmos que a pesquisa elaborada pela Opinião Consultoria apontou que apenas 18,9% dos eleitores confiam nas câmaras municipais, quando comparado com o resultado da enquête desta Folha, pode-se afirmar que quase acontece um empate técnico entre ambos.

Na enquête, que ao contrário da pesquisa não tem fundamento científico, embora a escolha dos entrevistados tenha sido aleatória, houve também a preocupação de fazer uma distribuição por sexo e idades, considerando, principalmente, o limite mínimo de 16 anos, que dá direito de voto ao cidadão.

A falta de confiança no trabalho dos vereadores, juntado ao comportamento que têm, leva cerca de 90% a demonstrarem insatisfação com o que vem ocorrendo na câmara de Olímpia.

Estas pessoas entendem que se houvesse mais união e menos discórdia, além do fato de pensarem mais em questões pessoais do que propriamente no bem estar da população e da cidade, tudo na cidade poderia estar caminhando melhor.

E essa insatisfação surge num momento em que se discute o aumento da quantidade de vereadores nos municípios brasileiros, inclusive em Olímpia que pode passar para pelo menos 11 cadeiras. Para cerca de 60% dos entrevistados deveria haver diminuição.

Metade deste contingente entende que deveriam ser no máximo cinco cadeiras. Por outro lado, apenas 40% dos entrevistados opinaram pela manutenção das nove cadeiras atualmente existentes. Nenhum deles opinou por um aumento no número de vereadores do município de Olímpia.

A mesma tendência foi observada na enquête proposta pelo Ifolha, versão digital na internet desta Folha onde, para, aproximadamente, 62% o ideal seria reduzir a quantidade de vereadores da Câmara Municipal de Olímpia.

Por telefone, a pesquisa divulgada pela AMB, por exemplo, ouviu 2.011 pessoas em todo o País com idade acima de 16 anos. De acordo com o relatório que a editoria desta Folha obteve acesso na tarde desta sexta-feira, houve uma divisão entre homens e mulheres na proporção de metade para cada um.

O objetivo da pesquisa foi o de avaliar a confiança da população nas instituições, órgãos públicos e a imagem do poder Judiciário. No caso do Poder Legislativo, foram sondados as câmaras de vereadores, deputados federais e o próprio senado federal.

Dentre os três a câmara dos deputados federais foi apontada como a instituição menos confiável. Mais de 83% dos entrevistados não acreditam no trabalho destes parlamentares.