26 de novembro | 2016

Poço profundo pode substituir a captação de água do Cachoerinha

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Considerando a situação da Estação de Tratamento de Água (ETA), cu­ja obra, embora paralisada está em fase de cons­­tru­ção no Jardim Luiza, na zona leste da cidade, mais complicada, principalmente em relação a custo, o prefeito eleito de Olím­pia, Fer­nando Augusto Cunha, está avaliando a questão e deverá perfurar um po­ço profundo para substituir o projeto de cap­tação de água do rio Ca­cho­eirinha, na região leste do município de O­límpia.

“A minha ideia é analisar a possibilidade e vamos fazer um poço profundo para substituir a captação de água do (rio) Cachoe­rinha. Por exemplo, hoje, nos moldes em que está, o Governo Federal colocaria R$ 9 milhões e a Prefeitura precisaria colocar mais R$ 9 milhões e esse dinheiro não existe. Eu vou rever o projeto. Já estive lá no Saneamento”, afirmou durante coletiva à imprensa local no final da tarde de quarta-feira desta semana, dia 23.

Mas além do alto custo e da falta de recursos financeiros, Cunha acrescenta que “a água é de melhor qualidade, mais con­fiável e aí nós não precisaríamos ter a ETA como u­ma estação de tratamento, mas sim um reservatório superficial”.

De acordo com Fer­nan­do Cunha, dessa forma o custo vai cair para a metade. “Ao invés de gastar R$ 20 milhões nós gastaremos R$ 6 milhões no po­ço mais uns R$ 3 milhões ou R$ 4 milhões na ETA e precisa de mais R$ 2 milhões para fazer a conexão com a rede de distribuição dos bairros localizados na zona leste da cidade. Mas vamos rever o projeto e fazê-lo mais barato”, explicou.

Entretanto, avisa que o valor que já foi investido não se transformará em desperdício: “a parte de alvenaria, é transformado num reservatório superficial, então não perde (dinheiro). Agora, a tubulação comprada tem que ser vendida, infelizmente. Mas vamos fazer com R$ 10 milhões o que a gente ia fazer por R$ 20 milhões e vamos economizar todo mês o tratamento da água que é caro”.

MÁFIA DO ASFALTO

Como se recorda, no final de dezembro de 2015, quando a obra anda estava com aproximadamente 30 meses de paralisação por causa do envolvi­mento com a chamada Máfia do Asfalto, a Prefeitura Municipal de Olímpia abriu um novo processo de licitação, na modalidade concorrência pública, com a finalidade de contratar uma empresa para a retomada das obras.

Segundo o edital publicado, a contratação dessa empresa deveria contemplar retomada da “construção da captação de á­gua (sistema cacho­ei­rinha), rede adutora de água bruta, conclusão da ETA (inacabada), construção de estação elevatória e reservatórios, semien­terrados e reservatório e­levado, construção de a­dutoras de água tratada e interligação ao sistema existente em Olímpia”.

A obra foi paralisada em razão dos problemas que envolveram a empresa Scamatti & Seller, de Votu­poranga, por causa da chamada Máfia do Asfalto, um dos maiores esquemas de corrupção já vistos no Brasil. Quando o contrato inicial foi cancelado, segundo o prefeito Eugênio José Zuliani, a empresa tinha abandonou o canteiro de obras com apenas 10% do projeto realizado.

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