13 de novembro | 2012

Prefeito eleito de Altair declara que pagou R$ 69,4 por voto

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O prefeito eleito de Altair, que deverá tomar posse no dia 1.º de janeiro de 2013, Antônio Padron Neto, declarou à justiça eleitoral que pagou a importância de R$ 69,40 por cada um dos 1.688 votos que recebeu na eleição municipal realizada no dia 7 de outubro próximo passado.

De acordo com o que consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou que gastou o total de R$ 116,5 mil. Em tese, Padron Neto, foi o eleito da 80.ª Zona Eleitoral – Comarca de Olímpia – que declarou o maior valor pago por voto recebido. Ele supera inclusive o valor declarado pelo prefeito reeleito em Olímpia que declarou o equivalente a R$ 7,42 por voto.

Entretanto, praticamente todos os eleitos na microrregião de Olímpia aparentam ter pago mais por cada voto que o reeleito de Olímpia. No caso de Cajobi, por exemplo, Márcio Donizete Barbarelli declarou uma despesa de R$ 19.269 o que representa R$ 10,99 por cada um dos seus 3.400 votos recebidos.

O valor mais baixo pago por cada voto recebido é verificado no município de Embaúba, onde o reeleito Jesus Natalino Peres declarou uma despesa de R$ 3,5 mil, o que representam o valor de R$ 2,80 por cada um de seus 1.248.

Já em Severínia, cujo candidato virtualmente vencedor teve a candidatura rejeita e o resultado da eleição ainda está dependendo de julgamento pela justiça eleitoral, cada voto teria custado R$ 9,52. Izidro João Camacho, que recebeu 3.354 votos, declarou despesa no valor de R$ R$ 31 mil. Por outro lado, o eleito de Guaraci, Renato Azeda Ribeiro de Aguiar, segundo consta ainda não prestou contas à justiça eleitoral.

TOSTÃO CONTRA O MILHÃO

De acordo com uma informação publicada pelo jornal Diário da Região, em termos proporcionais, Antônio Padron Neto não teve apenas o voto mais caro da 80.ª Zona Eleitoral, mas foi o segundo mais caro entre as campanhas para prefeito em 64 cidades da região de São José do Rio Preto, que seguem o melhor estilo do tostão contra o milhão.

Enquanto em algumas cidades, como Rio Preto e Frutal, candidatos vencedores despejaram milhões na busca pela vitória, em outra bastaram alguns reais para a eleição. É o caso de Palmeira d’Oeste, cidade em que o prefeito Luciano Esparapani precisou de apenas R$ 160 para se eleger prefeito. O valor se torna mais incrível quando calculado o preço que “pagou” por cada um dos 3.248 votos que obteve nas urnas: R$ 0,04. É o voto mais barato da região – quiçá do País.

Por outro lado, o prefeito eleito de Frutal, em Minas Gerais, Mauri Ribeiro, além de ser o segundo que mais gastou em toda região (R$ 1,1 milhão) – perde apenas para Valdomiro Lopes (PSB), em Rio Preto – foi também aquele que registrou o maior preço do voto: R$ 78,98. O voto de Mauri ficou acima da média nacional de prefeitos eleitos em capitais, R$ 60.

Valdomiro Lopes de Rio Preto, que declarou despesas de R$ 2,5 milhões, obteve 133.024 votos, gerando, portanto, um custo de R$ 18,79 por voto. Custo menor que os prefeitos de Catanduva, Geraldo Vinholi; Fernando Galvão, de Bebedouro; e Armando Garcia, Santa Fé do Sul.

Além de Esparapani, outros prefeitos na região precisaram de apenas alguns centavos por votos para se eleger. Sávio Nogueira Franco, que teve 4.450 votos, declarou despesa de R$ 352,70, gerando um custo de R$ 0,07 por voto. Um pouco menos que Cláudio Martins, de Uchoa, que registrou um custo de R$ 0,14 por voto. Ele teve 3.759 votos e uma despesa declarada de R$ 550.

Na casa dos centavos por voto ficaram também os prefeitos eleitos de Tabapuã e Pindorama, Jamil Seron e Nelson Trabuco, respectivamente. Enquanto o primeiro registrou custo de R$ 0,76 por voto, o segundo precisou de R$ 0,42 para assumir o controle da cidade.
BEM VOTADOS, MAS COM GASTOS

Por outro lado, apesar de ter sido eleito com mais de 94% dos votos válidos de Votuporanga – quase uma unanimidade – Júnior Marão não teve uma campanha barata. Ele registrou despesa de R$ 354,6 mil, o que representa custo de R$ 8,25 por cada um dos 42.954 votos.

O mesmo ocorreu com o reeleito em Olímpia, Eugênio José Zuliani, apesar de ter tido 20.281 votos (73% do eleitorado votante), registrou despesa de R$ 7,42 por voto. Há também caso de outras cidades, como Bady Bassitt e Jaci cujos prefeitos eleitos não apresentaram à Justiça Eleitoral declaração de despesas.

PENDÊNCIAS ELEITORAIS!

Ainda segundo o Diário da Região, os prefeitos eleitos no primeiro turno da eleição deste ano que não entregarem as despesas de campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a próxima sexta-feira serão barrados, caso queiram ser candidatos nas próximas eleições.
São os casos dos prefeitos eleitos de Bady Bassitt, Edmur Pradela; de Cardoso, Leonadro Gomes da Silva; de Cedral, José Luis Pedrão; de Guaraci, Renato Azeda Ribeiro de Aguiar; de Jaci, Rafael Trídico; de Mira Estrela, Antônio Carlos Macarrão do Prado; de Paulo de Faria, Harley Rossi; e de Urânia, Francisco Saracuza, que são os únicos que não entregaram a declaração, segundo dados do TSE.

 

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