06 de março | 2022

Prefeito quer investir até R$ 35 milhões da privatização do Daemo para ampliar Santa Casa

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O DAEMO NÃO É NOSSO?
Prefeito Fernando Cunha diz que tem gente “do contra” levando vantagem com o Daemo. Para o prefeito, “a maioria dos gritos contra a concessão da Daemo vem de gente que não acredita na cidade, gente amarga, derrotada, do contra”.


O prefeito Fernando Augusto Cunha, na manhã do dia 2 de março, aniversário da cidade, quando, como parte das solenidades apresentava os equipamentos do Centro de Hemodiálise para a imprensa e convidados, ao comentar a privatização do Daemo, além de afirmar que pretende utilizar R$ 35 milhões para ampliar a Santa Casa, também denunciou que tem gente do contra (que está participando do movimento #odaemoénosso) que estaria levando vantagem com o Daemo.

De acordo com o prefeito, foram investidos ano passado R$ 61 milhões em Educação, respeitando os 25% obrigatórios do Orçamento Anual, e R$ 63 milhões na Saúde, extrapolando o limite mínimo de 15% do Orçamento anual.

“Há cinco anos este repasse era de pouco mais de R$ 30 milhões”, observou o prefeito. “É uma opção minha, como prova inequívoca da preocupação que tenho com a Saúde em Olímpia”, complementou.

Com este prenúncio, o prefeito olimpiense se posicionou frente à questão da instalação do Centro de Hemodiálise naquele hospital, antes prometida para este 2 de março, e agora com entrada em funcionamento adiada para meados de abril ou começo de maio.

HEMODIÁLISE CUSTA
R$ 3 MIL/MÊS POR PACIENTE

“Uma coisa é montar, outra é viabilizar o funcionamento, que terá custo de R$ 3 mil por mês, por paciente”, disse ele. Quanto a entrar em atividade, disse que “em um mês, um mês e meio estará funcionando”.

Em seguida, Cunha tocou no assunto “ampliação da Santa Casa”, uma forma de garantir sustentação financeira ao hospital. Uma ampliação que garantiria mais receita à instituição.

Mas, este é um assunto diretamente ligado à concessão da Daemo Ambiental, que segundo Cunha geraria os recursos necessários –cerca de R$ 20 milhões, além de outros R$ 10 a R$ 15 milhões “para a construção de um parque aquático municipal”.

DISSOLUÇÃO DA PRODEM FOI CORAJOSA

Cunha citou a dissolução da Prodem como “uma decisão que impacta a cidade”, mas “uma decisão corajosa”, já que a autarquia gerava um prejuízo anual de R$ 5 milhões. “Contratamos terceirizados e vamos cortar uma sangria”, projetou.

Foi quando o prefeito entrou na questão da Daemo Ambiental, lembrando que o Referendo está na sua “segunda rodada” de votação (nesta quinta-feira, 3 de março, na Câmara de Vereadores), observando que “sem vencer esta fase, não tem razão de iniciar o debate. Porque vamos ter debates, vamos ter muita transparência (em torno da concessão)”, garantiu.

Lembrou que os funcionários são estáveis e podem ser absorvidos pela própria prefeitura.

CONCESSÃO DO DAEMO SERÁ
PELO MENOR PREÇO DA TARIFA

Quanto ao modelo de concessão, Cunha adianta que será o do menor preço da tarifa. “A tarifa atual será o teto e vence quem der maior desconto. Assim, não tem como a tarifa ser mais cara que hoje”, pontuou.

Sobre a Daemo, Cunha tem uma opinião muito particular. Para ele, a situação da Superintendência é resultado das más gestões havidas, “dos desvios e desperdícios”. Com a concessão, isso seria corrigido.

“A meta é organizar, acabar com desvios e desperdícios, melhorar a distribuição de água, a coleta de esgotos e ainda praticar uma tarifa mais baixa”.

GRITOS CONTRA DE GENTE AMARGA,
DERROTADA, DO CONTRA

Para o prefeito, “a maioria dos gritos contra a concessão da Daemo vem de gente que não acredita na cidade, gente amarga, derrotada, do contra”.

“O Daemo é nosso. Meu não é. É de Olímpia. Dizem: Não vai dar certo”, criticou, rebatendo a postura dos “contra”, que estão difundindo o bordão “O Daemo é Nosso”.

Indo mais fundo, Cunha diz que alguns são contra porque estariam “levando vantagem” com a Daemo, sem especificar que tipo de vantagem exatamente.

O prefeito observa que se decidiu pela concessão, “convencido pelos muitos estudos que foram feitos”. “Passamos quatro anos tentando corrigir aqui e ali, mas não tem jeito, não tem conserto”, disse. “Esta é a melhor atitude, a mais acertada. O resto é conversa mole, discurso de demagogia”, concluiu.

Fonte: site da rádio Espaço Livre.

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