06 de fevereiro | 2011

Prefeitura já erradicou seis árvores da Praça Rui Barbosa

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A Prefeitura Municipal já erradicou seis árvores de portes médio e grande, das 16 que anunciou ao Ministério Público (MP) de Olímpia, que teriam que ser retiradas para a reforma da Praça Rui Barbosa, região central da cidade.

Das árvores já retiradas, uma já estava seca, portanto considerada morta, e três eram coqueiros ornamentais pequenos. Essa situação foi constatada pela reportagem desta Folha, no final da tarde desta sexta-feira, dia 4.


No dia 12 de janeiro, mais de um mês após ter divulgado uma foto de maquete mostrando a remodelação da praça Rui Barbosa com o aproveitamento de apenas três das dezenas de árvores existentes e uma palmeira, a Prefeitura de Olímpia divulgou, através de sua assessoria de imprensa, que retiraria apenas 16 delas, para levar a efeito a implantação de seu projeto de praça ao estilo europeu.


Cinco de espécies nativas e onze exóticas, que segundo o diretor de Meio Ambiente, Fernando Barbosa Velho, não necessitariam de autorização da Cetesb. De acordo com a informação, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) autorizou a retirada de sete árvores de essências florestais nativas existentes.


A autorização, número 116150/2010, que foi expedida pelo órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente ainda no final de dezembro do ano passado, após justificativa do projeto paisagístico desenvolvido para a reforma do local.


Na ocasião, segundo o comento de autorização, a Prefeitura firmou termo de compromisso de recuperação ambiental para o plantio de 175 mudas de essências florestais nativas nas margens do Córrego Matadouro.


Barbosa Velho explicava que “o projeto prevê a retirada de 16 exemplares arbóreos”. Destes, segundo ele, apenas cinco são de essências florestais nativas, que necessitam de autorização. As outras são exóticas e, portanto, não necessitam de autorização. Podem ser erradicadas a qualquer tempo.


“Apesar de retirarmos apenas cinco de essências nativas, fomos autorizados a suprimir sete. Porém essas outras duas serão transplantadas, não devendo ser suprimidas (apesar de estarmos autorizados a suprimir)”, afirmava Fernando Velho.


NECESSIDADE

Também no final do ano passado, um documento assinado pelo engenheiro agrônomo Reginaldo Itiro Muraishi foi entregue ao Departamento de Meio Ambiente de Olímpia justificando o projeto paisagístico desenvolvido.

“A necessidade da retirada de alguns exemplares de árvores e a poda de outras será de importante finalidade para o sucesso da implantação do projeto de revitalização da Praça Rui Barbosa – fase II”, diz o laudo.


“A área da Praça Rui Barbosa avaliada está toda vegetada com árvores exóticas, nativas e alguns exemplares de palmeiras, porém, sem as devidas manutenções, distribuição e quantidade inadequadas”, consta em outro trecho do mesmo laudo.


Segundo o engenheiro, “isso tornou a área da praça muito sombreada durante o dia e escuro no período noturno, devido ao crescimento natural das plantas”, e a consequência, de acordo com ele, “foi a morte dos arbustos, forrações e gramados por falta de luminosidade”.


O laudo também apresenta as espécies nativas e exóticas existentes na área da praça que serão retiradas e a manutenção com as podas para ser revitalizada com a implantação dos novos passeios, mobiliários, banheiro, iluminações e paisagismo.


“Em visita realizada na área foram localizadas várias espécies de árvores e palmeiras nativas e exóticas de médio e grande portes sem a manutenção devida – como poda de formação, poda de crescimento, retirada de galhos secos, controle de pragas e doença das raízes e parte aéreas das arvores”, diz o engenheiro em sua conclusão.


ESPÉCIES EXISTENTES

As espécies existentes no local, segundo esse laudo, são árvores Sibipirunas, Oitis, Cássia Imperial, Ipê amarelo, Ipê Roxo, Espatódea, Jambolão, Santa Barbara, Peroba Rosa, Pinus e Tuias, Palmeiras Bambu, Areca, Elegans, Leque, Tamareira, Imperial e Coqueiro Fênix.

Ainda segundo Muraishi, com o projeto de revitalização do local será necessário a retirada de 15 árvores vivas e uma morta, além da realização de manutenção com podas das outras que permanecerão no local.


Isso, também segundo o engenheiro, dará melhor arejamento e luminosidade diurna e noturna e mais segurança aos cidadãos, já que coibirá a possível presença de usuários de drogas e até prostituição.

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