26 de setembro | 2016

Reta final, diminuição ou ampliação das baixarias?

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Conselho Editorial

A campanha eleitoral está sendo, sem sombra de dúvidas, o discurso da repetição aliado ao festival de baixarias.

No horário eleitoral, se a voz não mudasse, a impressão que se teria é a de que os três candidatos com mais tempo são um só, tamanha a identificação dos discursos e dos vazios que apresentam à população, disfarçados de propostas.

De um quarto candidato não há o que se falar, já que a legislação eleitoral capen­ga concedeu tão pouco espaço a sua candidatura, em razão da pouca representação do partido a que está filiado, que o mesmo mal consegue dizer a que veio nesta eleição. Não sobrando tempo para promover suas propostas, se tivesse.

Nas redes sociais e nas notícias plantadas nos jornais, nas pesquisas falsas, que a coisa está pegando fogo, a prova é o tanto de representações levadas a análise da Justiça Eleitoral e a quantidade de multas aplicadas a candidatos e simpatizantes.

E o pessoal parece que perdeu o juízo; fanatizaram a tal ponto que qualquer comentário é alvo das críticas mais ferozes e às vezes de um baixo nível sem fim.

No Whatsapp, que muitos pensam ser uma terra sem lei, as discussões ganham contornos de briga e no facebook qualquer publicação que atinja a candidatura de um fanático o número de opiniões nem sempre muito civilizadas desbordam para ataques pessoais e insinuações maldosas.

Esta semana vindoura, será a última antes do voto, antes das urnas. Alguns especialistas em política local, pela alta temperatura demonstrada até agora, apostam que a semana decisiva será de muitos enfrentamentos e de golpes abaixo da cintura.

Há quem aposte de pés juntos que irão circular jornais que nunca foram vistos por aqui, sem nenhum assinante na cidade, que serão jogados nas residências com pesquisas beneficiando determinadas candidaturas com vínculo com aquele órgão de comunicação, e outras atrações circenses comuns neste período de palhaçadas.

Outros apostam em panfletos anônimos com denúncias cabeludas sobre a vida particular de alguns candidatos.

Há quem aposte até que circulará a ideia de que candidatos com pouca concentração de voto e capacidade de se sagrar vencedor nas urnas terá renunciado a candidatura em benefício de outra candidatura.

Parte destas questões será incorporada à lenda urbana, e poderão, como em muitas outras eleições, ser invocadas.

Em suma, pode começar a fase dois das baixarias, período do salve-se quem puder das mentiras e difamações, que tomara não venham ocorrer, mas é o que se espera que aconteça na semana que vem.

Para isto, as mentes diabólicas e facínoras dos mal intencionados políticos brasileiros contam com o pouco tempo e com a falta de estrutura da justiça eleitoral para cometimento de sandices, acreditando que o período pequeno para se processar uma denúncia pode ser passaporte para a impunidade.

Esperar para ver e torcer para que não seja desta maneira, parte da população não suporta mais tanta repetição da comprovação da desonestidade da maioria da classe política, e pede paz, tranquilidade e pelo me­nos um final mais decente para uma campanha eleitoral, que foi tudo até agora, menos decente, pelo menos da parte de alguns candidatos que abusaram do que pensam ser o direito do exer­­cício da hipocrisia sem punição ou responsabilização.

O eleitor esperava mais e melhor. Não teve. Embora possa parecer utopia, espera-se que tenha agora para formar convencimento do seu voto e não ter que concordar com a opinião deste jornal, que os candidatos nesta eleição são todos farinhas do mesmo saco.

 

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