Embora o município tenha anunciado a substituição de mais de duas mil placas de identificação desde o início deste governo, a realidade mostra que a cidade continua em várias regiões e até no centro da cidade, com aspecto de abandono, em razão da existência da quantidade não só destes dispositivos que mostram os nomes das ruas e avenidas, mas também os de sinalização de trânsito em estado precário.

Ao que tudo indica o ritmo de substituição não foi o necessário para corrigir o problema deixado pela gestão passada, que colocou placas revestidas de adesivo, provavelmente de qualidade inferior, sem condições de resistir a exposição ao tempo.

No município, onde estima-se devam existir, entre as de identificação e as de sinalização de trânsito, mais de cinco mil placas instaladas nas ruas da cidade, com grande parte deteriorada, a substituição de pouco mais de duas mil em praticamente três anos de governo, dá a entender que o problema não deverá ser resolvido até o final do mandato do atual prefeito.

Esta semana o município anunciou, através de sua página na internet, que estão sendo trocadas mais 160 placas de identificação nos bairros Cote Gil, Tropical II e Viva Olímpia.

No total, serão instaladas nos três bairros 160 placas. As novas placas são pintadas e não mais confeccionadas com adesivos, aumentando a qualidade e a durabilidade do material.

Segundo está no site da prefeitura na internet, o morador que identificar placas em condições precárias de visibilidade pode comunicar a Prodem pelos telefones (17) 3281-6025 / (17) 3280-6980.

Folha percorre ruas e avenidas e encontra placas deterioradas até no centro da cidade

A reportagem da Folha da Região percorreu várias regiões da cidade, há duas semanas, portanto, antes de a prefeitura iniciar a substituição das 160 placas identificação de ruas e avenidas anunciadas esta semana e constatou que ainda vai demorar algum tempo, no atual ritmo de troca para que a situação seja normalizada na cidade.

Isto porque, além de serem vários os pontos em que a situação foi verificada em que o material utilizado não resiste ao tempo (placas adesivadas) também existem placas de sinalização de trânsito que estão em “petição de miséria”.

O trabalho da prefeitura, embora não tenha sido suficiente para resolver o problema, é facilmente notado. Segundo o repórter Silvio Facetto, que percorreu vários bairros da cidade, é perceptível que centenas de placas de nomes de ruas foram substituídas recentemente e o material dessas placas novas é diferente das que estavam anteriormente. “As placas que substituíram aparentemente são pintadas de azul em uma chapa de metal e as letras são de um material adesivo refletivo de cor branca. Enquanto as que estavam apagadas eram de metal, porém era toda revestida com um adesivo que com o passar do tempo desbotou”, contatou o repórter.

No entanto, em suas andanças Facetto verificou que no bairro Silva Mello, na esquina da rua Eleazar de Menezes com a David de Oliveira, as duas placas com o nome das ruas estão apagadas, enquanto uma outra placa, esta de sinalização de mão de direção, está completamente apagada, podendo causar confusão e até acidentes naquela esquina. Importante destacar que nesse mesmo bairro, as placas de indicação dos nomes de ruas foram todas trocadas recentemente, porém essas ficam bem em uma das entradas da cidade.

No Bairro Santa Rita, na esquina com a rua José Sachetin com a Saída São Benedito, que faz a ligação com uma estrada rural, as placas que indicam os nomes dessas duas ruas também estão em estado precário, certamente causando confusão para quem precisa fazer a identificação e não conhece o local. Além de apagada, a placa que indica o nome da rua José Sachetin está pendurada, dando uma aparência de abandono. Importante dizer que a grande maioria das placas do bairro foi substituída recentemente, mas é de se estranhar que essas não tenham sido.

Já no Jardim Centenário, onde ficava o campo de aviação, na esquina das ruas Martin Cruz com a rua Degasperi há uma placa de trânsito que está totalmente apagada, não sendo possível saber se era uma placa alertando para uma parada obrigatória ou se servia para indicar mão de direção. Além do mais, não há sinalização de solo. A situação desse local é tão bizarra que não dá para saber se as ruas são de mão dupla, e de qual lado fica a parada obrigatória.

Já na área central da cidade, no quadrilátero que compreende da rua Síria até a avenida Mário Vieira Marcondes, e da rua Benjamin Constant até a avenida Andrade e Silva, há muitas placas de identificação e de trânsito muito apagadas ou danificadas. Houve ainda a constatação de placas que estão encobertas pelas copas das árvores e sinalização de solo, como vagas de estacionamento para idosos com os dizeres no chão apagados. Um local onde verificamos todos esses tipos de problemas é na esquina da rua Bernardino de Campos com a Joaquim Miguel dos Santos.

Em mais um ponto da área central da cidade, na rua Floriano Peixoto, esquina com a Veiga Miranda, há placas com os nomes dessas duas ruas apagadas, na parte de sinalização de solo na esquina da Veiga Miranda o “Pare” está bem apagado, ainda, o “Pare” da placa da sinalização vertical está escondido no meio da copa de uma árvore. Há também placas de sinalização de mão de direção das ruas bem desgastadas.