19 de janeiro | 2020

O circo da Aurora sob Niquinha e seus espetáculos deprimentes

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“Pobre povo que é governado por uma gentalha desta que nem o respeita e pelo nível dos escândalos, nem se respeita”.

Do Conselho Editorial

A grande maioria, quando elegeu Antonio Delo­mo­darme, o Niqui­nha, pra presidir a Câmara Municipal de Olímpia, sabia por antecipação que estavam endossando a criação de um circo de horrores.

Para a maioria dos políticos acostumados a mazelas e conscientes da impunidade, responsabilidade, moral e ética não são observadas e apostam no que pode haver de pior talvez para testar a paciência da população.

O histórico de Niquinha por si só demonstrava, por sua instabilidade, que o tempo vindouro seria de brigas, baixarias, denúncias e que o baixo nível marcaria presença nas discussões legislativas, se é que pode se chamar o que ocorre lá, maioria das vezes, de discussão.

Esta a praia de Niqui­nha, presidente e agora diretor executivo de um clube de futebol que poderia entrar para o Guines pelo número de treinadores que dispensou.

Sua passagem pela Associação dos Funcionários Públicos, agora moderada, também foi objeto de cenas reprováveis assim como seu mandato anterior de vereador.

O que há de mais fácil em Niquinha é conseguir manchete e o mais difícil é alguma contenda não terminar em boletim de ocorrência ou processo.

Esta sua alma, sem calma alguma, que não era desconhecida dos que o elegeram para ocupar a presidência da Câmara.

Delomodarme não decepcionou, assim como não decepciona seus pares no legislativo, até porque com porco mexe farelo come e os escândalos rotineiros são culpa da leniên­cia e do espírito de safa­de­za dos que trocam o espírito de decência e vendem o físico ao dinheiro e a alma ao diabo.

A última sessão legis­la­tiva foi sem sombra de dúvidas algo vergonhoso, de uma baixeza sem igual, onde alguns vereadores só faltaram rastejar para provar aos que tem percepção das coisas, que sua porção animal pulsa e está presente no desejo de participar do botim, da divisão de misérias humanas inconcebíveis.

Há um limite para todo evento culminar e a sessão em si demonstrou que se chegou no limite do suportável por mais normal que possa parecer neste mundo de naturalizações e simplificações.

A atual modinha que confunde, desrespeito, incivilidade, despreparo, grosseria e falta de educação com ser verdadeiro e disposto a falar tudo que pensa realmente extra­polou e está saindo pelo ladrão.

A Câmara Municipal tem um orçamento milionário, os salários dos representantes do povo e dos que os assessoram permite garantir que deveria haver quadros mais significativos daquilo que a respeitabilidade que aquela casa deveria ter e, no entanto, parece que o espaço, fora raras exceções, se esforça para emplacar a mediocridade e a vulgaridade.

É decepcionante que, com o aval de cidadão cujo mentiroso verniz faz com que astuciosamente brilhem na investidura de cargos tão pomposos, sejam tão desavergonhadamente inescrupulosos ao ponto de endossar práticas tão ridículas sem bom senso algum.

A oportunidade deveria ser aproveitada para colocar freios nos exageros do que ora preside aquele espaço e não de passar a mão na cabeça e promover mais um espetáculo circense de tão baixo nível como o que foi patrocinado naquela sessão.

O triste e melancólico é que o público pagante é composto por olim­pien­ses, entre eles, os que gostariam de ver um legis­lativo atuante trabalhando em prol da sociedade e não um bando de desavergonhados lavando roupa suja no plenário de uma casa destinada a discutir leis, algumas que impõe conteúdos morais que não são observados pelos que a discutem.

Pobre povo que é governado por uma gentalha desta que nem o respeita e pelo nível dos escândalos, nem se respeita.


 

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