09 de março | 2025
Queimadas colocam a região no mapa da crise climática nacional
PERIGO NA REGIÃO!
Estado de emergência ambiental devido ao risco elevado de incêndios entre março e outubro. Olímpia foi a segunda cidade do noroeste paulista com maior área destruída em 2024, segundo levantamento do MapBiomas; governo federal prevê contratação recorde de brigadistas.
A região noroeste passou a integrar a lista federal de áreas consideradas em estado de emergência ambiental devido ao risco elevado de incêndios florestais entre março e outubro deste ano.
A medida, publicada pelo Ministério do Meio Ambiente em portaria no último dia 28 de fevereiro, busca antecipar ações preventivas, contratar brigadistas de forma emergencial e reduzir os prejuízos ambientais e sociais das queimadas.
Segundo o documento assinado pela ministra Marina Silva, estão previstas a contratação de 4.608 brigadistas distribuídos em 231 brigadas florestais federais para atuar especificamente em regiões críticas durante o período de estiagem. A estratégia pretende minimizar a ocorrência de grandes incêndios florestais, como os registrados em 2024, quando 81,4 mil hectares foram destruídos pelo fogo em municípios da região.
OLÍMPIA NA MIRA DO FOGO
Em 2024, Olímpia foi a segunda cidade mais atingida do noroeste paulista, com cerca de 9.908 hectares consumidos pelo fogo, ficando atrás apenas de Andradina, que perdeu 12.035 hectares, conforme relatório do MapBiomas.
A situação chegou ao extremo no final de agosto, quando uma espessa camada de fumaça encobriu Olímpia, reduzindo drasticamente a qualidade do ar e prejudicando a saúde dos moradores.
O município declarou situação de emergência local, possibilitando medidas excepcionais como a contratação imediata de brigadistas voluntários e o uso emergencial de recursos privados no combate às chamas.
AÇÃO LOCAL INTENSIFICADA
Para enfrentar a crise, a Prefeitura de Olímpia, à época, mobilizou órgãos municipais, voluntários e recursos privados, criando uma “Sala de Situação da Defesa Civil”, com o objetivo de coordenar rapidamente as ações contra os incêndios.
Também foram adotadas medidas como treinamentos especiais para brigadistas voluntários e implantação de sistemas alternativos de comunicação via rádio.
Além disso, Olímpia foi contemplada com ações emergenciais do Governo do Estado, que distribuiu água potável para amenizar os efeitos do clima seco e da fumaça intensa.
IMPACTOS SIGNIFICATIVOS
O cenário de destruição causado pelos incêndios em Olímpia atingiu principalmente lavouras de cana-de-açúcar, mas também diversas propriedades de pequenos e médios agricultores, causando prejuízos econômicos e sociais sem precedentes.
Além dos danos materiais, as queimadas comprometeram a saúde pública, levando autoridades a recomendar que os moradores evitassem atividades físicas ao ar livre devido à fumaça tóxica.
Rodovias como a SP-425 e SP-425 também foram tomadas pela fumaça, aumentando riscos de acidentes e provocando transtornos no trânsito da região.
AÇÃO ESTADUAL E FEDERAL
Em resposta à gravidade da crise climática, o governo estadual criou um gabinete de crise para monitorar a situação dos incêndios no interior paulista, enviando ajuda humanitária, como fornecimento de água potável, para Olímpia e outras cidades afetadas.
Já o governo federal acionou equipes da Força Aérea Brasileira (FAB), enviando um avião cargueiro KC-390, além do Exército, para reforçar o combate aos incêndios. Com essas ações integradas, as autoridades pretendem garantir mais eficiência no enfrentamento da emergência climática e evitar que o desastre ocorrido em 2024 se repita em 2025.
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