24 de janeiro | 2010

Reforma do museu custou cerca de R$ 20 mil

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Depois de cerca de 25 anos, pelo menos, a Secretaria Municipal de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer recuperou a pintura externa do antigo casarão que durante décadas pertenceu à família Ton­na­ni, mas que atualmente abriga o Museu de História e Folclore Maria Olímpia, mostrando as principais manifestações folclóricas, não só da região e do Estado, mas de todo o Brasil.

Para tanto, segundo o secretário Humberto José Puttini declarou à reportagem desta Folha, foram gastos cerca de R$ 20 mil, sendo que deste total, cerca de oito mil reais foram aplicados pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, e o restante oriundo de diversas doações.

“Naquele momento que vimos a necessidade de trazer novamente essa opção para a cidade, procuramos o prefeito e passamos essa idéia caseira, porque não tínhamos condições financeiras de fazer essa reforma”, comentou.

Puttini informou: “procuramos os parceiros e algumas empresas, hotéis e pousadas, além de algumas pessoas anônimas que acabaram ajudando, para que pudéssemos adquirir os materiais utilizados na parte externa”, acrescentou o secretário. Mas para a efe­tivação do trabalho foi realizado um estudo para definir as cores originais da edificação, uma das mais antigas da cidade.

“Tivemos também a sorte de um arquiteto de Santa Fé do Sul estar em Olímpia, e passamos a idéia a ele que nos deu o estudo que fez sobre o tipo de pintura que era utilizado na época. As tintas, a pintura externa do museu foi toda revitalizada em cima da estrutura que era utilizada na época, justamente para a gente manter a história de como se via a tantos anos atrás. Esse foi o grande diferencial dessa reforma”, reforçou.

Também segundo o secretário, o próximo passo será trabalhar em cima de implantar uma estrutura museológica. O último passo é o cadastramento no Ministério do Turismo e com a posse definitiva do prédio ele acredita que obterá recursos para fazer a recuperação completa do prédio.

“O prédio agora pertence ao município, tinha uma demanda judicial e foi sacramentada essa dívida que tinha com a família Tonani”, diz Puttini. De acordo com ele, a prefeitura pagou recentemente cerca de R$ 1 milhão, referente ao saldo da dívida com a família.

ACERVO DE SANT’ANNA

Os funcionários estão recebendo treinamento para atender a demanda de turistas e todo o acervo está sendo catalogado. Segundo Puttini, o espaço do professor José Sant’anna foi também resgatado.

Seus livros e revistas, que permaneceram por oito anos encaixotados, estão limpos, folha a folha, e nas estantes. Todos os diplomas, documentos, e certidões, inclusive de óbito, de Sant’anna, estão expostos. Até mesmo a sua escrivaninha, com o paletó na cadeira e uma máquina de escrever.

A revitalização total do museu custará em torno de R$ 500 mil. Recentemente, a diretora do Sistema Estadual de Museus (Si­em), Unidade de Preservação do Pa­tri­mô­nio Museológico da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Cecília Machado, deixou orientações sobre como criar o Plano Museológico.

Esse plano, inclui além das diretrizes para a revitalização total do prédio, até para a busca de recursos junto ao ProaC, do Estado, e ao próprio Ministério da Cultura, e já está quase todo formatado.

IDEALIZADORES

O museu foi idealizado, principalmente pelos professores José Sant’anna e Victorio Sgorlon, há cerca de 45 anos. A última estimativa que se tem, passada ainda em 2008, pela funcionária Maria de Jesus de Miranda, então administradora do local, é que o museu contenha cinco mil peças a serem mostradas a turistas.

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