24 de dezembro | 2017

RETROSPECTIVA – OS MAIORES DESTAQUES DE 2017

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“TIROTEIO NA SENADOR”!       Foi a notícia que movimentou o setor policial da cidade em 2017 e a que teve maior repercussão.

Dos sete envolvidos apenas um está preso

Cinco meses depois do “tiroteio” na Rua Senador Virgílio Rodrigues Alves, que culminou com a morte do ex-policial militar Leandro Ribas da Silva, de 40 anos, apenas  Emerson Aliceu Pereira, de 39 anos, vulgo “Nim Peão”, está encarcerado. Os outros cinco envolvidos foram beneficiados com liberdade provisória, condicionada a hipoteca de fiança de imóvel.

O tiroteio aconteceu na manhã de 11 de julho, na Rua Senador Virgílio Rodrigues Alves, defronte a residência do corretor de imóveis Euripedes Augusto de Melo, o “Euripinho”, de 58 anos.

Naquela manhã compareceram na casa do corretor de imóveis o sargento aposentado na Polícia Militar, Márcio Aparecido Macri, de 51 anos e o ex-policial militar Leandro Ribas da Silva, de 40 anos, moradores em Mirassol e São José do Rio Preto, respectivamente.

Os policiais teriam vindo receber uma suposta dívida de honorários advocatícios, no valor de cerca de R$ 350 mil, contratados pelo advogado olimpiense Luiz Pimenta Laraia, atualmente radicado em Rio Preto.

Foi quando chegaram ao local os funcionário de “Euripinho” em uma Doblo, dirigida por Elton Regis Albertino, vulgo “Nuguete”, de 30 anos, Laércio Marques, vulgo “Laércio Peão”, de 57 anos e Paulo Sergio Vieira, o “Paulinho”, de 30 anos. Também “Nim Peão” se fez presente, chegando em outro veículo.

Foi quando começou o tiroteio. “Euripinho” foi atingido no braço, “Paulinho” no ombro e “Laércio Peão”, na barriga. Todos os disparos foram feitos por Macri, que não ficou ferido. Ribas foi atingido na nuca, por tiro disparado por Paulinho. Ele morreu depois de ter ficado internado na Santa  Casa de Barretos.

Toda ação do “tiroteio” foi gravada por câmaras de monitoramento. As imagens “viralizaram” nas redes sociais. Todos os envolvidos foram autuados em flagrante e, posteriormente, decretadas as prisões preventivas.

Depois de realizada a audiência de instrução no Fórum de Olímpia, no final de novembro, os acusados começaram a ser beneficiados com liberdade provisória . O primeiro foi Euripinho, por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Em seguida, “Nuguete”, “Laércio Peão” e Macri tiveram o benefício de liberdade provisória, condicionada a hipoteca de fiança de imóvel, por decisão da justiça local. O último a ser colocado em liberdade foi Paulinho.

Já “Nim Peão”, que estava foragido desde o dia do tiroteio, foi preso na noite do domingo, 17, depois de se envolver em um acidente na rodovia Assis Chateaubriand, nas proximidades do “Lanchão.”

 


TENTATIVA DE HOMICÍDIO!  Consta no processo que Teixeira teria passado ordens para Rogério executar o crime.
Justiça de Fernandópolis decreta a
preventiva de Teixeira e mais três

Por decisão do juiz de direito da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, Arnaldo Luiz Zasso Valderrama, foi decretada a prisão preventiva do ex-vereador e pecuarista Celso Teixeira, de 69 anos. Ele continua encarcerado na cadeia pública de Guarani D’Oeste, mas poderá nos próximos dias ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Riolândia.

Também tiveram suas preventivas decretadas Diego Oliveira Queiroz da Silva, Ronilso Peres da Silva, de Rondo­nó­polis e Rogério de Oliveira, de Olímpia, acusados de terem sido contratados para executar a tentativa de homicídio contra Rosangela Fréo, de 41 anos, ex-mulher de Teixeira.

Consta no processo que Teixeira teria passado ordens para Rogério executar o crime, mas ele nega. Rogério confessou na polícia que foi contratado por Teixeira, para dar um “susto” na sua ex-mulher. Já Ronilso e Diego confessaram que foram contratados para assassinar Rosangela.

Segundo consta nos autos, seria simulado um roubo seguido de morte. A tentativa de homicídio aconteceu no dia 16 de outubro. Diego tentou imobilizar Rosangela no interior de um imóvel, mas ela reagiu com uma mordida. Quando ela estava na sua caminhote, o veículo foi atingido por vários tiros, tendo dois disparos atingindo Rosangela no braço e nas costas. Ela escapou com vida.

 


FRUSTAÇÃO!      
Seis mil torcedores viram Olímpia
ser eliminado da série A3 em 2017

Depois de fazer a melhor campanha do campeonato Paulista da Série A3, de 2017, o Olímpia FC deixou escapar a chance de subir para a série A2, perdendo em decisão nos pênaltis, em pleno Estádio Maria Teresa Breda, com cerca de seis mil torcedores.

O Nacional-SP superou o Olímpia nos pênaltis e conquistou o acesso depois de vencer por 1 a 0 na etapa normal, e fazer 4 a 2 nas cobranças de pênaltis.
A derrota em São Paulo, na primeira partida, não abalou o Nacional, que com gol de Laércio no tempo normal, levou a partida para as penalidades. Na hora decisiva o time errou apenas uma das cobranças, enquanto o Galo Azul desperdiçou duas.
O Nacional-SP, na decisão, enfrentou a Inter de Limeira, tendo conquistado o título. O Olímpia, mesmo com a melhor campanha da competição, se despediu sem o acesso ficando na terceira colocação na classificação geral.
O JOGO
O primeiro tempo de partida foi de domínio do Olímpia, que mesmo com a vantagem de poder empatar, queria matar o jogo. O Galo Azul até teve algumas boas chances com Naldinho e Vinícius Leite, porém sem eficiência para marcar o gol.
O Nacional, por outro lado, explorava os contra-ataques. Quando parecia que o jogo ia para o intervalo sem gols, o Nacional, com Laécio, que aproveitou espaço dentro da área, girou e abriu o placar.
A história da segunda etapa foi bem diferente. O Galo Azul partiu para o ataque desde o início e acertou a trave do goleiro Felipe Lacerda por três vezes. Na primeira, Renatinho chutou de longe e acertou a trave, no rebote, cruzamento para Naldinho acertar o travessão. A terceira oportunidade veio também com Renatinho, que chutou para boa defesa do goleiro, que desviou e a bola ainda foi na trave. Depois disso, os times ainda tiveram boas oportunidades, mas a partida foi se encaminhando para as penalidades.
Nos pênaltis, o Nacional começou batendo e na primeira cobrança desperdiçou a oportunidade. O Olímpia errou as duas cobranças seguintes, com Álvaro e Naldinho. Depois disso, os dois times alternaram cobranças perfeitas e com isso, o Nacional venceu por 4 a 2.
Para o torcedor, jogadores e a diretoria, no entanto, ficou o alento de além de ter feito a melhor campanha do campeonato, conseguiu, através de campanha de solidariedade praticamente lotar o Estádio Teresa Breda. Mais de cinco mil torcedores atenderam ao pedido e trocaram o ingresso da partida do Olímpia FC contra o Nacional por agasalhos.

 

 

DESCASO NA SAÚDE PÚBLICA!      UPA e Santa Casa encontravam problemas de continuidade no atendimento a pacientes.
Prefeito afirma que precisa de mais pelo
menos mais 1 ano para organizar Saúde

Recentemente, o prefeito Fernando Augusto Cunha declarou que não conseguiria, pelo menos antes da metade do próximo ano, ajeitar a situação do sistema de saúde destroçado que encontrou ao assumir a prefeitura no início do mês de janeiro deste ano.

Grandes problemas haviam por todos os lados, inclusive na Santa Casa que também estava praticamente abandonada e teve, inclusive, a troca de provedor.

Ao assumir a Secretaria de Saúde em fevereiro, a então secretária Lucinéia dos Santos, deparou com mais de 300 exames de raios-X a espera de laudos para que fossem entregues a pacientes. Sem ter recebido os laudos técnicos esses exames ficaram represados no órgão.

Além disso, palco do maior número de reclamações e denúncias principalmente no último mandato do ex-prefeito Eugênio José Zuliani, a Secretaria de Saúde foi recebida com 52% dos veículos que serviriam o setor de ambulâncias danificados e em alguns casos sem condições de que fossem reaproveitados.

De maneira geral, das 21 unidades à disposição foram encontrados problemas em 11 delas. Por outro lado, embora em menor número, continuaram as reclamações por falta de medicamentos e atendimento da Unidade de Pron­­to Atendimento (UPA).

Mas a situação pior ainda estava por vir. Em razão da própria desestrutu­ra­ção que o setor passou, surgiu a informação de que a Secretaria tinha quase sete mil pacientes à espera por exames clínicos para solucionarem seus problemas de saúde. Nessa ocasião, de acordo com a secretária Sandra Regina de Lima, eram 6.871 exames que estavam reprimidos.

Além disso, tudo levava a crer que a desorganização era maior ainda quando o prefeito anunciou que os médicos que atuavam no sistema público de saúde da cidade não tinham conhecimento da lista de medicamentos que era adquirida pela Secretaria, quando prescreviam uma receita a seus pacientes, gerando um desen­contro e, consequente­mente a falta de determinados produtos.

Em agosto, principalmente em razão dos problemas que geraram o verdadeiro caos no setor, o prefeito afirmava necessitar de pelo menos mais um ano para sanear o caos que atinge a saúde local.

 

RECUPERAR TEMPO PERDIDO!       Obra foi iniciada com atraso e em hora errada pelo ex-prefeito, tinha que acabar com enchentes no Pito Aceso.
Obra iniciada às pressas por Geninho cria um

“piscinão” de esgoto na Av. Aurora Forti Neves
Nem bem havia iniciado o seu mandato à frente da Prefeitura de Olímpia, o prefeito Fernando Cunha deparou com um dos graves problemas deixados pela administração anterior. Foi em janeiro, quando uma obra de construção de uma galeria pluvial que seria para reduzir os riscos de enchentes na região, iniciada ao apagar das luzes do governo de Eugênio José Zuliani, em razão da época das chuvas, acabou se transformando num verdadeiro “pisci­não” de mais de 30 metros que parecia ter esgoto (exalava cheiro forte) e águas pluviais a céu aberto em plena Avenida Aurora Forti Neves, colocando em risco a saúde dos moradores próximos ao local.

O buraco aberto em terreno baldio que faz frente com a avenida e fundos com o Sindicato dos Bancários e ao lado da escola Objetivo tinha vários me­tros de extensão e um ca­no que podia ser de esgoto ou de águas fluviais com fluxo constante, uma água de cor acinzentada e de mau cheiro caindo dentro da parte maior que parecia uma piscina de esgoto.

Esse emissário possivelmente era o mesmo que foi colocado na época do ex-prefeito Carneiro para canalizar os dejetos que caiam no ribeirão Olhos d´água.

Na tentativa de dar uma solução ao mau cheiro provavelmente, proveniente de esgoto, provocado pela ruptura acidental de um emissário que coleta esgoto produzido, pelo menos por parte da população do Jardim Antônio José, Cohab I, a emprei­teira que estava fazendo a obra que foi denominada por este jornal de “Pisci­não de Dejetos”, podia estar despejando esgoto in natura nas águas do córre­go Olhos D’água, praticamente na frente de uma escola particular localizada na Avenida Aurora Forti Neves, no centro da cidade.

 


GENERAL DA IMPROBIDADE: JÁ SÃO 10 AÇÕES!       Prefeito acusado de ceder nomeados para atuarem na Abecao.
MP denunciou Geninho por improbidade

por urbanizar sítio da família por decreto
O Ministério Público, a­través da promotora de jus­tiça, Valéria Andrea Fer­reira de Lima, denunciou o ex-prefeito Eugênio José Zuliani, Geni­nho, por prática de ato de improbi­da­de administrativa. No quinto dos 10 processos do gênero, ele é acusado de, enquanto prefeito de Olímpia, ter baixado um decreto municipal transformando em perímetro urbano, a área onde se encontra o sítio de sua família, cuja finalidade seria a transformação da propriedade, na região oeste, em um loteamento, cerca de dois meses antes do encerramento do seu mandato a frente da Prefeitura local.

Por outro lado, durante pesquisa no arquivo do jor­nal, a reportagem desta Folha encontrou que o ex-prefeito Eugênio José Zuli­ani, é acusado em pelo me­nos mais nove processos pela prática de atos de improbidade administrativa.

Por outro lado, em setembro, em outra das 10 ações, o Ministério Público está acusando o ex-pre­­feito e o vereador Lu­iz Antônio Moreira Sala­ta, também por prática de ato de improbidade administrativa.

Na ação civil pública pro­tocolada no dia 23 de agosto de 2017, os dois são responsabilizados pe­la contratação do advogado Henrique José da Silva, de Cajobi, para atuar em ações judiciais para a obtenção de medicamentos de alto custo, em nome da Associação Beneficente Cultural e Assistencial de Olímpia (ABECAO).

Além disso, pelo menos durante o ano de 2016, a­no em que foram realizadas as eleições municipais com a reeleição do vereador Luiz Antônio Moreira Salata, a ABECAO teria fun­cionado com a colaboração de três funcionários públicos municipais, todos nomeados em cargos comissionados, que teriam sido cedidos pela Prefeitura local.


CAOS NA CIDADE!        “O pedido de suspensão provisória (…) merece acolhimento, a fim de se evitar risco de lesão ao erário público e a terceiros”.
Juíza dá liminar e suspende
a diretoria da Beneficência

Depois de muita discussão na justiça sobre o estado de abandono em que o ex-prefeito Eugênio José Zuliani devolveu o prédio da Associação Beneficência Portuguesa de Olímpia, que foi utilizado pela Secretaria de Saúde até dezembro de 2016, no mês de agos­to, atendendo a solicitação do Ministério Público, através da promotora de justiça Valéria Andréa Ferreira de Lima, a juíza da 3.ª Vara de O­lím­pia, Maria Heloisa Nogueira Ribeiro Machado Soares, concedeu medida li­minar suspendendo a diretoria da instituição.

A liminar foi concedida em um dos vários processos que investigam eventual prática de ato de impropriedade administrativa do ex-prefeito Geninho. Além dele mais três pessoas estão acusadas: a ex-secretária municipal de Saúde, Silvia Elisabeth Forti Storti; o ex-administrador provisório da sociedade e ex-provedor da Santa Ca­sa, advogado Mario Francisco Montini; e o atual presidente da Beneficência, Luiz Gustavo Ales­si, que contestam tanto a ação quanto a decisão.

PREJUÍZO CULTURAL

Por outro lado, embora com uma estimativa de custo para a recuperação, que necessita ser realizada por artistas conhecedores da técnica de pinturas em afresco, a falta de conservação das pinturas ainda existentes em paredes do prédio, principalmente em razão de infiltrações, podem gerar um grande prejuízo cultural para o município. Esses afrescos (Técnica de pintura mural sobre base de gesso ou cal ainda úmida) foram pintados pelo artista plástico Durval Pereira, que nasceu em 1917, na cidade de São Paulo e faleceu em 1988.

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