13 de junho | 2010

Secretária não tinha informação que água da ETA abastece apenas parte da cidade

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Se não fosse a mãe de um aluno, que reside no Jardim Alfredo Zucca, conhecido popularmente por Cohab IV, zona norte da cidade, a secretária municipal de Educação, Eliana Antônia Duarte Bertoncello Monteiro (foto), continuaria sem informações de como funciona o abastecimento de água em Olímpia, ou seja, não teria conhecimento que a Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim Toledo, zona sudoeste, atende apenas parte da cidade, principalmente a região central.

Isso, pelo menos, é o que se pode depreender de uma afirmação que fez na manhã da terça-feira, dia 8, a uma emissora de rádio local, quando do verdadeiro caos que se instalou na cidade em razão do corte de fornecimento de água para que as caixas d’água fossem limpas.

“Agradeço a uma mãe da Cohab IV porque ela ligou aqui e prestou uma informação que nós desconhecíamos. A Cohab IV tem um sistema de abastecimento de água que é próprio e não foi atingida pelo problema”, disse.

“Então agora nós já sabemos que quando faltar água, na Cohab IV não acontece esse problema porque lá tem abastecimento próprio e nós só ficamos sabendo disso agora (terça-feira) de manhã e graças a esta mãe. Achamos isso interessante, porque essa mãe prestou um serviço à Secretaria, ela procurou a informação, telefonou aqui, deu-nos essa informação e nós estamos passando porque foi um serviço de utilidade que ele fez para nós”, acrescentou.

A secretária relatou que foi comunicada na tarde da segunda-feira, dia 7, que haveria falta de água, mas não que o problema atingiria a cidade apenas parcialmente: “ficamos preocupados com o caso de alguns alunos que não podem ficar na escola sem que haja água. Especialmente creches, esse problema é muito sério porque as crianças necessitam muito da higiene pessoal e os maiores para irem ao banheiro, dar a descarga, além de água para tomar”.

No entanto, ao contrário do que chegou a ser ventilado, até mesmo entre os transportadores de alunos da zona rural, negou que houvesse alguma decisão de suspender as aulas, efetivamente, mas apenas a liberdade para aquele pai ou mãe que preferisse que o filho não permanecesse na escola, tomasse sua própria decisão.

“Pensamos o seguinte: não pode suspender a aula porque os alunos da zona rural não estavam avisados; alguns pais contam com a escola para seus filhos e outros talvez não gostassem de saber que a escola não tendo água, não avisou os pais”, explicou.

Bertoncello Monteiro relatou que solicitou, então, que fossem colocados cartazes nas escolas, deixando a critério dos pais a decisão de mandar ou não o filho para a aula, em função da falta de água. “Essa decisão seria dos pais. As crianças que foram às escolas, deveriam ter tido aula normalmente, porque foi isso que nós orientamos”, reforçou.

Mas o que se verificou é que, pelo menos levando em conta as reclamações que surgiram através das emissoras de rádio locais, não houve um entendimento perfeito da mensagem da secretária, pelos funcionários das escolas. Segundo as reclamações, assim que chegavam com os filhos, eles afirmavam que era para voltar com os mesmos, em razão da falta de água.
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