23 de março | 2008

Secretário vai contra prefeito e vice e diz que salário maior resolve falta de médicos na Saúde

Compartilhe:

Contrariando declarações do prefeito Luiz Fernando Carneiro (foto à esquerda) e o vice-prefeito José Augusto Zambom Delamanha (foto ao centro), o secretário municipal de Saúde, Giovanni Baptista da Silva Júlio (foto à direita), afirmou, nesta semana, que depois do reajuste salarial aprovado em fevereiro deste ano, será possível dar uma solução à falta de profissionais médicos para atender nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.

Pelo que afirmou em entrevista que concedeu à Rádio Menina AM, na quarta-feira, dia 19 de março, diferentemente do que vinha sendo defendido tanto pelo prefeito, quanto pelo vice, agora, com o salário de R$ 1.650,00, ele, secretário de Saúde, acredita que poderá solucionar o problema da falta de médicos na rede pública de saúde do município de Olímpia.

"É um salário de razoável para bom. A gente já tem algumas pessoas que procuraram a Secretaria nesse período agora, que antecedeu a publicação do edital e todos se mostraram bastante satisfeitos com o salário e foram claros que prestarão o concurso e assumirão a vaga caso passem. Então, acredito que não vamos ter dificuldades na maioria das especialidades que ali estão publicadas", afirmou.

No entanto, mesmo assim acredita que poderá ficar faltando alguma coisa nesse sentido. "Eventualmente, em alguma especialidade poderemos ter alguma dificuldade pela falta do profissional na nossa região, mas na maioria delas, tenho certeza que a gente vai conseguir preencher as vagas", asseverou.

No entanto, não era este o pensamento do prefeito Carneiro e do vice Delamanha, quando se manifestaram a respeito, durante o mês de outubro de 2007, quando analisavam a questão. Para ambos é impossível dar uma solução para a falta de médicos, mesmo que se concedesse aumento salarial.

No caso de Carneiro, inclusive, a afirmação foi feita quando avaliava uma informação do sistema de Saúde de São José do Rio Preto, que, na época já pagando mais que o atual valor de Olímpia – Rio Preto já pagava R$ 2,2 mil – indicava dificuldades para a contratação de médicos para o sistema público.

Em meio a críticas que fez a médicos renomados que residem na cidade e atendem no serviço público apenas em outras cidades da comarca, Carneiro manifestou a impossibilidade de encontrar solução para o problema.Médicos de oposição

O prefeito chegou, inclusive, a classificar os médicos olimpienses que não atendem pelo serviço público local, como integrantes de um grupo de oposição, que aproveitariam da situação para criticar seu trabalho à frente da prefeitura de Olímpia. "Isto é no mínimo imoral para com a população da nossa cidade e ficam pregando inverdades", afirmou na oportunidade.

O vice-prefeito Delamanha, poucos dias depois, também ao se manifestar a respeito do problema da falta de médicos no sistema público de saúde do município, chegou a ser mais enfático ao se manifestar sobre a impossibilidade de dar uma solução para o problema. "Não sou eu que vou chegar aqui e falar: eu vou arrumar a Saúde, não sou louco e nem um mentiroso", afirmou, também fazendo menção às questões de política eleitoral.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas