07 de abril | 2013

Sta. Casa de Olímpia para cirurgias e faz ato público na segunda-feira

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A Santa Casa de Olímpia vai parar as cirurgias eletivas e realizar um ato público na próxima segunda-feira, dia 8, como forma de reivindicar melhor remuneração pelos serviços que presta pelo SUS. A informação foi confirmada na tarde de ontem, pelo provedor Mário Francisco Montini. “Para a gente dizer que está com o (movimento do) Brasil inteiro”, explicou.

De acordo com ele, será um ato público de conscientização na segunda-feira, dia 8, às 12 horas, com um ato ecumênico que terá a participação de autoridades religiosas (padre e pastor).

“A presença de autoridades religiosas é porque a gente entende que as pessoas precisam saber que a Santa Casa é de todo mundo. E quanto mais as entidades religiosas e os clubes de serviço estiveram discutindo a saúde é importante porque as coisas são muito difíceis para a gente”, justifica.

E acrescenta: “Os recursos são escassos e a gente não consegue. Fica dando murro em ponta de faca, fica com um pires na mão atrás de recursos e não pode isso. A gente tem que dar um basta nisso. O valor é muito pouco. Não dá para manter. É muito difícil. A saúde é muito cara”.

Sobre paralisar as cirurgias por apenas um dia Montini comentou: “É só para chamar a atenção mesmo. Tentar comover as autoridades que as Santas Casas são importantes e não podem parar nenhum dia. Acho que para esse tipo de evento um dia está razoável porque tem muitas instituições piores que a gente. Muito pior”.

Montini declara que o hospital presta serviços e atende uma população de aproximadamente 200 mil pessoas por mês: 50 mil local, 50 mil regional e 100 mil turistas, mas não tem apoio do segmento turístico: “O turismo não contribui em nada. Nós temos mais de 10 empreendimentos imobiliários e não chega um tostão. A população de Olímpia está crescendo e o hospital não consegue se manter nem para atender o que tem. Imagine essa população toda que está vindo”.

A preocupação, segundo ele, é que as águas quentes trazem pessoas da 3.ª idade. “Essas pessoas vêm para cá e não tem uma estrutura hospitalar para casos de necessidade, de um atendimento. Então, nós precisamos criar esse atendimento. Nosso atendimento não é ruim, mas precisamos que as pessoas sejam comovidas da importância da Santa Casa”, justifica.

“Só querem o retorno desses empreendimentos e a saúde como é que fica”, questiona Montini.

MOVIMENTO

O ato público faz parte do Ato de Mobilização Nacional das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, as Santas Casas estão comunicando que vão parar as cirurgias eletivas, aquelas que são financiadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), no próximo dia 8 de abril.

A data foi eleita como dia do movimento pela recuperação financeira das entidades – não serão realizados procedimentos eletivos (não urgentes). A paralisação parcial será uma forma de demonstrar para a população a delicada situação financeira que os hospitais enfrentam.

O ato está sendo organizado em conjunto pela Confederação das Santas Casas, a Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em parceria com as Federações e Frentes Parlamentares Estaduais.

O principal objetivo é promover a discussão e um alerta à sociedade sobre o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde, com ênfase na realidade da crise das Santas Casas e Hospitais Beneficentes.

 

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