31 de outubro | 2021

TJ determina novo júri para irmãos que mataram almoxarife em 2009

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O mototaxista “Nego” e seu irmão são acusados
de matar João Carlos Fedato, com 21 facadas e um tiro.

Está marcado para ser realizado na próxima quinta-feira, dia 4 de novembro, o julgamento dos irmãos, o mototaxista Alessandro Luís Souza da Conceição, o “Nego” e o açougueiro Leandro Souza da Conceição. Eles são acusados de homicídio triplamente qualificado, praticado contra João Carlos Fedato, em novembro de 2009.

Este caso já foi julgado em novembro de 2011, no fórum de Olímpia, quando os irmãos foram condenados a 18 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado.

Os dois permaneceram presos aproximadamente seis anos e foram colocados em liberdade. Houve recurso por parte da defesa e o TJ – Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que fosse realizado novo julgamento.

A DENÚNCIA
De acordo com a denúncia formulada pelo Ministério Público, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, os irmãos efetuaram disparo de arma de fogo e desferiram mais de 20 golpes de faca, provocando os ferimentos que foram a causa da morte.

Ainda de acordo com a denúncia, Alessandro, o “Nego”, manteve relacionamento com Janaina, filha de Fedato, que engravidou. Quando soube, o pai ficou transtornado e passou a assediar “Nego”, exigindo que ele assumisse a paternidade. No dia do crime Fedato esteve na casa de Leandro. Os irmãos, segundo a denúncia, saíram repentinamente da casa, empurrando, violentamente, a vítima, que caiu no chão. “Nego” é acusado de ter desferido as facadas e Leandro de ter efetuado o disparo.

LEGÍTIMA DEFESA
Por sua vez, em juízo Alessandro alegou, em resumo, que teve um breve relacionamento com a filha da vítima, ela engravidou e então Fedato passou a lhe ameaçar, exigindo que assumisse a criança e abrisse uma conta na farmácia em nome dela e ainda lhe ameaçava de morte. No dia dos fatos estava na casa de seu irmão Leandro, quando Fedato chegou de bicicleta e lhe agarrou pela camisa e rolaram no chão.

Alessandro afirma que quem estava com a faca e o revólver era Fedato e teria conseguido desarmá-lo e desferido os golpes. Sobre o tiro, ele alega que a arma disparou. Já Leandro alega que não participou do crime e não efetuou disparo contra a vítima. Sua intenção era apenas separar o irmão e a vítima que estavam se atracando.

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