01 de julho | 2018

Turismo leva Olímpia a ser classificada como a segunda melhor cidade do País

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O desenvolvimento do setor do turismo, que se deu por força da iniciativa privada e ao arrepio do poder público, ou seja, a Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia não teve participação importante para tanto, ou melhor, teve quase nada, fez com que o município fosse classificado como o segundo melhor no indicador do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, divulgado na quinta-feira desta semana, dia 28, medido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Inclusive esse fato fez com que o jornalista José Antônio Arantes afirmasse no programa Cidade em Destaque desta sexta-feira, dia 29, da rádio Cidade FM, com base neste aspecto que os verdadeiros prefeito e vice-prefeito da cidade, mesmo sem nunca terem sido eleitos, teriam sido o presidente e o vice do Parque Aquático Thermas dos Laranjais, Benito Benatti e Jorge Noronha, respectivamente.

Nesse levantamento Olímpia aparece como o segundo município com o melhor desenvolvimento do Brasil, incluindo as três vertentes pesquisadas (Emprego e Renda, Educação e Saúde). Mas São Paulo tem outros quatro municípios no ranking dos dez maiores: Louveira, líder do ranking nacional, Estrela do Norte (3ª), Itatiba (9ª posição) e Itupeva, a 10ª.

Referência turística devido às suas águas termais, Olímpia tinha em 2009 sete hotéis, quatro pousadas, 42 casas de veraneio e um hotel fazenda, com um total de 687 leitos. Hoje, a rede hoteleira local abriga mais de 14 mil leitos, um crescimento de 2.000%.

Há mais 6 mil quartos em construção e outros 6 mil aprovados para iniciar as obras até 2020. Em número de leitos, Olímpia já supera Campinas, cidade com 1 milhão de habitantes e que abriga o segundo aeroporto internacional de São Paulo. Lá, há 5.743 leitos de hotéis e até 2019 o número deve chegar a 7.872.

Por outro lado, na região, São José do Rio Preto, que já ocupou a mesma posição de Olímpia, agora aparece em 14º. No País inteiro, o município com pior IFDM geral foi Ipixuna (AM).

Mas no âmbito geral, o estudo da Firjan revela um quadro preocupante. Depois de oito altas consecutivas desde 2006, o índice de desenvolvimento dos municípios entrou numa trajetória declinante por causa da crise econômica. O indicador (IFDM) geral recuou três anos e está abaixo do nível observado em 2013. O desempenho negativo foi puxado pela vertente emprego e renda, que anulou os ganhos verificados nos dois outros itens analisados: educação e saúde.

Com o fechamento de quase 3 milhões de postos de trabalho entre 2015 e 2016, o IFDM Emprego e Renda está no menor patamar desde o início da série histórica, em 2006. A previsão dos pesquisadores da Firjan é que o País só consiga retomar o nível de 2013 em 2027.

“Vale destacar que nossa projeção é feita sob uma base otimista de 2009 e 2012 (quando a geração de emprego estava aque­cida), afirma o coordenador de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart Costa.

De 2006 para 2013, com a economia aquecida e alta geração de emprego, 103 municípios foram alçados à faixa de desenvolvimento alto ou moderado. Com a crise, a trajetória mudou e 936 municípios deixaram essas duas faixas do índice e engrossaram o time de cidades com baixo ou desenvolvimento regular – 85% dos municípios estão nesses grupos.

Segundo Costa, 820 municípios brasileiros tiveram IFDM Emprego e Renda moderado e apenas 5, alto. São eles: São Bento do Norte (RN), Capanema, Telêmaco Borba (PR), Selvíria (MS) e Cristalina (GO). Para elaboração do índice, foram avaliados 5.471 municípios de um total de 5.570 em todo País. O indicador abrange cidades que abrigam 99,5% da população.

Mesmo tendo o 8º lugar no melhor índice Olímpia foi classificada em 2.º no Firjan

Mesmo tendo um oitavo lugar como o melhor índice no quesito Emprego e Renda, no nível do Estado de São Paulo, a cidade de Olímpia foi classificada em segundo lugar no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado na quinta-feira desta semana, dia 28, medido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O quesito Emprego e Renda embora tenha sido ruim no nível de Brasil, não tendo um desempenho extraordinário, serviu para mostrar a importância do turismo e garantiu que conseguíssemos ser melhor que a maioria das outras cidades e nos levar a ser a segunda melhor do Brasil.

Porém, no relatório divulgado na quinta-feira desta semana, dia 28, aparece o que se pode considerar uma incongruência: o fato de o melhor resultado ter sido um oitavo lugar no IFDM do quesito Emprego e Renda e péssimos resultados em Educação e Saúde e mesmo assim termos ficado na segunda posição.

Um exemplo claro disso é o quesito Emprego e Renda que ficou na oitava locação em relação ao ranking estadual e 36.º no ranking nacional, os melhores índices conquistados pelo município de Olímpia.

Mas vale a pena destacar que em 2016, ano base considerado pela redação, de acordo com a assessoria da Prefeitura, Olímpia obteve saldo negativo de 145 postos de trabalho. Naquele ano foram 4.631 admissões contra 4.776 demissões.

Além disso, o histórico mostra que o ano anterior foi ainda pior, com um salto negativo de 228 postos de trabalho. Isso também ajuda a demonstrar que a crise econômica chegou em 2015 a Olímpia, pois em 2014 o saldo era positivo com 121 novas vagas de trabalho.

Em relação à educação as colocações foram 94.º no ranking estadual e 102.º no nacional, enquanto que na questão da saúde a situação deve ser considerada ainda pior. Neste quesito ficou em 12.º no estadual e 590.º no nacional.

De acordo com o que foi divulgado pela Firjan, em relação a 2016, Olímpia obteve o IFDM 0,8820, sendo que em Educação seria 0,9749; em Saúde   0,9070; e em Emprego e Renda 0,7639.

ENTENDA O ÍNDICE

O índice monitora todas as cidades brasileiras e a avaliação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o seu desenvolvimento. Cada uma delas é classificada em uma das quatro categorias do estudo: baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,6), desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1).

São acompanhadas as áreas de Emprego e Renda, Saúde e Educação e avaliadas conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, Educação Infantil e Fundamental, e atenção básica em saúde.

O IFDM avaliou 5.471 cidades. As novas, para as quais ainda não há dados, e aquelas com ausência, insuficiência ou inconsistência de informações, não foram analisadas.

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