24 de março | 2019

UPA vive estado de operação de guerra com polícia sendo chamada duas vezes

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Pelos comentários que foram publicados nos sites de relacionamentos na internet, principalmente o Facebook, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento de Olímpia viveu um dia de verdadeiro hospital de campanha, com a polícia sendo chamada duas vezes e até uma pessoa picada por escorpião caída ao chão.

O possível dia de operação de guerra aconteceu na segunda feira, dia 18, quando um dos usuários que se manifestou no “Face” chegou a colocar que as enfermeiras aparentavam estar extenuadas devido ao número de pessoas a serem atendidas.

Uma das internautas que contou sua história e descreveu o que aconteceu na UPA neste dia para uma das âncoras do programa “Cidade em Destaque”, da rádio Cidade, Bruna Silva Arantes Savegnago, Jane Franciane Rodrigues de Jesus, explicou que estava grávida e que desde o dia 2 de março estava indo na UPA, por ter percebido um pequeno sangramento. “Naquele dia fizeram o ultrassom e o coração do bebê estava batendo tudo certinho, mas eles não entregam o laudo do exame para mandar para a ginecologista, então resolvi ir no postinho do Campo Belo, onde eles solicitaram o exame com urgência pelo SUS mas não saiu, pois, segundo informaram, os médicos estão de férias”, postou.
E continuou: “Eu ia pagar uma consulta, mas não aguentei de tanta dor e acabei votando dias depois para Upa, mas não adiantou, pois o bebê já tinha morrido. Na UPA fiquei na sala com oito pessoas entre idosos e gestantes. você vê no olhar das enfermeiras o desgaste físico, pois estão sobrecarregadas e não estão dando conta, sem contar que as pessoas chegam desesperadas, crianças vomitando, idosos com fraturas, mães com medo de perder os filhos. Ontem mesmo. segunda-feira (18), um senhor que foi picado por escorpião chegou a deitar no chão. Tiveram que chamar a polícia para dar atendimento. Não tinha macas para os pacientes. Estavam colocando em poltronas”.

“Naquele dia – afirmou Jane – eu cheguei à UPA por volta do meio-dia e fui fazer o ultrassom por volta das 16 horas. O ventilador de lá mesmo dá nojo, de tanta sujeira, sem dizer que o médico pediu o ultrassom pra mim sem nem ao menos vir me consultar. Se ao menos eles tivessem chamado um ginecologista ou pelo menos dado o exame para eu levar, quem sabe teriam salvado meu bebê. Mas não, acabou ficando uma semana morto na minha barriga”.
E concluiu: “Pensa na dor da minha família. Minhas filhas estavam esperando por este irmãozinho. Não tem vereador, nem secretário, eles são desumanos. Ontem mesmo, (18) fizeram minha transferência para a Santa Casa para que eu fizesse a curetagem. Fiz era 19 horas, a médica Paula foi um anjo. Fez rapidinho para que eu não sentisse mais dor e evitasse que ocorresse algo comigo”.

OUTRO LADO

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olímpia esclarece que a paciente J.F.R., de 26 anos, que estava gestante, passou por atendimento na unidade, nessa segunda-feira (18), e realizou exames que constataram uma infecção de urina e a perda natural do bebê, sendo encaminhada para a Santa Casa para tratamento necessário. Segundo a secretaria de Saúde, a paciente deu início ao pré-natal na UBS do Campo Belo em janeiro e, desde então, tem sido acompanhada pela rede pública, passando por consultas e exames. Nos últimos dias, a jovem compareceu à UPA com queixa de sangramento, onde foram realizados todos os exames e procedimentos necessários, que comprovaram o desenvolvimento do bebê em condições normais. Vale ressaltar que a paciente já apresentava histórico de aborto em uma gravidez anterior. A secretaria de Saúde salienta que a UPA é uma unidade de pronto atendimento que presta serviços de urgência e emergência e que, no caso em questão, a paciente foi devidamente atendida e teve realizado o diagnóstico quando procurou a unidade.

OUTRO LADO

ESCORPIÃO
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olímpia esclarece que o paciente J.S.M, de 43 anos, esteve em atendimento na Unidade, na tarde de ontem, em decorrência de uma picadura de escorpião. O Paciente, que teria chegado no local alcoolizado, foi imediatamente atendido e teve o bloqueio anestésico realizado. No caso em questão não houve necessidade do uso de soro antiescor­piônico.

 

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