08 de outubro | 2017

Veja se você tem problemas de audição

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Pessoas que tem problemas de audição sofrem ao realizar tarefas simples do dia a dia. E seus ouvidos, como estão?

Quando você fez um teste para saber como anda sua audição? Não lembra ou realmente nunca fez? Então está na hora de se preocupar com isso. “O número de pessoas que apresentam algum problema na audição é enorme. Escutar bem é essencial para nossa comunicação, no entanto, acabamos nos esquecendo da sua importância”, explica a fonoaudióloga Elis Sanches Paredero (foto), fonoaudióloga da empresa Audiolife – revenda oficial Phonak Aparelhos Auditivos.

“Para se ter uma ideia, segundo dados do IBGE, cerca de 10 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva e nem sabem disso”, complementa.

E reforça: “Hoje, felizmente é possível fazer um teste de audição em qualquer pessoa, de qualquer idade, inclusive em recém-nascidos. Para avaliar a audição devemos fazer anualmente o exame de audiometria, que é bem simples, e verifica se estamos escutando direito, bem como o grau e o tipo de perda auditiva, caso exista”.

De acordo com a Elis Paredero, independentemente da idade, a perda auditiva pode levar ao afastamento do convívio social, e quanto mais cedo diagnosticado, melhor. “Vale ressaltar que o uso contínuo de aparelhos auditivos, para alguém que tem algum tipo de perda auditiva, estimula as estruturas da audição e o cérebro para que exista a estabilização da perda”, destaca.

1. FIQUE ATENTO

As pessoas que sofrem com a perda auditiva se deparam com situações de muita dificuldade em tarefas simples do dia a dia, como seguir uma conversa sem esforço, confraternizar em um evento de trabalho ou um jantar entre amigos e até mesmo falar ao telefone.

2. AUMENTE

Começar a levantar o volume da TV é um sinal preocupante. “Perceba se isto acontece com frequência. Se sim, é hora de uma avaliação”.

3. REPITA

“Ouvir, mas não entender o que as outras pessoas estão falando ou sentir dificuldade em acompanhar conversas em locais ruidosos pode indicar algum problema”, alerta a fonoau­dióloga. Também é importante ficar atento a zumbidos que podem aparecer.

4. OUTROS SINAIS

Falta de atenção, aumento do nível de estresse e isolamento social, que pode chegar até a depressão.

CHEGA DE VERGONHA

“Em geral a maioria das pessoas ainda tem preconceito quanto ao uso do aparelho. Constata-se que apenas 40% de quem tem perda de audição reconhecem que ouvem mal. O que é lamentável, porque a perda auditiva é cumulativa e, se nada for feito a tempo, a dificuldade para ouvir será cada vez maior”. Segundo a especialista Dra Elis Paredero, a realidade é que muitos usam óculos, por exemplo, mas no caso da deficiência auditiva, persiste certa resistência em usar aparelho nos ouvidos. E por que isso acontece? “Porque a maioria desconhece os avanços tecnológicos que permitiram a criação de dispositivos minúsculos ou ate mesmo invisíveis”, explica.

E conclui: “No entanto, o preconceito vem sendo quebrado. Após o uso, a pessoa verifica a melhora significativa da qualidade de vida e aquele primeiro julgamento vai embora. Porém, é preciso ressaltar que, como existem diversos tamanhos e características, apenas um profissional fonoaudiólogo/audiologista tem a qualificação para ajudar a fazer a escolha certa.

Elis Sanches Paredero é Fonoaudióloga, Especialista pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.

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