“Quando o embate se dá na escuridão e o digladiar acontece através de armas de destruição moral, as consequências podem não ser perceptíveis para a grande massa, mas, com certeza, é esta que sofre as principais baixas do após guerra”.

Mestre Baba Zen Aranes.

NEM TODAS AS, …

… guerras acontecem em campos de batalha com disparos de armas de fogo e bombas de alto poder de destruição. Existem aquelas que também são consideravelmente destrutivas, mas que utilizam outros tipos de armas. Aqueles que não provocam extermínio direto, mas que igualmente causam até mortes por suas con­sequências indiretas.

COM CERTEZA, …

… faltando pouco mais de um ano para as eleições de 2020, que elegerão os próximos prefeito, vice e vereadores e de todos os municípios brasileiros, a já iniciada guerra de bastidores visando este pleito, agora ganha contornos mais acirrados e diretos.

O CAMPO DE …

… batalha, desde o início, ficou exposto como um tabuleiro de xadrez, onde as peças são mexidas estrategicamente visando a vitória que mantém ou leva ao poder.

O ATUAL …

… jogo político teve seu início justamente com o limiar deste 2019, embora o atual prefeito já tivesse começado a mexer as primeiras peças no tabuleiro praticamente poucos meses após sua eleição e o seu antagonista, o outro lado da polarização entre farinhas do mesmo saco, todos juntos e misturados, o grande Genial, tenha se postado do outro lado do tabuleiro, mas jogando mais lentamente.

É QUE FOI …

… no limiar deste ano que começaram a surgir os pretensos prováveis candidatos ao cargo majoritário e mesmo os que começaram a mostrar preocupação repentina com os interesses da população.

O LADO OFICIAL …

… então passou a ter do outro lado, outros jogadores, até fogo amigo e passou a endurecer o jogo, mas tentando manter os componentes do barco que começou a apresentar vazamentos por vários lados, demonstrando que o balaio de gatos sofria sabotagem vindas de todas as direções.

EM TERRA …

… de coronéis, sempre, o que interessa é o próprio umbigo e a manutenção da subjugação da maioria escravizada, acreditando perpetuamente que um super-homem venha lhe restituir a glória.

E É AÍ QUE …

… começam todas as teatralizações que vão deixando espalhados pelo caminho os enfraquecidos ou destruídos pelas armas de efeito moral de uma guerra que não tem nada de santa, mas, sim, de uma sordidez tamanha que consegue perpetuar o estado do cada vez pior para a população.

MUITOS SE JOGAM …

… no tabuleiro, com a esperança de se fortalecer neste ou naquele grupo, onde conseguirão um cargo ou uma migalha do poder.

OUTROS TENTAM …

… se postar como balão de ensaio, para saber a quantas andam as suas chances neste mundo sujo, vil, em que qualquer princípio ético tem que ser subvertido como única forma de sobrevivência.

TEM TAMBÉM …

… aqueles que se colocam em situação de disputa hoje, visando construir uma imagem que possa vir a cacifar uma candidatura futura.

OUTROS …

… acreditam que o seu perfil pode ter maiores probabilidades numa disputa eleitoral.

A VERDADE …

… é que todos começam a colocar suas asinhas de fora, na tentativa de chegar a um poder passageiro mas contagiante, pois, pode ditar a vida ou a morte dos seus semelhantes, pela competência ou incompetência, ou de acordo com sua capacidade ou incapacidade de fazer para a polis, ou seja, de praticar a “polis”­+­“ti­ca”, a chamada política, palavra linda com significado de amor ao próximo, tão deturpada hoje em dia.

DENTRO DESTE …

… atual quadro, segundo um passarinho contou para este colunista, pesquisas realizadas pelos dois lados da mesma moeda, a situação estaria ficando complicada para o atual prefeito que teria deixado pegar a pecha de que tem nojo de pobre e que administra apenas para os empresários e não para o povo.

MAS, O PIOR …

… é que além de estar perdendo para ele mesmo, ainda estaria sofrendo um baque pelo surgi­men­to de um “fogo amigo”, que estaria aproveitando justamente as falhas do atual mandatário.

CLARO, …

… sem confirmação oficial, apenas pelo que se ouve nos bastidores dos “fuxiqueiros da política”, pesquisas de opinião estariam apontando o atual presidente da Câmara, o vereador Niquinha, o Niquinaro, como com amplas chances de ser o próximo prefeito da cidade.

O VEREADOR …

… estaria, com seu jeito espalhafatoso e ao mesmo tempo carinhoso de se postar como representante do povo, conquistando justamente a grande massa de descontentes com o atual governo que seria da elite e que teria abandonado os mais de 80% mais pobres desta cidade.

COMO EM …

… toda guerra virtual, as armas que se utilizam são as legais para a população ver (destruição de imagem e intimidação via processos e denúncias) e, nos bastidores, também através de ameaças de se abrir as caixas de pandora onde estão escondidos todos os demônios de cada um, o jogo de xadrez se dá de forma vil, às vezes até banal.

MAS DIANTE …

… deste novo quadro, se é que tem algum fundamento real e não seja fruto da imaginação dos “analistas” de plantão, não se descarta que todas as armas passem a se voltar contra o Niquinaro, que não sendo oriundo nem da elite e nem da classe média local (a dos coronéis), estaria despontando com chances de se sair bem no pleito eleitoral.

CLARO, …

… também tem aqueles que acreditam que tudo não passaria de estratégia de marketing e que Niquinaro estaria apenas ocupando espaço para não deixar outro se sobressair e na última hora se postaria ao lado do atual mandatário.

MAS, JÁ SE …
… fala nos bastidores em denúncias mil contra o vereador e até que se estaria estudando uma estratégia visando a cassação de seu mandato na própria Câmara.

QUEM VIVER …
… e sobreviver a esta guerra que não tem nada de santa, com certeza verá qual será o resultado de tudo isso.

MAS, A GENTE, …

… fazendo um exercício hercúleo de futurologia, pode vislumbrar que Niquinaro, a se confirmar a guerra de bastidor, se Niquenaro usar o mesmo esquema do outro “naro”, poderá contabilizar favoravelmente todas as tentativas de agressão que porventura vierem contra si, utilizando o chamado processo de “cristiani­zação”, fortalecendo ainda mais o estigma criado pelas atitudes do próprio mandatário de que Olímpia é terra de coronéis que dominam a política e não querem nem saber da população.

E CLARO, …

… consequentemente reforçando a imagem de que é oriundo das classes mais pobres e seu fiel representante, reafirmando suas atitudes atabalhoa­das e de cunho populista em defesa dos seus eleitores.

José Salamargo – cada vez mais convencido de que o velho ditado popular continua atual nesta cidade de Olimpiã e Festança: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.