13 de dezembro | 2015

A má avaliação do Superprefeito nas pesquisas e outras lendas

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Do Conselho Editorial

A semana foi bastante agitada na política local. Vários acontecimentos bombaram nas rodas políticas e nas redes sociais.

Qualquer coisa é motivo de especulação e vira motivo de fofoca ou ganha contornos de verdade dependendo da boca que invoca certeiros e científicos motivos para dar como certa até a ressurreição do boi Bandido, incorporado em sêmen vendido que gerou belíssimo touro, que é a alma que pula incorporada em outro corpo.

E por ai vão os devaneios, se necessitar de confirmação sempre se tira do bolso do colete algum técnico especialista em desencarnação e posterior reencarnação. O que não se deixa abater é a bem intencionada disposição de provar como robusta a tese defendida.

Entre os delírios esteve mais uma vez presente sem causar o frisson das outras vezes a possibilidade da vinda do Play Center para Olímpia, divulgada tendo como possível patrocinador o responsável pela Secretaria de Turismo local.

Terceira tentativa de se provar que o empreendimento virá para Olímpia, sendo que desta vez, mesmo tendo gerado discussões, não teve o impacto de outras vezes.

Os diretores não afirmam que a cidade escolhida será o destino turístico que abriga o Thermas dos Laranjais, e nem desmentem a possibilidade remota de isto vir a acontecer.

Neste cenário de dubiedades a menos de 10 meses da eleição, os favoráveis a candidatura do Secretário de Turismo e o próprio atuam na divulgação como se o fato bastante incontroverso fosse ocorrer independente de uma avaliação mais profunda de retorno econômico e mercado que possibilite frequência, público para um empreendimento da envergadura do Play Center.

Os que não creem no projeto, os pessimistas que estão crescendo à medida que o tempo passa, invocam um raciocínio até muito simplório, embora muito convincente, para justificação de suas dúvidas, que vão além das tradicionais fraudes eleitorais de anúncio como este às vésperas de eleições.

Lembram que o mal sucedido empreendimento do Play Center não deu certo na Capital do maior estado da União, São Paulo, com mais de onze milhões e uma população flutuante gigantesca, na ordem de outros milhões, não entendendo como poderia dar certo em uma cidade com pouco mais de cinquenta mil habitantes, e flutuante que em todo o ano passa de dois milhões, mas cuja população local e re­gio­nal superlota lojas e shoppings da próxima Rio Preto.

A população de São José do Rio Preto está estimada em mais de trezentos e quarenta mil habitantes abrigando um contingente flutuante também de dois milhões de pessoas.

Vale notar que contingente flutuante é o conjunto de indivíduos presentes no território na data de referência, por um período de curta duração, por motivos recreativos, de turismo, visita a familiares.

Forte esta argumentação que meio que comprova que se a visão dos empresários for lucro, competir em uma cidade com uma população diminuta e com um contingente flutuante baixo em comparação com as outras citadas, que já conta com um parque atrativo que está situado entre os mais visitados do mundo, obriga a pensar em possível fraude eleitoral, mesmo que não seja.

Outra coisa que pegou foi a árvore de Natal montada na praça sem atrativos, sem graça nenhuma, provando que falta profissionalismo a uma cidade que se pretende turística.

A árvore de Natal foi montada, assim como a decoração natalina muito tardiamente este ano e é bastante anêmica, bastante tísica, não demonstra criatividade, fica a desejar para quem mostra um paraíso bem cuidado nas páginas dos jornais oficiais.

Após uma verdadeira rebelião no Facebook e nos watsapps da vida, parece que o poder executivo se tocou, tomou chá de simancol e acrescentou beleza à árvore desmilinguida que ficou um bom período exposta na praça central pagando mico nas redes sociais.

Corrigiram a árvore, deixando para trás uma ideia de desorganização de final de mandato, de governo que não mais governa, que não liga para mais nada, que morreu e esqueceu de deitar, como se diziam antigamente as antigas mentes providas de bom humor e ótima verve irônica.

Nestas e noutras coisas reside o desgaste do governo de Geninho que se afunda em si mesmo promovendo muito mais do mesmo e sem tempero e graça se afunda no que pode haver de mais raso em administração pública.

Pesquisa de um destes jornais que aparecem do nada, parecendo de encomenda, nos anos eleitorais, distribui alguns exemplares no mesmo modelito que antecedeu a eleição passada, dando conta que Geninho anda mal das pernas no tocante ao que pensa da sua administração, a população.

O jornal que informa que avalia a trajetória desde 2008 avalia que esta é sua pior avaliação que obteve desde que foi um dos maiores índices de aprovação entre os prefeitos da região, sendo chamado à época pelo jornal e por blogueiro babão oficial de SuperPrefeito, já que sua média de aprovação era de 78%.

Hoje, porém, de acordo com pesquisa levada a efeito pelo mesmo jornal, que voltou a circular por aqui, Geninho conta com 70% por cento de rejeição.

Considerando-se que a época em que era Super, Geninho foi eleito com percentual próxima do que apontavam pesquisas do mesmo jornal é de considerar que possa haver razoabilidade nesta significativa queda de seus índices de aceitação, fruto do desgaste natural de dois mandatos, da forma como se descuidou do mandato, ou, em suma, por culpa da incompetência administrativa que se instalou na cidade.

Nenhuma novidade nisto e a continuar como está a tendência é que piore para prejuízo da sofrida população local.

A menos que ocupem as redes sociais e lutem pelos seus direitos, afinal se transformaram em beleza aquele trambolho que estava enfeitando a praça e que chamavam árvore de Natal, sem ser, pode ser que deem dinâmica de qualidade aos serviços que estão tão horrorosos quanto a árvore que não era árvore, e soando tão falso como a possibilidade de vinda do Play Center.

 

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