12 de março | 2017

Alguns Vereadores conseguirão ser piores que os anteriores?

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Do Conselho Editorial

A Câmara passada foi composta por uma série de vereadores que pareciam competir entre si um campeonato de ruindades, no sentido do despre­paro para o cargo.

Foram tão abaixo das expectativas que o Legisla­tivo foi trocado na sua ma­ioria, rejeitado que foram pelas urnas.

Se bem que eleições não se dão, na sua essência, e­xatamente pelo nível de conscientização da população, por exigências ideológicas, por exigência de trabalho social legislati­vo, comprometimento com causas públicas, capacidade de intervenção nas discussões políticas, liderança, trabalhos pres­tados a comunidade.

Maioria dos eleitos pelo Brasil afora, só são eleitos se dispensarem uma fortuna na campanha para com­pra de votos e cor­rup­ção do próprio sistema eleitoral.

Assim sendo, depois de eleitos, como geralmente as campanhas proporcionais (do legislativo) são irrigadas pelas candidaturas majoritárias (Executivo) os legisladores, vereadores no caso, eleitos, ficam reféns do Prefeito na maioria dos casos.

Aquela balela que serve só para alguns poucos de que os eleitos representam a vontade do povo e estão lá para representar a opinião da sociedade, com raras exceções, deve ser considerada verdade.

Maioria se sente como se fosse empregado do pre­feito e não do povo e na condição de empregados do prefeito dizem a­mém a tudo que o alcaide manda para aprovação e às vezes chancelam o a­mém de forma reveren­cial até quando apresentam projetos e o prefeito se opõe.

É ridículo isto? É e sempre foi.

Por estas razões o Legis­lativo está desmoralizado perante a sociedade e mes­mo os que vendem o voto não depositam confiança naqueles que compraram o seu exercício de cidadania, como são muitos, razoáveis na descrença, pois conhecem o canalha que os comprou, cresce o descrédito ao Legislativo.

Voltando a Olímpia ainda está quente e presente na memória dos olim­pi­enses que a cidade teve a pior composição de Câmara dos últimos cem anos.

Tão ruim, que ao final sem ter noção alguma do que tratava sua função le­gislativa foi bater no Judiciário para tentar o au­men­­to de parlamentares no Legislativo local, função que por ofício era deles.

Não é necessário falar que se despediram com este mico que comprovou a inutilidade da presença de muitos deles no cargo e a desnecessidade de aumentar o número em razão da falta de capacidade para a função que demonstraram.

A nova composição, apesar dos discursos de independência, evidente que estão na sua maioria atrelados à base do governo.

Até ai tudo bem, nenhum desconforto, a cidade precisa que haja lucidez e ponderações nas decisões, porém quedar submisso diante da autoridade que deveria fiscalizar ou propor legislação a ser seguida não é um bom exemplo.

Os incidentes envolvendo a UEUO e o Curso de teatro aliados a meia volta volver dos vereadores nos últimos projetos apresentados demonstram uma fraqueza, uma anemia, u­ma falta de força moral sem precedentes dos novos ocupantes dos cargos.

Embora possa acontecer uma discussão mais acentuada a respeito destas falhas e apontada uma correção de rumos, inevitável que o comportamento nestas ações produziu e produz desgastes que conduz a imaginação popular a pensar que temos mais do mesmo, a repetição do lugar comum.

Em suma, ou muda a postura ou alguns se destacarão pela busca de caminhos mais afinados com a população e a maioria caminhará para retirar ou dividir com a outra legisla­tura o troféu de pior Câmara em mais de cem anos, ou a pior de todos os tempos.

Tomara que mude.

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