12 de outubro | 2014

Começou o segundo turno das eleições

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Do Conselho Editorial

Começou o segundo turno das eleições nos estados em que a disputa não permitiu que candidatos a governadores definissem a eleição no primeiro turno, e no país para escolha dos candidatos a presidente da República, concorrem Dilma Rousself e Aécio Neves.

As primeiras inserções de propaganda eleitoral e as últimas declarações dos presidenciáveis e dos que optaram por uma ou por outra candidatura, deixam trans­­parecer que a disputa promete intensidade e excessos.

Ideal seria que os debates fossem de alto nível, mas, geralmente, não é isto o que ocorre nos últimos tempos nas eleições brasileiras.

Tomou conta do cenário político um açodamento baseado em questões de ordem pessoal ou “denuncismo” irresponsável de tal forma que o que deveria ser importante para a construção de uma nação voltada para a construção do fortalecimento das instituições cada vez mais desacreditadas, vai para um segundo plano.

O que esse segundo turno evidencia é a total falta de propostas em detrimento de um combate carregado de agressividade, por si só irracional, onde a pretensão de um lado e de outro parece ser demonstrar que só promove a baixaria por que o outro lado começou.

Em síntese parece briga de crianças que na justificativa para os que detêm o poder de coerção, popular cinta, gritam bem alto que foi o outro que começou.

Desta maneira, que mais desinforma que forma cidadãos, começou a disputa pela cadeira de primeiro mandatário do país, e se assim o texto se refere apenas à eleição presidencial é porque no Estado de São Paulo a eleição se resolveu no primeiro turno

O que não impede, no entanto, que o Estado e a crise hídrica que atravessa não venha a ser um dos assuntos alvos dos debates da disputa que está em andamento.

O sistema Cantareira que abastece a capital do Estado, e uma das maiores cidades deste país dá sinais de esgotamento, visto ter sua capacidade reduzida a níveis que comprometerá, caso não chova brevemente e com abundância, o abastecimento da capital.

Este cenário possível preocupa a campanha do candidato que se opõe a candidatura de situação, pois desnudará, desvelará que o povo do Estado em que conseguiu um resultado bastante positivo foi conduzido a erro para que a candidatura do governador de seu partido não fosse prejudicada.

Como não há maneira de se fazer omelete sem quebrar ovos esta e outras hipóteses demonstrativas da ordem e do baixo nível do debate instalado nas campanhas de desgaste e erosão de candidatos estarão presentes até o último dia destas campanhas que se identificaram muito mais pelo apelo de marketing do que pelo que poderão produzir de notável pelo país.

Não há projetos nem planos de governo, há escândalos e baixarias.

E, a menos que o eleitor esteja fanatizado, avesso à realidade, usando tapa, o tradicional antolhos, diante dos olhos, aquela viseira que é colocada nas laterais da cabeça dos cavalos e burros obrigando-os a olhar só pra frente e que é usada comumente em animais que puxam charretes e carroças, para que ele não se assuste com o que vier pelas laterais e para focar sua visão na dianteira do veiculo, assim, tropeçando menos nos obstáculos frontais, pode ser que venham a exigir mais de seus candidatos.

Se você eleitor, não pretende se comportar como um equino, ou como um asno, é simples: tire o tapa, a viseira, filtre as informações, forme convicção, e vote no produto mais saudável à sua saúde econômica, se for ego­cên­trico, individualista, ou no que entender ser mais sadio as finanças da nação, se processar um pen­samento mais huma­nizado e coletivo.

Os produtos estão ai discutindo o sexo dos anjos e a guerra das borboletas por um pouco de espaço na areia da praia de beira de rio, próximo da água.

Escolha entre as diversas manifestações a que possa parecer mais lúcida ou não, o importante nesta guerra toda é que você, eleitor, pagará o preço por sua decisão.

O que pode, a princípio diante da falta de proposições mais sérias e responsáveis parecer algo trágico, dramático e com conse­quências graves, quando não se acena com a realidade que o eleitor, o povo, terá a sua disposição longos quatro anos para repensar o processo.

Pode parecer muito para alguns e pouco para outros, será o tempo exato para amadurecer novas ilusões no pomar das hipocrisias políticas para ser despejada nas eleições futuras, que co­mo esta que parece igual a todas que passaram, será igual a esta onde a única certeza será o descrédito crescente da classe política como bem demonstram, as abstenções, os votos brancos e nulos.

E, a guerra continua.

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