05 de maio | 2013

Como ser feliz sem saber qual o significado de felicidade?

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NADA COMO …

… um dia após o outro, principalmente se a gente se ater na máxima de que o passado já se foi, deixou de existir; o futuro ainda não aconteceu, portanto, também não existe; ficamos, então, somente com o presente. Epa! Mas, o que estou escrevendo já escrevi, então já se tornou passado. Bom. E, agora? Será que estou no futuro?

DEU PARA ENTENDER? …

… ou… Bom, aí é uma questão de você para você mesmo. Na verdade, a constatação é uma só. A vida passa depressa demais e tem gente que não sabe o que fazer com o seu próprio tempo, mas também tem quem não tem tempo para nada. Poucos, no entanto, têm tempo para tudo … ou seja … para tudo que entendem como necessário para a sua felicidade.

MAS QUE …

… é “pirante”, não tenham dúvida, saber que uma vida inteira passou a se chamar passado e deixou de existir a segundos atrás. E o que é pior, se bobear a gente vai ter recordações que podem se confundir com sonhos, com imaginações mil que nem chegaram a acontecer. Então, nem se saberá se existiram realmente. E você, existiu? O que você fez?

BOM …

… deixando de lado, mais uma vez, esta veia endoidecida de querer entender a teoria do tempo de Santo Agostinho, vamos direto e reto neste dia-a-dia desta terra impregnada de “espertos” que aprenderam a cartilha da Lei de Gerson e gastam grande parte do precioso tempo tentando levar vantagem sobre alguém; traduzindo: “passar a perna” em quem considerar menos esperto.

PARA QUEM …

… não sabe o que é a Lei de Gerson vamos explicando que há algumas décadas atrás, antes deste boom tecnológico e mesmo do advento da internet, as famílias aqui neste “interiorzão” de São Paulo eram muito mais amigas, se respeitavam e muitos negócios se davam apenas pela palavra empenhada, ou seja, não tinha toda essa burocracia de hoje que, inclusive, nem sempre é respeitada.

O QUE IMPERAVA …

… era o chamado fio de barba, com as pessoas preservando os bons costumes e principalmente os bons preceitos da moral. Eram raros os espertinhos que tentavam enganar o próximo. Existia muito mais amizade, muito menos solidão.

AÍ, SURGIU …

… uma propaganda na televisão de uma marca de cigarro em que o famoso médio volante da seleção de 70, Gerson, aparecia e dizia que era preciso levar vantagem em tudo.

CLARO …

… não se pode culpar apenas a propaganda do cigarro na TV como a responsável pela instituição da imoralidade, mas, ela marca o pontapé inicial da dominação do chamado capitalismo selvagem.

ATRAVÉS DA …

… chamada indústria cultural, principalmente com a TV, suas novelas e suas propagandas domi­nadoras, vai surgindo aos poucos um modelo de sociedade con­su­mista, onde os antigos conceitos de moralidade, amizade e com­panheirismo vão sendo substituídos pela disputa diária entre os seres que começam a viver para consumir, para comprar cada vez mais os produtos que são lançados no grande dominador chamado mercado.

AÍ, INSTALA-SE …

… o caos que continua crescendo e cada vez mais transformando os cidadãos em guerreiros que não medem esforços para obter dinheiro para consumir, consumir e consumir, cada vez mais.

MAS O GRANDE …

… e todo poderoso Mercado também cria um contingente cada vez maior de excluídos, os sem esperança, os sem perspectiva de participar diretamente deste mesmo mercado, ou seja, as classes menos favorecidas economicamente que, ao não terem como chegar aos padrões de consumo dos mais abastados e, ao não conseguirem sair da pobreza intelectual, acabam literalmente se matando ou seja pela criminalidade, ou seja pelas drogas lícitas e ilícitas ou, ainda, pela própria falta de vontade de viver que leva muitos a tentarem tirar a própria vida.

NUM MUNDO …

… em que apenas os prazeres materiais (bens de consumo) são desejados, o homem sem cultura não alimenta o intelecto e não consegue fazer com que a razão predomine e acaba adormecendo a emoção e, “emburrecendo”, passa a não mais viver e apenas reagir pelo instinto consumista de sempre ter, ter, ter e ter, esquecendo-se totalmente de ser, de crescer intelectualmente.

É GROTESCO …

… ver estudantes de engenharia, direito e o escambau aceitando que são analfabetos funcionais, dizendo que detestam ler, assumindo que estão cursando o terceiro grau apenas para poder justamente exercer uma profissão como se fossem robôs programados para repetir a rotina que foi programada, abrindo mão da obtenção do chamado senso crítico, através do conhecimento.

GENTE, …

… é simples o raciocínio: quem não sabe ler e interpretar um texto, como vai ter linguagem para interpretar a si mesmo? E a vida? E o mundo? Como obter o equilíbrio entre instinto, emoção e razão?

NA VERDADE …

… a situação que se verifica hoje é a de uma verdadeira Selva de Pedra, onde os homens se digladiam de forma mais grotesca que os animais, pois estes lutam e se matam pela sobrevivência e pela preservação da espécie e o bicho homem pelos prazeres momentâneos do mero consumo.

BOM …

… finalmente, vamos entrar no assunto da semana, que não poderia deixar de ser a primeira aparição de Eugênio nas escutas telefônicas da operação Fratelli.

O DIÁRIO DA …

… Região de Rio Preto teve acesso a trechos em que aparece o prefeito dialogando com o chefão da “Máfia do Asfalto”, Olivio Sca­ma­tti, sobre um acidente que uma assessora de um deputado havia sofrido na região e teria sido o “assessoramento” do pessoal da Demop.

EM OUTRO …

… trecho, no entanto, este mais comprometedor, um irmão de Olívio comemora lucro de R$ 500 mil obtido em um serviço de re­ca­peamento asfáltico em Olímpia. Claro que quando se comemora lucro em uma empresa suspeita como é o caso, não dá para se entender como diferença razoável entre o valor cobrado e o que foi gasto.

ESTE LUCRO …

… soa como muito mais duvidoso do que possa imaginar a nossa vã filhosofia.

A OUTRA …

… ligação de Eugênio com a máfia, segundo o Diário, se dá pelo fato de uma construtora que aparece como ligada ao grupo Demop pertencer a membros de sua família.

EM SUMA …

… embora todos os fatos apresentados pelo Diário em sua edição de sexta-feira, 03, sejam comprometedores para a imagem do prefeito, não são incriminadores ao ponto de se afirmar que sejam indícios suficientes para trans­formá-lo em suspeito.

ENTRETANTO, …

… fica provado, pelos pontos citados que o prefeito mantinha laços com Olivio Scamatti que transcendem aos daqueles que são simples fornecedores da prefeitura e chegam próximos da amizade. Aí, sim, o fato de existir uma verdadeira “República de Votu­po­ranga” (cidade sede da “Máfia do Asfalto”) instalada no executivo local torna-se um reforçador de que possa existir alguma participação, principalmente em razão de o município já ter gasto mais de R$ 30 milhões com as empresas do grupo Demop.

É ESPERAR …

… para ver se não existe nada de podre no reino da Dinamarca.

 

José Salamargo … sem tempo para pescar, sem tempo para viajar, sem tempo para veranear, mas sempre criando tempo para curtir seu mais puro e novo amor chamado Nicole.

 

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