15 de junho | 2008

“Ficar” pode prejudicar a instituição casamento

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Quer seja analisado pelo lado científico da questão ou mesmo pelo religioso, é certo que o comportamento "ficar" adotado pela maioria dos jovens na atualidade, é perigoso tanto à instituição do casamento, quanto à própria estruturação familiar. Embora pelos lados da legalidade aparentemente as pessoas continuem se casando em cartório, por outro, ou seja, pelo lado filosófico é a formação familiar, importante na constituição de uma sociedade mais equilibrada, os riscos podem ser considerados importantes.

E, mesmo sem a intenção pré-definida de tocar no tema tentativa de suicídios, amplamente discutido na edição passada desta Folha, não é possível deixar de lado ao menos uma opinião que foi emitida pelo médico Amado André Messias, que habituado a conviver profissionalmente com dependentes químicos, ele que atua também na área da psiquiatria, já indicava que o individualismo toma conta da sociedade como um todo.

Se no caso da busca da própria morte o que aparece fortemente são a falta de estrutura familiar e desagregação social, devido à grande alteração dos valores humanos que vivem atualmente uma sociedade individualista na busca do bem material, o mesmo pode ser verificado nesta semana, nas opiniões emitidas pelos entrevistados que, mesmo com um tema diferente – a proposta era discutir o namoro e o casamento – indicam para o mesmo caminho. Quer dizer, há uma forte tendência do ser humano viver sozinho.

Para eles, pelo menos atualmente, as pessoas demonstram clara tendência de viverem sem se envolverem com um casamento, seja motivada pela busca do sucesso profissional, seja por própria opção de vida sentimental. No entanto, é uma escolha que deve ser muito bem pensada, porque o ser humano foi feito para se relacionar com outro. Embora sempre tratado com a suavidade que todos desejam para a passagem do ‘Dia dos Namorados’, a convivência pré-matrimonial entre um casal pode ser o fio de navalha que leva à felicidade total ou, por outro lado, às conseqüências mais indesejáveis, muitas vezes, responsáveis até mesmo por várias tentativas de suicídios registradas atualmente no meio da sociedade.

Embora nenhuma pergunta específica tenha sido formulada, é claro que a concretização de atitudes extremas como desejar a própria morte, pode estar ligada à gravidez precoce e até aos abortos que podem surgir do momento "ficar".

Formação familiar

Ao discutir o que o namoro pode vir a representar no futuro das pessoas, principalmente, quando se fala na formação familiar como base para o enfrentamento de dificuldades, acabam surgindo as alterações de comportamentos bastante comuns para os dias atuais. Será que o namoro de antigamente está totalmente fora de moda? Se avaliarmos por algumas tendências atuais devemos afirmar que não, mas ao mesmo tempo, temos que admitir que, romanticamente, sofreu alterações significativas. É claro que não pode ser considerada regra única, mesmo porque há vários precedentes de pessoas que conhecemos no dia-a-dia que, se viram e rapidamente partiram para um relacionamento bastante firme com alguns até se casando rapidamente. Mas, se for usado o bom senso para explicar a situação, é pelo menos politicamente correto, é afirmar que um tempo maior de namoro garante um casamento duradouro.

Considerado importante em vários sentidos, o período de namoro, além de ser a principal opção de escolha do parceiro que acompanhará a pessoa por longo período, serve também para projetar a vida futura do casal.

Pode se, portanto, dizer que é a etapa do próprio conhecimento do que se deseja para o futuro. É a etapa onde o jovem, que já tem seu projeto de vida, tem chance de conhecer a pessoa que deverá acompanha-lo durante sua existência.

São várias as etapas da vida que o ser humano passa que começa ainda criança. E, a convivência com os pais é uma delas, período em que o ser humano dá seus primeiros passos.

Para discutir este assunto, esta Folha e o TViFOLHA ouviram, esta semana, uma advogada, uma psicóloga, um padre e um pastor.

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