18 de setembro | 2016

Delações premiadas a vista?

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Do Conselho Editorial

Em razão do silêncio dos políticos locais em relação à prisão do vereador Marco Santos, vem crescendo nas ruas a sensação de que muitos políticos estão a temer que a qualquer momento, da gaiola, o vereador prisioneiro aprenderá a cantar canções não muito agradáveis aos que ocupam o poder.

Qualquer cidadão, por mais anormal que seja, sonha com a liberdade, com sentar em uma lanchonete e devorar uma taturana acompanhada de uma “Coca Diet” e a companhia leve de seus amigos próximos e familiares.

À medida que o tempo passa, solitário e reflexivo, que estas são as características do homem isolado da sociedade, se racional e preocupado com a retomada dos seus afazeres do dia a dia, é possível que esteja se coçando de vontade de falar tudo que sabe, se é que sabe e voar na direção de outra história, rasgando as folhas do passado e reinaugurando o futuro.

Por ser assim, o inconsciente da maioria dos políticos locais, se envolvidos estiverem em alguma história que não gostariam que viesse à tona, é possível que estejam evitando este assunto.

 E estão, até agora nenhuma viva alma do Legislativo ou do Executivo soltou uma palavra que seja acerca dos acontecimentos que culminaram na prisão do vereador na Câmara que abriga os piores representantes legislativos dos últimos cem anos.

Em razão do silêncio total principalmente dos vereadores, do prefeito Eugênio José Zuliani e do próprio candidato a prefeito Beto Puttini, em cuja coligação está abrigada a candidatura do vereador prisioneiro, a impressão é de que todos temem falar alguma coisa e o resultado de suas falas se reverterem contra si.

Quem não deve não deveria temer, e quando se trata do vereador Marco Santos, conhecido nos meios políticos por gravar todas as conversas indiscretas que costuma ter, toda precaução, em se devendo, é pouca.

E parece que todos estão calados por prevenção, temor, medo do que possa sair do Baú do Santos.

Celulares, ou celular do vereador, na mão da justiça é coisa de deixar careca de cabelo arrepiado, principalmente se tiver um fiozinho que seja de culpa no cartório das metadinhas e terços inescrupulosos orados a luz de infinitas propagadas falcatruas.

À medida que o tempo passa, vai aumentando os rumores de que a delação premiada pode estar se aproximando, em razão do tempo em que o vereador prisioneiro poderá ficar guardado em uma cela.

E aumenta também a tensão nos meios políticos na medida em que todos os dias vão se adicionando nomes e indicações quem poderia fazer parte da divisão de dinheiro público em indicações na Câmara e na Prefeitura. Se procede ou não, as investigações demonstrarão.

Enquanto isto não ocorre, a cidade e os meios políticos vão discutindo a omissão dos agentes públicos envolvidos ou não na história que, por estarem calados, passam a impressão que devem e muito.

A sinalização de que o vereador poderia ser expulso do DEM propagada pelo prefeito Eugênio na mídia regional que não deu em nada, o candidato a prefeito e vereador de sua coligação calado e os seus companheiros de casa mudos sobre o assunto, passam a ideia de que pode haver muito mais coisas entre Marco Santos e a terra, do que pode pensar a vã filosofia do leitor.

 Estas somatórias podem surpreender ao final, quando for exibido o resultado das investigações.

 

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