29 de junho | 2014

Grupo de Eugênio, como touro, berra na ida para o matadouro?

Compartilhe:

Do Conselho Editorial

O grupo de Eugênio José, composto na sua maioria de figurinhas e carimbadas da política olimpiense, gabolas, os que se orgulham de estar próximos do poder, agora que a casa parece começar a ruir, esperneiam mais que cabrito quando pendurados para o abate.

No início deste desgoverno a tentativa de mostrar que as instituições estavam de joelhos, atreladas ao poder do império instalado chegava às raias do absurdo, a impressão que tentava se passar era a de que tudo e todos estavam comprometidos por um governo cuja grande marca, que deveria ser motivo de vergonha, era a de estar super carregado de gente que louvava o fato de ser a favor de se levar vantagem em tudo.

E nesta ótica prosperou o inchaço da máquina pública através dos cargos comissionados, dos estágios duvidosos, das empresas recém criadas e as de Votuporanga e com isto ampliou-se o número de bate paus que se orgulhava de divulgar diante de qualquer suspeição de que a denúncia não prosperaria, que não daria em nada.

O temeroso em tudo isto é que o que veladamente se falava nos bastidores, começou a ser discutido em praça pública como se a política das vantagens estivesse acobertada pelas imunidades e prerrogativas de foro, e bem acima do bem e do mal, blindadas contra toda e qualquer possibilidade de punição.

A liderança maior, o grande e genial guru tinha e mantinha relações tão próximas do mais alto poder deste estado e desta nação que nada e ninguém seria capaz de conseguir, por mais real que fosse o fato, fazer prosperar contra si qualquer possibilidade de investigação.

Em suma, elegeram na aldeia suprassumo do suprassumo do poder; não haveria lei e nem constituição, norma, lei, regramento que pudesse, por mais alto e elevado que fosse seu poder, alcançar com a possibilidade de punição o grande e genial pop star deste fim de mundo.

E aí, em um descuido destes que nem Freud explica, para endossar o poder do governante ungido, a condição de deus do Olimpo, o representante do Ministério Público local “obrigou” a intervenção na Santa Casa de Misericórdia local a título de resolver problemas sérios naquela instituição que se encontrava entre as melhores do Estado de São Paulo.

Com a intervenção, que interessava mais a Eugênio que a sociedade local, sendo interventor seu vice Gustavo Pimenta, nada mudou por lá a não ser ter piorado a situação da Santa Casa, apenas tiraram de lá a provedora que se opunha a Eugênio.

O episódio desgastou o Ministério Público, já que houve por parte da população, e os bate-paus cansaram de disseminar isto para a população, que o MP, através de seu representante, havia feito a intervenção satisfazendo a vontade de Eugênio, que estava a reboque do grupo de Geninho.

O fato de não ter havido mudanças na Santa Casa e sua situação ter piorado e o Ministério público local nunca ter feito nada para exigir o cumprimento do que estava disposto no relatório à época, fez crescer no imaginário popular e no espírito dos bate-paus que através do MP só viriam flores.

Representantes da magistratura, por convivência pacífica, respeito, sociabilidade, ou atrelamento, demonstravam simpatia pelo governante com bastante trânsito no governo estadual que geravam especulações desfavoráveis ao judiciário e reforçavam a ideia da blindagem do grande e genial comandante zero a direita.

O legislativo e nada somado a zero daria zero a esquerda nesta discussão que somada a visita de deputados, governadores completavam o quadro, a composição que dava conta que tudo mesmo que fosse errado seria visto como certo, pois quem estava com a caneta era poderoso demais.

Eis ai o dilema que está começando a se impor, era, a alguns esta palavra “era” parece começar a invocar o passado e se distância enormemente do tão presente “é”.

E “era” por que no mundo político o poder e a aura de poderoso só se sustenta até o momento que se começa a deixar de ser, e, infelizmente grande parte dos levadores de vantagem do grupo de Eugenio que achavam ele rápido, inteligente, esperto, ensaboado, liso, têm no seu cerne também estas qualificações nada positivas, e aí, com soprar de um vento mais forte, que pode fazer a embarcação naufragar, começam a dar área, linha na pipa.

Ao que tudo indica parece ser isto, pelo que se ouve por ai, o que ocorrerá em breve no paraíso que Eugênio construiu à beira do abismo que faz divisa com o inferno.

Se por um lado as ratazanas já sobem no mastro da embarcação prevendo o naufrágio, do outro a gritaria dos touros indo na direção do matadouro dá a conta exata que falta dignidade na hora de morrer; o que antes era discurso da impunidade, arrogante pelos apadrinhamentos, virou discurso de oposições inimigas e outros quejandos que não colarão.

A hora do estrela chegou e o céu se mostra cinzento para embarcações pequenas que pensavam ser Boeing e atravessar cúmulos e limbos ou arrebentações em meio a tempestades é coisa de bons pilotos, de excelentes marinheiros, sempre contando com a excelência das equipes de apoio das embarcações.

O genial, por mais gênio que pense ser, não sendo nem uma coisa nem outra e se contar com a tripulação levadora de vantagem, pode ir preparando o colete salva-vidas, o bote inflável, o paraquedas que, ao que tudo indica, começou a vazar água no casco, a aeronave perde altura, o barcos parece estar afundando e o avião esperto parece estar caindo.

Já estariam gritando um enorme salve-se quem puder, portanto, grande e genial piloto e capitão, pode ser o fim da linha.

 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas