10 de abril | 2017

Maluquice é amar e O velho companheiro se foi

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Maluquice é amar

NESTES TEMPOS…
… de cólera, que tanto ódio está grassando pela internet, neste dia a dia massificante em que não se sabe nem diferenciar o que é ficção e o que é realidade. Parece que nosso olhos teimam e enxergar o outro sempre como o pior, como o não humano. E em nosso próprio mundo, em nosso íntimo, criamos a falsa imagem de nossa perfeição.

NESTES TEMPOS…
… em que as verdades absolutas permeiam as nossas ideias. Mas a realidade prova e mostra que nada é igual, nada é perfeito e que tudo muda, se transforma. E a única coisa que existe são estes milésimos de segundos que a gente vive. Já não somos o que fomos a minutos atrás. Virou passado. Muitas células morreram em nosso corpo. Outras nasceram. E como dizia a aprendiz de filósofa Nicole Arantes, a vida é assim.

OPA! …
… A própria aprendiz já tasca uma verdade absoluta assim na cara. Do alto de sua quase velhice com cinco anos completados na quinta-feira, 13, já que nasceu num dia 13 de abril, exatamente às 13 horas e 13 minutos pelas mãos de um dos maiores cirurgiões deste estado, o irmão Nilton e no único hospital da cidade ficou nos braços de sua mamãe Bruna, já afagada pela vovó Sueli e esmagada pelo seu Avôhai (neologismo criado pelo cantor e compositor brasileiro Zé Ramalho, e consiste na aglutinação das palavras “avô” e “pai”), o José, sabe em que quarto? No 103.

VERDADES …
… absolutas, constatações, dúvidas, incertezas e outras impurezas, a verdade não absoluta, mas a que em seus átimos de vida percebe este ser, é que este pequeno ser veio engrossar a tese de que são vários os tipos de amor que “nosotros” podemos sentir e que não tem amor mais maluco, ou mais intenso, ou mais arrebatador do que aquela energia que cruza o ar como flechas elétricas toda a vez que seus olhinhos cruzam os meus.

NÃO TEM …
… emoção mais intensa, quando este ser, vestido de papai-noel, recebe aquele abraço superapertado. É um misto de dor e prazer. Parece que o peito vai sufocar com aquele corpinho moreno transbordando alegria e felicidade apertado ao seu. É como se uma bomba atômica explodisse dentro de mim.

AS CONVERSAS
… e a constatação que já desenvolve sua própria linha de pensamento. Já raciocina. Já questiona. Não aceita passivamente as verdades despejadas no seu ouvido. Mas reage a tudo com amor, com carinho, com um sorriso naquele rostinho lindo que teima em me atrair, às vezes até me faz chorar.

QUE AMOR …
… puro, mas tão intenso, quase insano. Nestas horas, lembro a tese de um dos maiores filósofos de todos os tempos e que não deixou nada escrito, mas escreveram por ele: a verdadeira Felicidade está no outro e não apenas em si. Que nesta páscoa consigamos deixar de ver no outro a nossa desgraça e trabalhemos para que os outros sejam felizes.
E para a minha querida “deusinha” que completou cinco aninhos no último dia 13, que continue a sua caminhada rumo ao conhecimento que pode fazer com que se liberte destas amarras que nos prendem ao egoísmo, ao culto do próprio umbigo. Seja feliz minha aprendiz de filósofa. (Yosef Antonius Arantostélicos).

 

O velho companheiro se foi

TRISTE! MAS
… esta verdade, por enquanto é incontestável. Basta estar vivo para morrer. E desta vez foi para a outra dimensão, se é que exite, o jornalista Alberto Carlos Gomes Lomba, um dos fundadores da Folha da Região.

FALECEU
… aos 75 anos de idade, na tarde de domingo, dia 09 de abril, seis dias após o jornal que ajudou a fundar completar 37 anos, já que foi fundado em 03 de abril de 1980.

LOMBA,
… segundo informações de seus familiares, estava internado com problemas respiratórios e, ao passar por um procedimento de colocação de uma sonda em sua traquéia, acabou tendo um infarto e veio a falecer.

ALBERTO  …
… Carlos começou sua carreira no Jornal da Cidade, na década de 70. Passou pela Folha da Região e trabalhou na assessoria de imprensa do prefeito José Fernando Rizzatti. Depois foi exercer as lides literárias escrevendo livros e artigos na internet.

AS HISTÓRIAS …
… deste jornal e deste jornalista tiveram, em seu início, a participação incisiva do jornalista Alberto Carlos Gomes Lomba. Ele, junto com o advogado Alfredo Baiochi Neto, acreditou no sonho deste colunita de montar um jornal independente e com coragem de modificar o então jornalismo de colunismo social que imperava à época, claro, com suas exceções.
 

O JORNALISTA …
… tinha vindo da capital paulista, mas era nascido em Salvador, na Bahia e veio pra cá após se casar com a professora Lídia Martim (filha de tradicional comerciante de Olímpia), com quem teve três filhos, para tentar a vida na então cidade Menina-moça.

 

HÁ QUASE …
… duas décadas, já em outro casamento, teve uma outra filha.

 

LOMBA …
… cursou jornalismo na Casper Líbero e, em Olímpia, começou a trabalhar no Jornal da Cidade, ainda na época em que o semanário tinha a batuta de Neder Nadruz e Pinhata (década de 70).

QUANDO …
… Lomba já era editor do Jornal da Cidade, cujo proprietário era Paulo Olmedo, após as saídas de Nadruz e Pinhata, este jornalista chegou e iniciou uma série de experiências. Foi o início. Várias polêmicas. Muito aprendizado.
Lomba não era adepto do sistema americano de codificação de jornalismo, com seus ganchos e leads, mas, sim, do chamado texto pirâmide, que começa do começo e termina no fim. E não pelo ponto mais importante do fato.

TRABALHEI …
… com ele por uns quatro anos no Jornal da Cidade. Ao depois, lá por volta de 1978, fui para o jornal Diário da Região, onde montei um sistema de sucursais e, anos mais tarde, a FM Diário para a empresa do riopretense Norberto Buzzini.

EM 3 DE …
… abril de 1980, no entanto, junto com Orlando Costa e Baiochi Neto, foi criada a Folha da Região, tentando ser justamente uma mistura de Folha de São Paulo e Diário da Região de Rio Preto. Lomba, embora não participasse do quadro societário, assim como este jornalista, fazia parte do seu Conselho Editorial.

POUCOS ANOS …
… depois, quando Orlando Costa deixou a Folha da Região, Lomba assumiu o seu lugar, permanecendo por quase duas décadas.

FORAM …
… muitas aventuras. Muitas discussões. O verdadeiro choque entre pensamentos antagonicos sobre jornalismo, mas cujas diferenças fizeram a Folha ser o que foi até hoje.

LOMBA …
… deixou a Folha para fazer assessoria de imprensa para o prefeito José Rizzatti. Ao depois, deixou a batuta do dia a dia para parafrasear a vida e passou a manter seus escritos na internet, onde tinha suas próprias páginas, tanto no Facebook, como no somostodosum.ig.com.br, site de textos holísticos.

FALECEU …
… seis dias após a data em que o jornal que ajudou a fundar completou 37 anos. A Folha foi fundada em 03 de abril de 1980. Alberto Carlos faleceu em 09 de abril de 2017.

LOMBA…
… era um ser inquieto, sempre buscando algo mais. Católico e, depois espiritualista, vivia uma realidade diferente de todos os que o cercavam. Tentava a todo instante encontrar as explicações para seus milhões de questionamentos. Tentava entender seus traumas, seus complexos, enxergar seus defeitos e, claro, suas virtudes. Era também um solitário. Apegava-se aos seus, mas não vivia com eles. Vagava no hiperespaço do pensamento, nas ondas radioelétricas que provocam a sinapse. No seu íntimo, acreditava que sua cara metade, a sua alma gêmea ainda estava por vir, ou mesmo que esta vagava por aí, vivendo uma outra vida, longe do seu outro eu (que era ele).

PENSOU, …
… buscou, tentou sempre conseguir entender o que era esse mundo, o que estava fazendo aqui. Mas, como todo pensador, ou ser em constante mutação, para quem a verdade é caótica, sempre tem várias lados, trilhões de interpretações, com certeza, foi buscar as respostas para todas as suas incertezas em outra dimensão …

José Salamargo – seja lá como for, seja qual for o depois da vida, velho companheiro, continue sua jornada reflexiva, ou descanse em paz toda esta energia que sem dúvidas, teve muita coisa codificada em letras, que formaram sílabas, juntas resultaram palavras, que compuseram conteúdos que foram e serão absorvidos para todo o sempre”.

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