25 de janeiro | 2015

Mário Mordaça está tirando o “azul carcinha da mãe” da Santa Casa?

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“Quando uma pessoa não presta, é porque nunca vai prestar e, daí, se torna um estorvo (o que obstruí, atrapalha ou impossibilita a realização de alguma coisa). Tive que ouvir hoje que a pintura da Santa Casa está ficando um “azul carcinha”; só se for da mãe dele, mas, não é por isso que vamos mudar a cor; vamos colocar uma cor mais suave.”      Mário Montini.

WILLIAN A. ZANOLLI

Estão lembrados? Na semana passada escrevemos aqui que o Mário Montini, provedor da Santa Casa local, popularizado na Coluna do Aran­tes como Mário Mordaça, por seus excessos de democracia no trato fino e educado com seus divergentes havia autorizado uma pintura que gerou polêmicas entre os internautas.

Ficou conhecida a cor escolhida pelo popular Mário Mordaça como Azul Calcinha, contra a qual se insurgiu Montini trazendo a mãe do, ou dos descontentes à discussão, e com as respectivas pro­ge­nitoras e suas calcinhas na cor azul.

Pinçou do seu enorme vocabulário as gentis e suaves palavras chulas com as quais embelezamos o início da nossa conversa escrita de hoje.

Antes, porém, deste embate que promete ser bastante produtivo, um momento, uma pausa para orientar os que leram o artigo anterior.

Aquela senhora lindamente vestida de azul, com uma espingarda na mão, cuja cal­cinha, pela foto não se sabe a cor, nada mais é que a maravilhosa Onça Mary, ou Mary Onça como preferirem e desejarem.

Pessoa fantástica, maravilhosa que embalou meus primeiros passos, e, passado os anos, me “alugava” quando passava a mão na minha careca na frente dos amigos e me perguntava se eu lembrava do tempo que eu adorava sentar no seu colo pra que ela ficasse brincando com meus cabelos.

Aquela senhorinha, é Maria da Silva, que me trouxe ao mundo, mãe carinhosa e de muito bom humor.

Quem conheceu sabe do que estou falando, quem não conheceu perdeu a chance por que ela está morando na saudade dos que cativou e dos que a cativaram.

Ilustrou nosso artigo da semana passada e ilustrará o de hoje pelo seu ótimo humor, tenho certeza de que daria muitas risadas de tudo isto, afinal quem não adora um histrionismo?.

Para os que não sabem, histrionismo refere-se a teatralidade em tom pejorativo, muitas vezes usado para definir alguém exagerado em gestos e emoções, a palavra histrionismo vem de histrião que significa um individuo ridículo, bobo, louco.

E isto com certeza eu sou, e sempre fui e sempre serei, e Onça Mary ria muito de minhas loucuras sadias e estaria sorrindo de mais esta e de outras mais vividas neste grande sanatório que é este planeta Brasil.

Sou louco mais quem não é?.

Voltando à Santa Casa que não é o Becerra de Menezes, portanto não deve haver vagas pra mim lá, voltando à loucura da escolha da cor “azul carcinha da mãe” pelo popular Mordaça e sua reação materno obscena, ofuscante de delicadezas e gentilezas, que possam ser traduzidas por boa educação, pasmem com o que eu fiquei sabendo.

Me falaram, garantiram de olhos vermelhos de tanto chorar, com a emoção criando brotoejas debaixo dos cílios, que o sacrifício da doação de três suados e dificílimos “reais” na conta de água para ajudar a Santa Casa estava sendo tratado com desrespeito, com total desrespeito.

E falou isto como se tivesse no palco da Broadway desempenhando um papel trágico em uma peça do Willian Shakespeare.

Melhor, como se fosse o leão da Metro-Goldwyn-Mayer, quando abre a boca e urra antes do início do filme.  

E já ia falando o tradicional, tiro da boca dos meus filhinhos, me pareceu que resolveu pensar, bem, três reais, e optou, pelo a gente faz sacrifício pra ajudar e…fez suspense…

Sabe aqueles cinco minutos de final de capítulo de novela, hora da chamada de comercial, que o ator prolonga o drama, estende os olhos para as câmeras e dá ao teles­pecta­dor que o mundo ruiu, acabou, cest finit.

Foi assim, e eu ali estático distante como se cantasse Fafá de Belém:

Horas, dias se passando e nesse passar, uma ilusão guardei. Ver-te novamente na varanda, A voz sumida e quase em pranto. A me dizer, meu bem voltei. Volta meu bem, repeti. Não há canção nos teus olhos. Nem há manhã nesse adeus,

De repente acordei, volta meu bem, repeti, e ela voltou com tudo, com todos os exageros querendo luz, som, ação, gravando, gravando.

E da entonação suave e sentida que detonava insatisfação com a aplicação dos sofridos três reais na conta de água destinados a ajudar a Santa Casa, foi para a indignação, para a quase fúria das calcinhas azuis das mães contida no discurso Montinisco.

E eu, se contenha por favor, abaixe as armas, não tire o ódio do limbo.

E ela, quase vociferou um.

 -Você está sabendo que estão trocando a cor da Santa Casa?

Falei que sim, que tinha escrito sobre isto na semana passada, que tinha gente que achou horrível a escolha, que o provedor tinha soltado uma escamas, umas grossuras na direção da patota descontente e que eu achava irrele­vante a cor que o problema deve ser focado no atendimento que deve ser de qualidade, se a cor é azul pouco importa.

Ai… ela… só não se transformou no Rio Itororó, por que parece que sabia que iria lá  buscar água e não iria achar, se desmontou que nem o brinquedinho que o Geninho montou em Baguaçu e já está moído no chão, não aguentou um ventinho meia boca.

– É esta cor azul que já estão mudando.

Ai minha dentadura foi parar no areião, abri a boca mais que jegue com sede.

– No lo creo, disse eu, que às vezes gosto de afrancesar a conversação, e ela:

-É verdade, vi com meus zóios e falou as cores, que a gente vai esperar a “re­no­meação popular” visando incomodar a delicadeza do provedor.

Não vi, se procede ou não, não estou afirmando nada, no entanto, na semana passada sugerimos, deixamos subentendido que as cores poderiam ser trocadas por conta da possível representação do radialista Fernando que entendeu que sua estimada mãe havia sido atingida em cheio pelo tiroteio verbal do Mário Mordaça.

Porém, notícias de bastidores dão conta, que podem não ser verdadeiras de que o Mario Montini estava pintando de azul a Santa Casa e esta é a cor do convênio concorrente daquele ao qual a Santa Casa está atrelada… entenderam ou não.

Se não entenderam, pelas informações a cor parece que agora será um marrom clarinho, mas com detalhes em verde bastante parecido com o de uma farmácia da Rua Síria.

O espaço está ai para o Mordaça querendo se explicar, que fique a vontade.

Só que se for verde, a menos que o Mordaça seja palmeirense, soa estranho, mas há tantas estranhezas por ai né?.

Terminando com música… música maestro.

Eu juro que é melhor. Não ser um normal. Se eu posso pensar que Deus sou eu.

Sim sou muito louco, não vou me curar. Já não sou o único que encontrou a paz. Mas louco é quem me diz. E não é feliz, eu sou feliz.

  

Willian A. Zanolli é artista plástico, jornalista, estudante de Direito, pode ser lido no www.willianz anolli blog­spot.com e ouvido de terça e sexta-feira na Rádio Cidade (98,7 Mhz) das 11h30 às 13h00 no jornal Cidade em Destaque. E já colocou a foto de sua mãe na página que é para o ilustre provedor não falar do azul calcinha de sua querida Mary, que pode voltar armada para pegar no pé de seu detrator.

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