06 de maio | 2018

O neoliberalismo que não vingou com o Temer e nem com o grande PioGênio XII

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GENTE, …

… sem querer ser petulante e nem o dono da verdade, mas apenas comprovando que é possível prever certas pequenas coisas com o auxílio do conhecimento científico e da reflexão crítica, este colunista foi execrado por coxinhas e petralhas quando disse que não acreditava que a retirada da Dilma e a assunção ao poder de seu vice e líder da derrubada dela, El Temeroso, pudesse mudar as coisas no Brasil.

MESMO …

… sem qualquer conhecimento em economia, esta disciplina que tenta prever o que vai acontecer no mercado através de análises de situações esdrúxulas e nada cartesianas ou matemáticas, mas, ao contrário, totalmente subjetivas, políticas e sem qualquer comprometimento com a realidade, este colunista tascou, neste mesmo espaço, que mesmo com todo aquele oba oba mentiroso em comemoração à volta ao poder dos chamados coxi­nhas, ou representantes dos mais abastados burgueses e conservadores, a coisa não ia vingar.

COISA DE …

… louco, mas fracionando os conceitos de direita e esquerda no Brasil, que, ao surgir na França, rotulava os conservadores ruralistas e proprietários de terra como de direita e os progressistas burgueses (novos ricos, comerciantes, banqueiros e até artesãos que já se reuniam em cooperativas) como esquerda, chega-se a uma primeira impressão de que no Brasil, a nossa direita acabou abarcando a maioria dos burgueses e a real ala esquerdista, ou dos ditos como progressistas, ficou reduzida a um pequeno grupo que, ao invés de ser classificado pela quantidade de dinheiro, ou mesmo pelo gosto por ele, é tido como portador do maior patrimônio atual: o conhecimento e a capacidade de reflexão crítica, esta última tão em falta em razão da educação pífia que nós é imposta goela abaixo.

MAS, A VERDADE …

… imaginada por este ser quase pensante, mostra que o “insight” de quase dois anos atrás está se materializando.

E A REFLEXÃO …

… é até simples, pois fruto de análise histórica. Com o golpe dado por Temer e seus amiguinhos do DEM e do PSDB no PT e a assun­ção deste grupo ao poder, houve uma mutação de um sistema político quase social democrata (onde se promove a distribuição da renda e se institui a igualdade de oportunidades) para um já combalido e quase aposentado neoliberalismo em que as grandes empresas e o grande capital tem total liberdade de atuação, com a intervenção mínima do estado como garantidor do Estado de Bem Estar Social.

ORA, …

… era só dar uma pensada cá com os nossos botões: como deixar um País pobre, cheio de miseráveis e com uma educação não inclusiva, que cria apenas milhões de robôs programados para o trabalho braçal, sem poder de reflexão, nas mãos daqueles que têm o mercado como o Deus maior, que, por sua vez, tem o lucro como o único objetivo?

E FOI DITO …

… e feito. Mudança nas leis trabalhistas, legalização de pedaladas fiscais, o País gradativamente (até setores estratégicos e vitais para a soberania nacional) sendo vendidos para o capital estrangeiro e tudo quanto é economista sorridente. O mercado indo de vento em popa. As grandes empresas e o grande capital finalmente tinha chegado ao poder.

DIFICULDADES …

… mil para os programas sociais que haviam acabado com a miséria no país; restrições ao Fies, planos de saúde com visão apenas mercantilista e por aí afora. E, claro, as promessas de emprego abundante e de distribuição de renda pelo aumento do nível de emprego, mesmo, com toda a imprensa parecendo estar comprada e falando insistentemente que as coisas estavam caminhando bem, no bolso e nas periferias o que se viu foi aumentar de forma assustadora o nível de miseráveis.

EM OLÍMPIA …

… por exemplo, cadastradas pela assistência social, quase seis mil famílias vivendo abaixo da linha da pobreza.

E O QUE É …

… pior, o desenvolvimento da tecnologia de maneira acelerada, também de forma rápida demais foi ceifando postos de trabalho em todas as áreas, principalmente no campo e na indústria.

E OS ECONOMISTAS, …

… cientistas políticos, filósofos e outros, os defensores de que pobre nasceu para ser escravo e têm que morrer logo, pois deles é o reino dos céus, replicando insistentemente pelas emissoras de TV, pelo Face e pelos Whats da vida que tudo estava caminhando para o paraíso.

COMO SE …

… fosse possível provar para 80% da população que vive as agruras do dia a dia que é possível viver num sistema neoliberalista sem ter como vender o próprio trabalho.

TEVE ATÉ …

… quem defendesse abertamente que o aumento do emprego se daria através do aumento dos carrinhos de venda de amendoim e pipoca e do trabalho informal e temporário, os chamados bicos.

DURANTE DOIS …

… anos conseguiram provar que a máxima de Goebels é factível. Ou seja, que uma mentira repetida várias vezes pode ser tida como verdade.

MAS ALÉM …

… da teoria da ação e reação, também tem aquela que diz que você consegue enganar alguns o tempo todo, mas não consegue enganar a todos todo o tempo.

NAS ÚLTIMAS …

… semanas, após tanto tempo de sofrimento, parece que as pessoas estão sentindo que foram enganadas mais uma vez. Que o bolso, dois anos depois, continua vazio. Que nada melhorou e até a corrupção continuou ou até aumentou.

OS ENTREVISTADOS …

… da tal Globonews, que antes pregavam o paraíso, embora ainda não tenham jogado a toalha e reconhecido que o anterior era melhor, já começam a comparar antes de 2014 com agora e começam a ver que a vaca está indo para o brejo. Ainda bem que não fizeram a reforma da previdência, também um poço de corrupção e desvio de verbas, sem corrigir este seu principal câncer.

PARECE ESTAR …

… se configurando como uma unanimidade que os últimos anos temerosos não passaram de mais um conto da carochinha ou um golpe do bilhete premiado.

NÃO DÁ …

… para enganar toda uma população por todo o tempo. Alguns sim. E tem até gente que já sofre no bolso, mas não quer admitir que caiu no conto do vigário.

E AINDA …

… faltam vários meses. A situação tende a se agravar. E ninguém sabe o que virá. Pode ficar pior ainda.

MUDARAM-SE …

… as cores e as gentes, mas as estruturas e as entranhas ficaram muito pior. Mais escuras, mais tenebrosas, mais invasivas, mais destruidoras.

José Salamargo – sem terminar e já terminando, como dia 3 foi o dia mundial da liberdade de imprensa, enviando um abraço forte para todos os da pena vendida que militam na criação de “fake news” e do mundo virtual de “paraisópolis” para o grande PioGênio XII.

 

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