14 de dezembro | 2014

Será que Geninho que virou Genião tem medo do Salata?

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DO CONSELHO EDITORIAL

No dia 10 de dezembro a mídia local anunciava que Guto Zanete não era mais vereador e que o mesmo iria, hoje, sábado, ter publicado na Imprensa Oficial do Município seu retorno a Secretaria de Esportes, Cultura e Lazer do Município.

Com a volta de Guto Zanete ao cargo de secretário que havia renunciado para votar a favor da candidatura de Salata à presidência da Câmara, especula-se sobre a possibilidade da volta de Paulo Polizelli de Souza ao cargo de vereador do qual foi ejetado para que Guto pudesse voltar e votar na indicação do presidente de sua preferência.

Os votos de Guto, contrário a candidatura de Marco Coca, entre outras coisas, pode ter rendido sete cargos a mais a Secretaria que agora torna.

Da mesma forma possibilitou a criação de mais uma Secretaria voltada para o Turismo que criará outros cargos, e assim a máquina pública vai inchando para satisfazer apetites vorazes aliados a destruição de reputações e desejos de moralização da coisa pública que culminam em mais mazelas.

Beto Putini que era Presidente de uma Câmara inodora e sem sabor, poderá  vir a ser premiado com a recém criada Secretaria de Turismo ou Assistência Social, para ter visibilidade o seu projeto de pretendente a cadeira de prefeito, promoção paga pelo erário.

Pois, ao deixar o cargo de vereador para ter uma vitrine em uma Secretaria o seu suplente irá substituí-lo com direito a assessor e todas as regalias do cargo, ele por sua vez receberá o alto salário de Secretário, mais indicações de vários cargos, que no futuro serão seus cabos eleitorais além de exposição na mídia, e quem pagará a conta será o sempre indigitado cidadão.

Salata, velho conhecido da política local pelos seus métodos, dificilmente não conduzirá os trabalhos da Câmara futura senão pelos antigos métodos malufistas pelos quais se destaca, onde privilegia os próximos e faz prosperar o pior de todos os populismos existentes. Oxalá não volte a brilhar em colunas e artigos anônimos antigos personagens ilustrados em jornais onde a discussão sobre divisão de salários parecia ser uma prática muito presente no universo político.

Paulo Poleselli, pelo que se especula por ai, havia alertado que se a volta de Zanetti fosse por desconfiança, que não voltaria mais à Câmara.

Esta semana o candidato à presidência derrotado, Marco Antonio Parolin de Carvalho, o Coca, declara, e a matéria se encontra na íntegra no Blog do Orlando Costa, que o grande prejudicado com as eleições da mesa diretora da Câmara foi exatamente Poleselli.

Para o vereador, a sua derrota foi resultado de “uma manobra”, perpetrada entre Guto Zanette, Salata e Geninho, da qual o único prejudicado, na sua opinião, foi o suplente Paulo Poleselli de Souza, que teve que deixar a Câmara sem comunicado prévio. “Acho que esse foi o ponto ruim desta eleição. O Paulo já tinha assumido o compromisso de votar no Salata, não tinha perigo nenhum”, criticou.

 “Com a saída dele, do jeito que foi feito, ele foi o grande prejudicado. Foi o grande desmoralizado. Não pensaram na família, não pensaram na sua profissão, na sua carreira política, na sua religião. Por isso acho que foi o grande prejudicado. Mas, ele vai voltar e dará a volta por cima

Ele, e Coca foram prejudicados.

Já que os outros, com certeza, cada um saiu, ao que tudo indica, com um presente deste amigo da onça secreto do Legislativo, até o que deixa a presidência, ao que tudo indica, terá sua Secretaria deixada a beira da árvore pelo bom Papai Noel dos gestos anti-éticos.

Já Coca, pelo que se pode depreender, da mesma forma que Poleselli saiu de mãos abanando e com a imagem arranhada pela “injustiça” praticada, visto que, segundo suas palavras, já apoiou Eugênio antes em situação idêntica. 

Circulou nos bastidores da Câmara, antes das votações, a informação de que Coca era candidato eleito até na quinta-feira da semana passada, “mas sabia que estava correndo alguma coisa, porque não tínhamos a preferência do prefeito”, observou. “O prefeito achava que não tinha obrigação de me colocar como seu preferido, pelo que eu fiz lá atrás, mas eu acho que moralmente ele deveria ter feito isso”, cobrou.

“Era algo que eu faria como agradecimento”, reforçou. Marcão Coca lembrou a eleição para a Mesa em 2004, quando o atual prefeito foi candidato a presidente contra a vontade do prefeito então reeleito, Luiz Fernando Carneiro (PMDB).

Nesta eleição o penúltimo voto seria o Marco Coca e a disputa estava em quatro a três, restando depois o voto de Bitencourt, o último a votar pela ordem alfabética. Se Coca votasse nele mesmo, o resultado passaria a ser de cinco a três, pulando depois para cinco a quatro com o voto de Bitencourt em Geninho. Assim, Coca, seria eleito presidente.

“A presidência estava no meu colo, mas eu havia me comprometido a votar no Geninho. E não sou pessoa de desfazer o que falo. E naquele dia, quatro a quatro, eu era o quinto voto. Como tinha dado a palavra, votei no Geninho para ser presidente naquele biênio (2005-2006)”, lembrou

“Cada um tem a sua preferência, e para ele (prefeito), no momento, foi o Salata. Não sei se Salata tinha feito alguma coisa para ele. Mas quando se faz manobra para prejudicar alguém, eu prefiro dar uma recuada. Por isso que não retirei a minha candidatura. Pensei que já havia saído prejudicada uma pessoa, e decidi então continuar até o final.”

Sobre as razões da preferência de Geninho por Salata, disse que não conseguiu entender. “Talvez o prefeito teve medo do Salata voltar-se contra ele”, opinou.

De todas estas afirmações, insinuações, que conduzem o imaginário a identificar ruídos, rumores de atitudes reprováveis, condenáveis, há no fundo, na saudade, um eco de palavras que soaram verdadeiras no universo político onde a falsidade, a mediocridade, a insignificância prosperam e foi dita outrora pelo hoje líder do prefeito Luiz Antonio Moreira Salata que combatia e se antagonizava com Geninho vereador, ele da tribuna da Câmara.  

Se Geninho ele é deste jeito, já pensou se algum dia chegar a Genião?

Chegou e foi além, conseguiu o milagre de torná-lo seu mais humilde, submisso e fiel seguidor.

 

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