07 de julho | 2021

Em “Política É Para Todos”, a advogada e apresentadora Gabriela Prioli responde a essas e outras questões

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Contra a Moral e os Bons Costumes

“Contra a Moral e os Bons Costumes” disseca as políticas sexuais da ditadura brasileira, abordando o controle moral violento e repressivo direcionado aos grupos LGBT pelo aparato militar nos anos de chumbo. Professor de Direito da Unifesp, advogado e ativista no campo dos direitos humanos, Renan Quinalha utiliza farta documentação de época, em especial os arquivos trabalhados pela Comissão da Verdade, para demonstrar que, apesar de ter raízes históricas mais antigas, no regime iniciado com o Golpe de 64 a repressão às pessoas que desafiavam a heteronormatividade ganhou nova dimensão. Além de revelar a sistematização da violência em todos os níveis – perseguição e censura a veículos como “Lampião da Esquina” e “ChanacomChana”, fechamento dos pontos de encontro da comunidade, prisões, espancamentos, tortura –, Quinalha demonstra como um movimento social tão jovem como o LGBT conseguiu não apenas sobreviver, mas trilhar um caminho de conquistas de direitos fundamentais. Com 416 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

 

De Porta em Porta

Ouvir e contar histórias, essa talvez seja a maior paixão de Luciano Huck. Em mais de vinte anos como apresentador na Rede Globo, ele já rodou dezenas de milhares de quilômetros pelo Brasil para encontrar pessoas e compartilhar suas histórias com o resto do país. Em 2020, isolado em casa e preocupado com os impactos da pandemia da Covid-19, Huck deu início a uma nova série de conversas. Desta vez, procurou também estudiosos de renome internacional, buscando trazer luz para o debate público. “De Porta em Porta” reúne as contribuições de figuras como Yuval Noah Harari, Esther Duflo, Michael Sandel e Anne Applebaum, além de memórias muito pessoais de Huck e relatos de encontros com brasileiros anônimos, mas cheios de histórias para contar. A paixão por descobrir o que as mais diferentes pessoas têm a contribuir pelo bem comum faz do autor um protagonista na construção de um diálogo amplo, tão necessário nos tempos atuais. A obra é o resultado dessa grande busca “para dentro” e “para fora”, uma tentativa de entender melhor o mundo em que vivemos e caminhar na direção de uma sociedade mais igualitária. Com 240 páginas, o livro é da Editora Objetiva.

 

Política é Para Todos

O que é uma democracia e para que serve uma constituição? Quais são as atribuições de cada uma das três esferas de poder e como garantir que elas se mantenham em harmonia? Como funcionam as eleições e qual a importância das fake news nesse cenário? Em “Política É Para Todos”, a advogada e apresentadora Gabriela Prioli responde a essas e outras questões imprescindíveis para a compreensão do funcionamento da política – sobretudo a brasileira –, mas que muitas pessoas têm receio ou vergonha de perguntar. Com a linguagem descomplicada que fez dela uma das personalidades mais populares do país, a autora mostra como cada um de nós pode se engajar para construir a sociedade que queremos, debatendo os assuntos relevantes com opiniões próprias e argumentos racionais. Com 272 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

 

Nós Somos a Cidade

Toda cidade tem alma. Mas, toda cidade também tem um lado obscuro. Um mal antigo espreitando sob a terra, esperando pelo momento certo para atacar. E quando Nova York desperta, corporificada na figura de um franzino garoto de rua, o ataque que se segue é brutal. O jovem, avatar da metrópole, fica em um coma mágico, e a cidade corre perigo com o mal que infesta ruas e pessoas, ameaçando destruí-la. É então que outros cinco avatares são chamados à luta. Em Manhattan, um jovem universitário sente o pulsar da metrópole e compreende seu poder. No Bronx, a diretora de uma galeria de arte descobre estranhos grafites que a atraem de maneira irresistível. No Brooklyn, uma antiga MC que entrou para a carreira política consegue ouvir a música da cidade. No Queens, uma imigrante indiana com um visto de estudante não entende como pode se tornar parte de um lugar que mal a reconhece como cidadã. E em Staten Island, a filha oprimida de um policial violento sente o resto da cidade chamando por ela. Enquanto isso, o avatar de Nova York dorme, esperando que seus distritos consigam se unir e expulsar de uma vez por todas o invasor monstruoso à caça deles. De N. K. Jemisin, o livro tem 410 páginas e é da Editora Suma.

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