07 de janeiro | 2019

O livro O Budista e o Cristão chegou nas livrarias

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Uma Coisa Absolutamente Fantástica
Enquanto volta para casa depois de trabalhar até de madrugada, a jovem April May esbarra numa escultura gigante. Impressionada com sua aparência — uma espécie de robô de três metros de altura —, April chama seu amigo Andy para gravar um vídeo sobre a aparição e postar no YouTube. No dia seguinte, a garota acorda e descobre que há esculturas idênticas em dezenas de cidades pelo mundo, sem que ninguém saiba como foram parar lá. Por ter sido o primeiro registro, o vídeo de April viraliza e ela se vê sob os holofotes da mídia mundial. Agora, April terá de lidar com os impactos da fama em seus relacionamentos, em sua segurança, e em sua própria identidade. Tudo isso enquanto tenta descobrir o que são essas esculturas — e o que querem de nós. Divertida e envolvente, essa história trata de temas muito relevantes nos dias atuais: como lidamos com o medo e o desconhecido e, principalmente, como as redes sociais estão mudando conceitos como fama, retórica e radicalização. De Hank Green, o livro tem 344 páginas e é da Editora Seguinte.

O Budista e o Cristão
Sidarta Gautama, o Buda, nasceu cinco séculos antes do nascimento de Jesus Cristo. Morreu tranquilamente aos oitenta anos, dos quais boa parte viveu bem longe do luxo no qual nasceu, em um castelo no norte da Índia. Jesus, filho de um carpinteiro, passou a vida na Palestina e morreu jovem, tragicamente, pregado a uma cruz, depois de ser perseguido e torturado. Apesar das diferenças que marcam um e outro e delimitam as religiões criadas em seus nomes, ambos pregaram o amor, a compaixão e o desapego. De Frei Betto e Heródoto Barbeiro, o livro tem 136 páginas e é da Editora Fontanar.

Ritmo Louco
Duas garotas de ascendência negra sonham em ser dançarinas — mas apenas uma delas, Tracey, tem talento. A outra, a narradora, tem ideias: sobre ritmo e identidade, sobre música e raça, sobre o que torna uma pessoa verdadeiramente livre. É uma amizade próxima, mas complicada, que termina abruptamente por volta dos vinte e poucos anos, para nunca mais ser revisitada, mas também nunca esquecida. “Ritmo Louco”  começa com a narradora voltando a Londres após ser demitida de seu emprego como assistente pessoal de uma cantora pop mundialmente famosa. Ao perambular pela cidade, a história do passado vai sendo revelada — e Tracey tem papel fundamental nela. Alternando entre estes dois tempos, o do presente e os anos 1980 e 1990, Zadie Smith cria um brilhante romance de formação que coloca em movimento reflexões profundas e atuais sobre cor, raça, gênero e, sobretudo, pertencimento. Com 528 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

Plataforma
Michel Renault tem quarenta e poucos anos e passa seus dias tentando evitar ao máximo qualquer contato humano. Contudo, após a morte de seu pai, ele decide fazer uma viagem para a Tailândia; lá, ele conhece a jovem agente de viagens Valérie, que começa a injetar nova vida em seu dia a dia. “Plataforma” é um coquetel incendiário que ataca a globalização, o islamismo, o livre comércio, o sexo, o trabalho, as férias, o turismo, o consumo, o dinheiro e o neoliberalismo.  Como um Balzac pós-moderno, Michel Houellebecq constrói um modelo de crítica social capaz de abarcar o mundo globalizado. Correndo entre Paris e Pattaya Beach, entre clubes de prostituição e um massacre terrorista, “Plataforma”  é uma obra-prima brilhante e apocalíptica. Com 272 páginas, o livro é da Editora Alfaguara.

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