29 de março | 2020

Adolescente de Olímpia está na Índia sem poder voltar para casa

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EM OUTRO MUNDO!       Ela entrou em contato com a embaixada brasileira e está esperando uma resposta.

“Agora nossa melhor opção é ficar em casa e cuidar de nós mesmos. São muitas vidas em risco. E mesmo que você acha que é jovem e tem uma boa saúde, talvez o seu vizinho não tenha. Pensem no próximo”.

A adolescente de Olím­pia, Vitória Figueiredo de Oliveira, de 17 anos (foto), que está há oito meses na cidade de Erode, Estado de Ta­mil Nadu, na Índia, com o estado de quarentena decretado naquele país está impossibilitada de voltar para casa e rever seus familiares, principalmente os pais, Dirceu Figueiredo de Oliveira e Alessandra P. F. de Oliveira.

Vitoria tem se comunicado pela internet com os familiares e respondeu as perguntas feitas por esta Folha, na sexta-feira, 27.  Ela contou que está na Índia há 8 meses e meio, pa­ra onde foi através de um programa de intercâmbio do Rotary Club.

“Os rotary clubs patrocinam o programa em mais de 100 países, transformando os jovens em cidadãos do mundo. Aqui estou como uma embaixadora da paz do Brasil, assim mostrando minha cultura a eles e aprendendo sobre a riquíssima cultura Indiana”, destacou.

Ela explicou também que tinha planos para voltar no final de maio, mas a­gora estamos em meio a pandemia e com todos os planos, atividades e viagens que tinha para fazer cancelados ela tentou voltar mas não conseguiu.

“Com tudo isso acontecendo tentei voltar para ca­sa mais cedo, porém tive al­guns problemas com a passagem e não deu tempo de mudá-la. Há dois di­as (25 de março) atrás foi decretado quarentena total na Índia por 21 dias. Está tudo parado, todos os serviços de transporte, se­ja aeroviário, ferroviário ou rodoviário”, disse.

E continuou: “Também está restrito o deslocamento para fora de casa ou locais de hospedagem. E a polícia indiana está autorizada a multar ou prender quem desobedecer as regras. Quando foi decretado o confinamento entrei em contanto com a Embaixada do Brasil na Índia e e­les estão coletando informações dos brasileiros que estão aqui para entrar em contato com Brasília e ver a possibilidade de um voo es­pecial do governo brasileiro, ou em conjunto com outros países, que possa ser organizado”.

Vitória complementou dizendo que está tomando todas as providências para voltar para casa bem e saudável. “Estou muito tran­quila em relação a isso porque sei que estou segura dentro de casa. Nunca imaginei fazer parte da maior paralisação do mundo. São 1.3 bilhão de pessoas em suas casas”.

E concluiu: “O primeiro ministro divulgou após 36 horas do pronunciamento que irá ajudar a população mais pobre. Agora nossa melhor opção é ficar em ca­sa e cuidar de nós mesmos. São muitas vidas em risco. E mesmo que você acha que é jovem e tem u­ma boa saúde, talvez o seu vizinho não tenha. Pensem no próximo”, finalizou.


 

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