13 de abril | 2008

Baixa qualificação é constatada em relatório do Seade

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Contrastando com informações rotineiramente divulgadas por grande parte da imprensa de Olímpia, um relatório elaborado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e divulgado no início deste ano, constata a baixa qualificação da mão-de-obra presente na região noroeste do Estado de São Paulo, principalmente na Região Administrativa (RA) de Barretos, à qual pertence o município de Olímpia.

Segundo o estudo divulgado, a RA de Barretos, composta por 19 municípios, é a mais pessimista, com seus administradores municipais demonstrando mais pessimismo, inclusive, que os da região de São José do Rio Preto, em relação ao mercado de trabalho.

Apesar de 47% dos representantes desses municípios acreditarem na implantação de novas empresas, 53% apontam como desafio o desemprego tecnológico e 74% avaliam que a tendência é de crescimento na informalidade e 11% admitem que estabelecimentos importantes podem encerrar suas atividades nessas cidades.

O levantamento realizado pela Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho (Sert), embora com uma economia relativamente pequena, mostra que a região revela importância na produção estadual de cana-de-açúcar e laranja.

O setor industrial desenvolveu-se vinculado à agropecuária regional, principalmente no ramo de alimentos e bebidas, concentrado nos municípios de Bebedouro, Guaíra, Olímpia, Barretos e Colina.

A região também possui grandes indústrias de suco e usinas de açúcar e álcool. A recente modernização dos setores agropecuário e industrial tem levado à expansão dos serviços, ligados principalmente à agroindústria. No comércio e no setor de serviços, Barretos constitui pólo regional. O setor atacadista exibe maior acréscimo que o varejista, indicando que o município pode estar se consolidando como centro de distribuição.

O turismo também possui participação significativa nessa região, principalmente em Olímpia, com o Parque Aquático Thermas dos Laranjais, e Barretos, com sua grande tradição de rodeios, exposições e festas rurais, herdada do período em que a criação de gado era a principal atividade econômica da região.

A pequena participação da região de Barretos na economia paulista pode ser constatada pela sua participação no PIB estadual: 1,2%, em 2002, e apenas 0,8%, em 2005.

Essa redução na participação pode ser atribuída à valorização do Real, uma vez que a região é exportadora de commodities, e à diminuição da produção e do preço da laranja, em 2005.

A pesquisa traz basicamente duas constatações. A primeira, positiva, é de que a População Economicamente Ativa (PEA) está crescendo, enquanto há diminuição da população jovem no Estado. A segunda constatação, negativa, é que 42% da PEA, com idades entre 15 e 64 anos, não têm o ensino fundamental completo.

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