03 de novembro | 2019

Conselho Eleitoral valida eleição do Conselho Tutelar mesmo com denúncias gritantes de irregularidades

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“A população de Olímpia, só vai ficar sabendo se a eleição mais bizarra da história do Conselho em Olímpia vai ser anulada ou não, pela via administrativa, após o novo período de recursos e após manifestação do próprio Ministério Público”.

DA REDAÇÃO
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, publicou o edital 010/2019 na edição de sexta-feira, 01, comunica a aprovação de um relatório que considera válida a eleição para o Conselho Tutelar realizada em 06 de outubro último, mesmo com as diversas denúncias de irregularidades na eleição mais bizarra da história dos Conselhos e que pode ser considerado um verdadeiro acinte e imposição da ilegalidade goela abaixo da população.

O edital diz que a comissão especial eleitoral constituída para 003/2019 para escolha dos membros do Conselho Tutelar de Olímpia, “reunida no dia 31 de outubro de 2019 as 15 h, na sala executiva dos conselhos, a fim de submeter aos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para análise e deliberação do relatório exarado pela comissão eleitoral referente ao Procedimento Administrativo para apurar as denúncias visando o pedido de impugnações de candidatos a eleição do conselho tutelar. Por unanimidade o relatório foi acolhido, ante as razões ali expedidas, para arquivar o procedimento, por não demostrar a infração administrativa tipificada”.

O edital é assinado por Jaqueline Leva Cardoso Menendes, representante do poder público; Belmiro Jesus Cristofoli, representante da sociedade civil; Ana Carolina Ferraz Mar­condes, representante do poder público; e Marilisa Carvalho P. Curiel, representante da sociedade civil.

Na mesma edição e página do Diário Oficial do Município, também saiu publicado o edital 009/2019 é divulgado o período para recurso quanto ao julgamento dos recursos interpostos contra resultado da eleição como sendo de 04 a 06/11/2019. Ou seja, de segunda a quarta-feira desta semana.

Segundo informações extraoficiais de pessoas que fizeram as denúncias, estas teriam sido ameaça­das de processo e perseguição política e uma outra denúncia de irregularidade teria sido encaminhada ao Ministério Público local, que deverá se manifestar a respeito do arquivamento após o fim do novo período de recurso se estes acontecerem.

Portanto, a população de Olímpia, só vai ficar sabendo se a eleição mais bizarra da história do Conselho em Olímpia vai ser anulada ou não, pela via administrativa, após o novo período de recursos e após manifestação do próprio Ministério Público.

A decisão publicada na sexta-feira, no entanto, dá mostras de que o atual governo não está preocupado com a lisura de um procedimento que foi organizado e levado a efeito por uma secretária que manifestamente tinha a preferência por um dos candidatos.

REPERCUSSÃO

Não se descarta, entre os candidatos que se sentiram prejudicados até a ida à justiça para impugnar principalmente os candidatos que estão sendo acusados de terem tido apoio direto de secretários de governo e de vereadores.

O candidato Genival Miranda, em comentário postado no site desta Folha sintetizou o que foi a eleição: “Essa eleição foi uma vergonha. Mesmo com tantas provas e evidências de compra de votos e outros tipos de manipulações, além de boca de urna e falta de controle nos registros de eleitores, o CMDCA que deveria ser independente se mostrou um tanto negligente por ser totalmente dependente da secretaria da assistência social. Se não houver impugnação, o ministério público ficará desmoralizado. Tudo uma vergonha”.

A ELEIÇÃO

Como se recorda, numa eleição conturbada, cheia de acusações de irregularidades estampadas no Fa­cebook, o Conselho Tutelar de Olímpia que deverá representar as crianças e a­dolescentes de 2020 até 2023, teve como resultado ainda não oficial a seguinte classificação:

Primeiro lugar, Cíntia Ba­lieiro, com 563 votos; em segundo, Lucimara Batista, 457 votos; 3º, Marilene Bau, 376 votos; 4º, Rosân­gela Salomão, 375 votos; em 5º, Daniel Garcia, 363 votos.

Ficaram na suplência, em 6º, Ana Rita de Souza – 299 votos; em 7º, Patrícia Cezário – 292 votos; em 8º, Márcia Montanhini – 281 votos; em 9º, Gabri­elle Pimenta – 175 votos; em 10º Vanessa Monta­nha­ni – 160 votos.

A votação aconteceu entre 08 e 17 horas do dia 06 de outubro na E.E. Dona Anita Costa e nos distritos de Ribeiro de Santos e Baguaçu os eleitores votaram nos Núcleos Assisten­ciais.

O resultado da apuração, que aconteceu na escola Anita Costa, saiu às 22h10, do mesmo dia. No total, 4.775 pessoas, mais de 10% do total de eleitores de Olímpia, 41.477 eleitores, número superior a 64% em relação à eleição anterior (2.898 eleitores), compareceram para votar nas 14 urnas do Anita Costa e uma em cada distrito e escolher seu candidato entre 30 concorrentes.

 

 
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