31 de julho | 2022

Conversa telefônica pode trazer fato novo em investigação da morte de criança de 17 dias

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RECONSTITUIÇÃO!
Reconstituição na sexta-feira, 29, durou quase 4 horas
e envolvidos estiveram presentes. Mãe deverá ter a prisão
temporária prorrogada. Pai continua
internado na Fundação Casa de Lins.

 

Com a duração de aproximadamente quatro horas foi realizada ontem, sexta-feira, 29, a reconstituição simulada dos fatos, do caso que apura as causas da morte do bebê de 17 dias, na casa dos pais no jardim Paulista.

A mãe JASM, de 22 anos, deverá ter sua prisão temporária prorrogada por mais 30 dias. O pai, o menor ASO, de 17 anos, continua internado na Fundação Casa de Lins.

A reconstituição aconteceu a pedido do delegado Rodrigo Souza Ferreira, que preside o inquérito policial. Estiveram presentes os peritos do IC – Instituto de Criminalística de Barretos. O pai do bebê foi ouvido durante cerca de duas horas e negou ter praticado ou ter conhecimento de qualquer tipo de violência que tenha sido praticado contra o filho. Ele foi assistido pelo advogado Léo Cristian Alves Bom.

A mãe da criança também esteve presente escoltada pela polícia e também negou ter praticado qualquer ato de violência contra a criança. Ela confirmou a versão apresentada quando foi ouvida na DDM – Delegacia de Defesa da Mulher.

Por outro lado, informa-se nos meios policiais que uma gravação de uma ligação telefônica extraída do aparelho celular do casal poderá acrescentar um fato novo na investigação. No entanto, o teor da conversa ainda não foi revelado.

Durante a reconstituição, a polícia isolou as proximidades da residência e populares só puderam acompanhar os trabalhos à distância, sem manifestação.

DIVERGÊNCIAS

O médico legista do IML – Instituto Médico Legal de Barretos relatou que se trata de morte violenta e que a criança apresentava escoriações pelo corpo, tendo como causa da morte lesão no crânio, versão divergente dadas pelos pais, que alegam que a morte foi acidental.

A justiça olimpiense decretou a prisão temporária da mãe, no dia 28, do mês passado, quando ela foi detida e encarcerada na cadeia feminina de Bebedouro. O pai, por ser menor, teve a internação provisória decretada e na mesma data foi levado para a Fundação Casa de Lins.

O inquérito policial que investiga o caso é presidido pelo delegado Rodrigo Souza Ferreira, que além de ter representado pela decretação da temporária e internação, também requisitou a busca e apreensão na residência do casal e quebra do sigilo telefônico do celular do pai, que tem três passagens por envolvimento com o tráfico de drogas.

A MORTE

A morte da criança aconteceu na noite de 21 de junho, por volta das 21h30, quando foi registrado um boletim de ocorrência de natureza morte suspeita no plantão da delegacia seccional de Barretos.

A ocorrência contém as declarações da mãe da criança, que relatou que na noite do acontecido o pai da criança, o menor de 17 anos, chegou do trabalho e deu uma mamadeira de leite para a criança. Em seguida, esperou ela arrotar e a colocou na cama.

Contou a mãe na polícia que em seguida foram jantar. Depois foram ver o filho e notaram que ele não se mexia, estava com a boca roxa, pele fria, não respirava e perceberam que na cama tinha vestígios que ele havia regurgitado.

Com isso, afirma a mãe que o levaram até a UPA de Olímpia, onde o médico Luiz Antônio constatou o óbito. A mãe tem outros dois filhos, um menino de 4 anos e uma menina de 1 ano.

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