24 de maio | 2020
Delegados recorrem para poder retomar investigação sobre fugitivo morto pela PM
RECURSO!
Lucas, foi morto em troca de tiros com o Baep de Rio Preto.
A Polícia Civil de São José do Rio Preto entrou com recurso para retomar o inquérito policial aberto contra um tenente da PM que deixou de entregar a arma utilizada em troca de tiros que resultou na morte do fugitivo olimpiense Lucas Andrade dos Santos, de 22 anos, do CPP – Centro de Progressão Provisório de Rio Preto, em 17 de março deste ano.
O delegado seccional Silas José dos Santos declarou ao Diário da Região de São José do Rio Preto que “somos nós, delegados de polícia de carreira, que temos a missão de apurar abusos cometidos por policiais militares contra civis”.
A liminar foi concedida pela juíza Gláucia Véspoli dos Santos Ramos Oliveira, da 5.ª Vara Criminal de Rio Preto a pedido da Associação dos Militares do Estado de São Paulo (Defenda PM).
Lucas Andrade dos Santos, morador em Olímpia, foi morto com três tiros no peito quando tentava fugir do CPP – Centro de Progressão Provisória de São José do Rio Preto, juntamente com outros três presidiários. O corpo foi sepultado no cemitério do distrito de Ribeiro dos Santos.
A fuga aconteceu na noite de 16 de março deste ano, um dia após uma série de rebeliões em quatro unidades prisionais do Estado de São Paulo, depois que a justiça determinou a suspensão da saidinha temporária por causa do coronavírus.
De acordo com a polícia, Lucas escalou e pulou o alambrado e o muro do CPP, juntamente com os presidiários Allan dos Anjos, de 19 anos; Higor Henrique Cardoso, de 22; e Thiago Silva, de 25 anos. Os três ainda estão foragidos.
Quando a fuga foi descoberta, policias do Baep (Batalhão de Ações Especiais), realizaram diligências e os fugitivos foram encontrados em um bar nas proximidades do CPP. Quando notaram a polícia foram para uma chácara desabitada. Quando os policiais entram na chácara, Lucas teria atirado e os policiais revidado matando o morador de Olímpia com três tiros no peito.
Os policias do Baep prestaram depoimento na Central de Flagrantes de Rio Preto. No entanto, a arma utilizada no confronto com o detento não foi apresentada na delegacia.
Com isso, o delegado seccional, Silas José dos Santos, determinou abertura de inquérito policial para apurar crime de abuso de autoridade em decorrência da recusa dos policiais do Baep em entregar a arma utilizada no confronto.
Lucas cumpria pena por assalto a mão armada e estava na lista dos presos que seriam beneficiados pela saída temporária que foi suspensa.
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