04 de março | 2012
Diretor clínico denuncia caos na Santa Casa ao CRM e ao MP
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O diretor Clínico da Santa Casa de Olímpia, médico Nilton Roberto Martines (foto), segundo informações de fontes ligadas ao hospital, enviou ofício à provedoria do hospital, à secretaria Municipal de Saúde, ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e ao Ministério Público (MP) local, comunicando a situação de caos verificada na terça-feira desta semana, dia 28, no pronto-socorro do hospital.Nos mesmos ofícios ele comunica que a OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse Público), denominada Instituto de Gestão de Projetos da Noroeste Paulista (Gepron), com sede em Araçatuba, contratada pela prefeitura para viabilizar a UPA – Unidade de Pronto Atendimento e que está gerindo o pronto-socorro do hospital, não tem condições e não estaria preparada para assumir os serviços para os quais foi contratada pela prefeitura por quase R$ 3 milhões ao ano.
Além disso, sugere também que sejam tomadas atitudes administrativas e até processo legal se for o caso, contra o médico Amin José lrabi, que deixou de comparecer para atender no pronto socorro e também contra o diretor Técnico da Empresa GEPRON.
Embora o médico tenha preferido não se manifestar a respeito do assunto, apenas confirmando que continua diretor clínico, as informações de fontes ligadas ao hospital dão conta do encaminhamento dos ofícios, medida, inclusive, que Martinez já havia anunciado através deste jornal, em entrevista concedida quando assumiu o cargo na Santa Casa.
Na ocasião Nilton disse que estaria assumindo a direção clínica do hospital, mas que não se responsabilizaria pelo pronto-socorro de forma direta, já que este não tinha ligação com o corpo clínico do hospital e que estaria sendo gerido pela OSCIP, que estaria em fase de testes para em seguida assumir o gerenciamento da UPA.
Na oportunidade o médico também afirmou que caso ocorresse algum incidente mais grave, faria a comunicação à provedoria, ao CRM e à promotoria local, pois esta seria a única forma de não ser conivente e não se responsabilizar por este tipo de problema.
No ofício datado de 29 de fevereiro último, endereçado ao provedor da Santa Casa, cuja cópia foi enviada ao promotor, Nilton Martines expõe que no dia 28 de fevereiro último, o médico plantonista Amin José Irabi não compareceu e não fez substituição de seu plantão e que em contato com a GEPRON (OSCIP contratada pela prefeitura para gerir a UPA – Unidade de Pronto Atendimento e que estaria comandando o pronto-socorro da Santa Casa) a mesma não tinha disponível um plantonista para a substituição e não conseguiu nem um médico para o plantão.
“Então, consegui que meu parente, o médico Matheus Sgarbi Vergaça viesse a cobrir o plantão do pronto-socorro, chegando às 22h30 horas daquele dia”, escreveu o médico no ofício.
Continuando, Martinez escreveu: “Quero informar-Ihe que a GEPRON não está estruturada para assumir a responsabilidade do serviço do Pronto Socorro da SANTA CASA DE MISERÍCORDIA DE OLÍMPIA, uma vez que não tinha médico disponível para substituição emergencial do plantonista faltante e tem disponibilizados médicos sem capacidade plena para assumir o plantão do Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia. Outrossim, sugiro que tome atitudes administrativas e processo legal se for o caso contra o médico Amin José lrabi e o diretor Técnico da Empresa GEPRON.
No oficio, Martinez explica ao provedor que está comunicando (através de cópia do mesmo ofício) ao Promotor Público, ao Delegado do Cremesp e a Secretária da Saúde do Município de Olímpia, para que tomem a providências necessárias uma vez que como Diretor Clínico não concorda com o que vem acontecendo e não assume responsabilidade, uma vez que está comunicando os fatos para que providências sejam tomadas para o bem da Santa Casa de Olímpia e da população olimpiense e da região.
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