01 de março | 2020

Escolas pedem mais verba e mais espaço para o samba e os foliões

Compartilhe:

ÊNFASE NO CARNAVAL!      “Precisa valorizar mais o carnaval de rua com participação popular. Jogar blocos nas ruas.

Unidos da Cohab fala em subir verba de R$ 31 para R$ 50 mil.

Os dirigentes das escolas de samba que desfilaram no carnaval deste ano foram ouvidos pela Folha, ao final dos desfiles de terça-feira, 25 e a maioria, além de não citar a falha do carro de som que provocou atraso entre uma e outra, entendeu que foi um bom carnaval de rua, o que conseguiram apresentar na avenida.

O presidente da Samba Sem, Calato Monteiro (foto), por exemplo, declarou que a Samba Sem este ano conseguiu re­cuperar o velho espírito do passado. Nós somos batucada firme, bateria nota 10 e a gente este ano voltou com força total”, declarou.

Sobre o carnaval de Olím­pia, Calato entende que a visão que tem é a de que tem bastante coisa positiva. “Mas precisa valorizar mais o carnaval de rua com a participação popular; jogar blocos nas ruas, escolas nas ruas, sair um pouco desse gueto fechado. A gente tem que abrir pro povo, a gente tem que ser uma coisa aberta, a rua tem que ser ocupada pelo povo a exemplo de outras cidades”.   

VERBA PRECISA SER NO MÍNIMO DE R$ 50 MIL

Francisco Aparecido Pereira (foto), presidente Unidos da Co­hab, entende que apesar das dificuldade o carnaval deste ano esteve beleza. “As dificuldades que a gente tem é a ver­ba que é pouca, falta de pessoal. Antigamente o pessoal parece que gostava mais do carnaval, hoje está meio difícil arranjar batuqueiro, arranjar folião. Mas, assim mesmo, esteve bonito”.

Para ele a verba que foi 31 mil reais é pequena. Tinha que ser no mínimo uns 50 mil reais pra gente sair com uma escola mais bonita ainda”, des­tacou.

ACADÊMICOS E A DIVERSIDADE DO FOLCLORE

Já Alexandre Belelê (foto), da A­cadêmicos do Samba foi só e­logios para a sua escola, para o sambódromo e para a organização do carnaval.

Sobre a escola disse que tenta ter como espelho os grandes eventos da área. “Es­te ano falamos um pouco da diversidade do folclore brasileiro. Não focamos Saci-Pe­re­rê, mas de tudo. Falamos dos tambores do maracatu, falamos aí das festividades da festa de peão e entres outras festividades, falamos do Caprichoso e Garantido e é isso que a gente veio trazer pra vo­cês olimpienses”.

SAMBARENA PROMETE SURPREEENDER EM 2021

Marcos Ribeiro (foto) da novata Samb­Arena, por sua vez, destacou que surgiram como bloco no ano passado e nesse a­no se apresentaram como escola. “Foi acima da expectativa, pois nós não tivemos nenhum incentivo público, foi tu­do particular. E nós estamos chegando, pro ano que vem a gente promete algo bem maior do que esse ano”, garantiu.

O presidente da SambA­rena conta que é de São Paulo e está na cidade há cinco a­nos. “Eu conheço o carnaval de São Paulo, já saí em algumas escolas lá e a gente vem trazendo isso. Foi uma surpresa vir como uma escola já nesse ano e pro ano que vem a gente vai vir com tudo, com os patrocinadores aí somando e agregando com algo mais e com muita surpresa. Eu acho que o pessoal vai se surpreender no próximo ano com o Sam­bArena”, destacou.

Sobre o carnaval deste ano, deu a entender que as escolas precisam cumprir os horários predeterminados pra não a­trasar as outras. O pessoal vem prestigiar o samba e quando as escolas atrasam acabam as pessoas indo embora, as pessoas mais idosas”, concluiu.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas