25 de fevereiro | 2007

Fantasma do gabinete de Carneiro continua fantasma

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 O estudante Fernando do Nascimento, apontado pela Comissão Especial de Investigação (CEI) da câmara, como sendo um funcionário fantasma do gabinete do prefeito Luiz Fernando Carneiro, continua fantasma. Pelo menos isto é o que pode ser depreendido da informação divulgada na manhã de ontem, sexta-feira (23), pela imprensa de Rio Preto.

Consta que os oficiais de justiça da 3.ª vara da Comarca de Olímpia não estão conseguindo localizar o ex-assessor de gabinete e que por isso o juiz Hélio Benedini Ravagnani deve determinar o encaminhamento de carta-precatória para Presidente Prudente, onde o estudante reside, com a finalidade de notificá-lo.

Por outro lado, segundo informações também publicadas pela imprensa riopretense, o prazo para que o prefeito Luiz Fernando Carneiro se manifeste na ação civil pública proposta pelo promotor dos Direitos Constitucionais do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior, terminaria no próximo dia cinco de março.

O promotor, inclusive, confirmou ter sido o autor do pedido para que fosse decretado sigilo no processo onde o prefeito Carneiro é acusado de manter funcionário fantasma em seu gabinete. Ele justificou que existem informações confidenciais, como extratos bancários que não podem ser divulgados.

Na ação civil pública o Ministério Público acusa o prefeito Luiz Fernando Carneiro e o estudante de prática de ato de improbidade administrativa e pede a cassação do prefeito de Olímpia.

Oliveira Junior pede também o ressarcimento de R$ 36.487,20 referente aos salários pagos ao estudante irregularmente.

O caso

O ex-assessor do gabinete do prefeito Luiz Fernando Carneiro, Fernando do Nascimento, é aluno da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) "Júlio de Mesquita Filho", de Presidente Prudente, onde tem cerca de 98% de freqüência às aulas do curso de Geografia.

Ao contrário do que se imaginava inicialmente, o ex-assessor permaneceu no cargo pelo período de 31 meses ao invés de apenas 15. Fernando Nascimento, segundo ficou apurado, na verdade foi contratado em agosto de 2003 e foi demitido no dia 31 de março de 2006.

 

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