22 de novembro | 2009

Geninho estuda construção de aterro sanitário privatizado

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Além da terceirização da coleta do lixo na cidade, o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, está estudando a privatização da construção de um novo aterro sanitário no município de Olímpia. Isto pelo menos é o que se pode de­preender de um comentário que fez, que está no site da prefeitura, logo após uma sessão técnica realizada na noite da terça-feira, dia 17, na câmara municipal, quando questões relativas ao assunto foram tratadas pelo engenheiro sanitarista, Alexandre Gonçalves, da ABPL (Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública).

“Hoje estamos com a visão de que a defasagem de aterro sanitário, tanto para lixos domiciliares, quanto para lixo classe 1, que são os lixos industrial, resíduos da construção civil. Há um vácuo no mapa do Estado de São Paulo que acho que Olímpia, com 800 quilômetros quadrados de área, poderia fazer tranqüilamente, sem prejudicar a população, cerca de 15 quilômetros da cidade e gerar muita receita para o município”, avaliou o pre­feito.

O prefeito vê dificuldades para o município realizar sozinho uma obra cujo valor está orçado em aproximadamente R$ 6 milhões. Mas, para isso seria preciso que um volume mínimo de 100 toneladas por dia de lixo para compensar.

Uma saída seria, segundo uma informação divulgada, recentemente, pela Folha de São Paulo, Caderno Ribeirão, a formação de um consórcio com municípios da região, principalmente, Barretos e Bebedouro.

Com a privatização do aterro o município receberia o lixo de várias cidades da região ou, até mais distantes, mediante pagamento, conforme acontece atualmente, nas cidades de Catanduva – que recebe o lixo de Olímpia – Guará, Guatapará e Onda Verde. “No final do contrato todo o investimento e capital retorna para a prefeitura”, comentou Alexandre Gonçalves, durante sua palestra.

O objetivo da palestra, de acordo com o que disse Gonçalves, foi explicar a viabilidade de um projeto desse porte. “Foi tentar mostrar que o modelo de concessão, que é uma coisa moderna que possui plataforma jurídica e bastante interessante para a prefeitura, porque ela não tem investimento inicial, porém recebe um percentual da receita do privado”, acrescentou.

O gerente regional da Cetesb, de Barretos, Davi Faleiros, que participou do evento, defende o sistema. “Com certeza a audiência foi muito enriquecida, primeiro por conta da apresentação que deixou muito claro que o futuro está no investimento na área ambiental. Quem não tiver estrutura de saneamento e am­biental não vai conseguir trazer indústria e comércio para seu município”, explicou.

Mas além de outros municípios terem onde dar destinação final ao seu lixo, na forma como a questão está sendo analisada pelo prefeito, mesmo as grandes empresas, como no caso da Açúcar Guarani, poderão utilizar o espaço para tratar seus resíduos, conforme explicou o diretor da empresa, Edson Luií Carvalho.

“Isso vem agregar muito à nossa necessidade. Hoje, a questão de lixo preocupa muito, é uma questão de educação ambiental que temos que trabalhar para ontem. A questão desse aterro vem agregar muito em relação aos empreendimentos e falo no contexto geral, de todos os resíduos que são gerados hoje e isso é muito importante para a Açúcar Guarani. Com certeza ela vai ter demanda para isso e terá uma preocupação a menos em relação a saber onde dispor o seu resíduo”, avaliou.

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