12 de janeiro | 2014

Hidrantes não ajudam no combate a incêndios no centro de Olímpia

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Mesmo com a rede de hidrantes que consta existir, mas que segundo se comenta não são operacionais ao ponto de atender as necessidades, o que se observa é que há muitas dificuldades para o combate a incêndios na região central de Olímpia, amplamente recheada de edificações antigas e encostadas umas nas outras.

Pelo menos é essa a conclusão que se pode chegar a partir das afirmações feitas pelo presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil, José Paulo Poliselli, durante uma entrevista que concedeu ao repórter Valter Carucce, da rádio Espaço Livre, no final da manhã da quinta-feira, dia 9, quando deixou bastante claro que o combate ao fogo foi possível por causa da ajuda extra de caminhões que carregaram água para dar suporte ao veículo do Grupamento do Corpo de Bombeiros local.

“No atendimento dessa ocorrência foram deslocados para o local só de caminhão de água, caminhão pipa, três do Corpo de Bombeiros, quatro da Prefeitura e Daemo, e da usina foram mais dois. Então, em nenhum momento houve falta de água”, afirmou em um trecho da entrevista. “Tem um momento que acaba a água e não tem como combater o incêndio. Então, um caminhão abastece o outro”, acrescentou.

Assim como em outras ocasiões, também no caso desse incêndio o risco de uma tragédia era iminente. “Felizmente nós conseguimos combater o incêndio a ponto dele não propagar (para outros prédios – todos são muito perto um do outro) e transformar tudo numa tragédia”, comemora Poliselli.

Embora destacasse que a região central está dotada de uma rede de hidrantes, não se tem conhecimento em que medidas eles podem ajudar, até porque é bastante comum faltar água naquele setor da cidade.

O presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil quase chegou a afirmar que todos os estabelecimentos deveriam ser dotados de hidrantes próprios para garantir a segurança; “É o exemplo da J. Mafhuz que é uma empresa preparada, que tem hidrantes, tem todo o sistema hidráulico de segurança de incêndio”.

HIDRANTE PRÓPRIO
Por ouro lado, quando ficou sabendo do incêndio, Marcelo Carvalho, gerente da loja J. Mahfuz, única loja do quarteirão que não é geminada, mas praticamente encostada ao prédio que foi tomado pelo fogo, imediatamente abriu o hidrante interno da loja e começou a jogar água nas paredes para evitar que o fogo alastrasse para sua loja.

“Nós temos orientações da empresa sobre como agir em situações como essa e sobre que medidas tomar para evitar que acidentes desse tipo aconteçam”, explicou. Segundo ele, uma manutenção na rede interna havia sido feita no dia anterior, após verificar se o funcionamento estava correto. “Por coincidência essas mangueiras de combate ao incêndio, nós trocamos ontem (3.ª feira)”, informou.

De acordo com ele, o incêndio foi percebido por volta das 8h15, quando ele estava soltando o caminhão para fazer as entregas. “O meu funcionário já estava chegando e viu o princípio de incêndio e assim que cheguei à porta da loja o fogo já estava querendo sair pelas janelas dos fundos”, contou.

E acrescentou: “liguei o hidrante de loja, porque nós temos um em cima e outro em baixo e tentei acabar com o fogo, mas a proporção e a velocidade do fogo foi muito grande. Foi impossível querer apagar”.

Mas os hidrantes próprios garantiram a segurança da loja que, embora com a parede muito próxima à parede do outro prédio, não chegou a ser atingida pelo fogo: “Não porque a hora que eu peguei a mangueira, eu fui resfriando tanto a parede dele quanto a parede da loja que tem dois pisos, tanto superior quanto inferior, e graças a Deus na loja não aconteceu nada”.

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