30 de agosto | 2009

Hoteleiros não descartam possibilidade de redução de funcionários

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Reticentes para falar sobre o assunto, até mesmo porque as informações a respeito do problema ainda eram poucas, os comer­ci­an­tes do ramo hoteleiro da cidade de Olímpia, mesmo que evitando falar sobre as possibilidades, não descartam uma redução do quadro de funcionários, se prevalecer a decisão do Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM), lacrando os poços de águas quentes do Parque Aquático Thermas dos Laranjais.

Os seis entrevistados pela reportagem desta Folha, na sexta-feira, dia 28, são responsáveis por 726 leitos, que geram 181 postos de trabalho. Porém, aguardando as decisões que venham ou não favorecer o clube e, conseqüentemente a cidade, há quem já colocou parte deles para gozar período de férias.

Esse é o caso de Iraci Ribeiro Flores, proprietária do Hotel Olím­pia, que, com 15 funcionários, opera 150 leitos. “Se a água quente não voltar, vamos ter demissões aqui no hotel. Estou aguar­dando, mas concedendo férias, à metade deles, para aguardar”, avisa. Segundo ela, a decisão de enxugar o quadro pode esperar por mais um mês apenas. “Temos os encargos da empresa que acredito dê para agüentar ainda mais uns dois meses”, acrescentou.

No mais antigo hotel da cidade em atividade, o proprietário Paulo Eduardo Castro Bonini, até descarta, inicialmente, enxugar o quadro de funcionários. Atual­men­te ele mantém 9 empregados para administrar 60 leitos. “Até agora não demiti ninguém e é preciso ter um pouco mais de calma, pois se mandar embora, quando recomeça o movimento, tem que contratar tudo de no­vo”, justifica.Nada mais que 30 dias de espera é o tempo que Janaina De­me­trio Manoel Ferranti, proprietária do Hotel Villa Rebellato, conta para uma decisão. Ela, que tem 16 funcionários para movimentar seus 130 leitos, explica: “Estamos tentando segurar os funcionários para não criar mais alvoroço”.

Ainda aguardando uma solução breve, Esio Afonso, gerente do Olímpia Resorts, pretende não perder o tempo de treinamento que consumiu com seus colaboradores. Atualmente, ele tem 100 funcionários para tocar 317 leitos. “Mas se não voltar até o final do mês, vamos ter que demitir”, disse.

Já Maria Beatriz Gandin, proprietária dos Hotéis Fênix e Flamboyant, que juntos totalizam 37 leitos, diz que espera uma solução por até cerca de três meses.“Espero que não tenha que demitir ninguém. As pessoas trabalham porque precisam e nós também estamos esperando que a solução venha logo”, afirma.Por outro lado, Maria Augusta Paschoal, gerente do Thermas Park Hotel, até aposta no clima mais quente que pode predominar a partir do mês de setembro e, por isso, não está pensando em demitir nenhum dos 25 empregados que a ajudam na administração dos 37 leitos que tem.

A reportagem procurou, mas não conseguiu entrevistar o presidente da Associação dos Hotéis e Pousadas de Olímpia, engenheiro de segurança, Luiz Fernando Covello, que poderia fornecer um dado mais concreto sobre a questão econômica do setor. Foi deixado recado na parte da tarde em sua residência, porém, até o fechamento da edição, ele não retornado a ligação.

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