02 de abril | 2008

Incidentes paralisam serviços da Telefônica e cidade vive dia de caos

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Não há dúvidas de que os avanços da tecnologia, como por exemplo, a internet, têm sido benéficos em todos os sentidos, mas, principalmente, quando se trata da solução dos negócios econômicos das empresas e, porque não dizer também, dos problemas financeiros pessoais do dia-a-dia.

Porém, quando ocorre um “apagão”, maneira popular de classificar uma situação como a que ocorreu na terça-feira, dia 1.º, desta semana, quando quase todos os serviços prestados pela Telefônica ficaram paralisados durante praticamente todo dia, o caos acaba se estabelecendo, causando prejuízos  gerais.

O fato é que dois incidentes registrados pela empresa prejudicaram grande parte das 11.874 linhas fixas, 345 telefones públicos e 1.011 clientes Speedy, pelo menos segundo a informação divulgada pela empresa no início de dezembro de 2007.

Embora não fosse confirmado oficialmente por ninguém os prejuízos, a reportagem, ao percorrer algumas agências bancárias, por exemplo, detectou que a pane afetou bastante serviços considerados indispensáveis para o atendimento aos clientes, como por exemplo, os caixas eletrônicos.

No Banco do Brasil um comerciante não conseguiu imprimir um talão de cheques e, até um pouco antes da volta à normalidades, já exprimia sua preocupação se a situação perdurasse, porque na quarta-feira estaria recebendo muitas mercadorias e dependia do talonário para os pagamentos.

A pane atingiu também a agência local do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), onde todos os atendimentos foram suspensos porque, em todos os sentidos, a instituição funciona através da internet.

Na Nova Lotérica, o operador de caixa Rodrigo Tiene, reclamou que tinha de explicar a situação a cada novo cliente que chegava, mas mesmo assim, sem ele próprio saber o que realmente tinha acontecido e nem mesmo ter uma previsão para quando o sistema poderia voltar a funcionar com normalidade.

Os clientes também conviviam com a indecisão que surgia a cada momento que se passava, conforme relatou  Naiara Roberta Bassi, que por duas vezes foi até à lotérica para pagar uma conta que venceu na terça-feira e não sabia se poderia pagar sem juros no dia seguinte.

Entretanto, também nas lojas de departamento e mesmo nos supermercados, a dificuldade existiu durante todo o dia. Os clientes que pretendiam utilizar os cartões das lojas ou os cartões de compra do sistema “vale refeições”, não tinham como porque também dependem da internet.

Segundo nota divulgada pela Telefônica, o  rompimento de dois cabos de fibra óptica da empresa deixaram 467 mil telefones mudos na região, em algumas cidade num período de cinco horas, ficando praticamente impossível realizar ligações locais e interurbanas entre telefones fixos e entre fixos e celulares. Na telefonia celular, foi prejudicado quem precisava utilizar o código 15 para realizar chamadas.

De acordo com a nota da Telefônica, o primeiro rompimento aconteceu às 8h07, devido a obras no trecho ferroviário entre Rio Preto e Catanduva. Outro cabo foi rompido por volta das 8h45 na rodovia Assis Chateaubriand, entre Rio Preto e Barretos. Neste caso, a causa foi o vandalismo.

Também na nota, a empresa afirma que assim que houve registro das ocorrências, uma equipe técnica foi enviada ao local para solucionar o problema, o que ocorreu aproximadamente às 13h30.

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