18 de abril | 2013

Justiça acata denúncia e expede mandado de prisão preventiva contra integrantes da “Máfia do Asfalto”

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Além de acatar a denúncia formulada pelo Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal de Jales expediu mandado de prisão preventiva contra os acusados de fraude em licitações pela “Operação Fratelli”, que significa irmãos em italiano. A decisão atinge todos os suspeitos que foram libertados na segunda-feira desta semana, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ).

Por isso, o empresário Olívio Scamatti, que é dono da empreiteira Demop Participações Ltda e apontado como chefe da chamada “Máfia do Asfalto”, voltou a ser preso no início da manhã desta quinta-feira, dia 18. Ele, a mulher Maria Augusta Seller Scamatti, e outros 11 integrantes tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal de Jales, que também acatou a denúncia contra o grupo apresentada pelo Ministério Público Federal.

Além do casal, também já foram presos Osvaldo Ferreira Filho, o Osvaldinho, e Gilberto da Silva, o Formiga. Osvaldinho é ex-assessor parlamentar de Edson Aparecido, atual chefe da Casa Civil e braço direito do governador Geraldo Alckmin. Formiga é apontado nas investigações da Polícia Federal como “lobista do PT”, na região de São José do Rio Preto.

Também tiveram a preventiva decretada, mas, até o final da tarde de quinta-feira, 18, eram considerados foragidos: os irmãos Dorival Remedi Scamatti, Mauro André Scamatti, Édson Scamatti e Pedro Scamatti Filho,  Luiz Carlos Seller, Humberto Tonani Neto, Valdovir Gonçalves, Isso Donizeti Dominical, Jair Émerson Silva.

O Ministério Público Federal (MPF) de Jales denunciou as 12 pessoas por participação num megaesquema de fraude em licitações para recapeamento asfáltico em Auriflama, região de Rio Preto. O grupo responderá na Justiça pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraude.

Os denunciados são proprietários e funcionários da Demop Participações, Scamatti & Seller e Miotto & Piovesan, funcionários públicos, além do ex-prefeito de Auriflama José Jacinto Alves Filho (PSDB).

Para o MPF, o grupo era uma “organização criminosa que corrompia agentes públicos e fraudava licitações para a contratação de serviços, especialmente de pavimentação e recapeamento asfáltico”.

O jornal Diário da Região de Rio Preto apurou que policiais federais continuavam fazendo buscas na esperança de cumprir o restante dos mandados de prisão.

Todos já haviam sido presos pela Operação ‘Fratelli’, deflagrada no último dia 9 em operação conjunta do Ministério Público Estadual e Federal.

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