03 de maio | 2015

Merenda estaria sendo paga pelo total de pratos deixados sujos pelos alunos

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De acordo com o vice-presidente da Câmara Municipal de Olímpia, Marco Aurélio Martins Rodrigues, a empresa DFA (Della Fattoria Alimenta­re Refeições Ltda.), de São Pa­ulo, que na realidade, ao que tudo indica, se trata de um braço da Starbene Refeições Industriais, também com sede na capital paulista e até então responsável pelo fornecimento, estaria considerando a quantidade de pratos deixados sujos pelos alunos para cobrar pelo fornecimento da merenda escolar.

Inclusive, a empresa que ven­ceu a licitação e está fornecendo a merenda escolar não só manteve os mesmos funcionários de antes, como também os mesmos registros em carteira profissional em nome da Starbene.

Segundo o vereador, embora haja um contrato com valor especificado, haveria um controle na quantidade de comida servida aos alunos para que os mesmos tenham de repetir, mas sem que possam utilizar o mesmo prato no qual foi fornecida a primeira parte da refeição. A afirmação foi feita durante a sessão ordinária realizada na noite da segunda-feira, dia 27.

“Está havendo alguns problemas que vários professores vieram reclamar que está sendo cobrado (pela empresa) por prato que a criança come, ou seja, pela quantidade de vezes que ela come (repete o prato). Aí, vem às vezes, um pin­guinho de comida, pouca coisa, um pedacinho de carne”, afirmou o vereador.

Também de acordo com ele, os “diretores têm ficado brigando para eles (empresa) mandarem mais. Por quê? Pa­ra que a criança possa re­pe­tir mais vezes, vai ser pago mais vezes. Então, está havendo um desperdício do dinheiro público. A criança que vai repetir não pode usar o mesmo prato”.

Marco Aurélio Martins Ro­dri­gues relatou também que a criança “tem que usar outro (prato) para eles (empresa) contarem mais fácil. Tem até bebê comendo papinha que está repetindo. Então, isso tem que ser mais fiscalizado para não haver esse desperdício do dinheiro público”.

Além disso, o vereador falou do desperdício de água para lavar uma quantidade maior de pratos usados: “A professora ensina a economizar água, a cuidar do me­io ambiente, mas tem que lavar mais pratos. Um desperdício de água”.

LICITAÇÃO

Como se sabe, a DFA foi a empresa vencedora da licitação na modalidade concorrência pública lançada pela Prefeitura para o fornecimento da merenda escolar. O processo aberto em fevereiro deste ano foi vencido pela empresa com uma oferta de R$ 7.595.878.

A oferta ficou mais de 8,5% abaixo do valor estipulado para este certame, que era de R$ 8.245.732,51, e fica praticamente igual ao que foi gasto em 2014 – R$ 7,6 milhões, segundo dados fornecidos pela Secretaria de Gestão do município.

Além da DFA também a Pack Food Comércio de Alimentos Ltda., de São Ber­nar­do do Campo, concorreu ao serviço. A Starbene, fornecedora da merenda escolar desde 2011, não participou. A DFA firmou contrato com o município no dia 6 de abril passado.

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