18 de janeiro | 2015

Mário Mordaça, “azul carcinha” é lindo… amei,,,

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‘Quando uma pessoa não presta, é porque nunca vai prestar e, daí, se torna um estorvo (o que obstruí, atrapalha ou impossibilita a realização de alguma coisa). Tive que ouvir hoje que a pintura da Santa Casa está ficando um “azul carcinha”; só se for da mãe dele, mas, não é por isso que vamos mudar a cor; vamos colocar uma cor mais suave.’  Mário Montini.

Willian Zanolli

Gente… ando amedrontado com a virulência com que os autoritários andam defenes­trando verbalmente seus opositores, a língua dos caras parecem as metralhadoras dos xiitas islâmicos que liquidaram os cartunistas do Charles Hebdô na França.

Esta semana, notícias vindas do além buzinaram na minha orelha que uma determinada figura autoritária descontente com algumas indagações andou fazendo alguns questionamentos a meu respeito de ordem muito pessoal por ai, o que não muda em nada minhas dúvidas, pode ser que até se ampliem.

E como bem falei a uma pessoa, dúvida, para quem esquentou banco de escola, se deteve nos ensinamentos dos educadores, sabe bem que é o inverso de crença.

Clareando, para não restar dúvidas, quando alguém duvida de alguma coisa não se está afirmando que aquela coisa se deu ou não, pois afirmar não faz parte da dúvida, faz parte do ritual do crer, do acreditar, da crença em si.

Quando se duvida, principalmente do homem público, para quem frequentou a escola e ouviu com atenção as lições dos mestres, dúvidas no tocante a comportamentos públicos podem ser solucionadas através de vários canais, que não os jornais.

Os órgãos de imprensa servem para que a pessoa possa, desejando prestar as informações que entende supra as dúvidas acalentadas na alma do cidadão, só isto.

Razão pela qual, sair por ai naquela de fulano não tem o que fazer senão cuidar da minha vida apenas alimenta mais dúvidas, e faz com que o cidadão, verdadeiramente com um tempo livre se dedique mais a querer esclarecimentos detalhados acerca da dúvida que o ronda, visando chegar ao entendimento, a crença, a fé nos propósitos reais do que gerou a dúvida.

Este início de desabafo é introdução para um outro tema que andou circulando nas redes sociais e que motivou vários comentários e tem alimentado o noticiário de uma emissora local.

Muito embora possa parecer de gosto duvidoso e esteticamente não aconselhável, está bem claro que não se trata de uma poesia Armorial, muito menos versos parna­sianos ou dos pés quebrados, como diria minha saudosa professora de língua portuguesa no Capitão Narciso Bertolino, elogiando meus trabalhos poéticos.

— Belos versos do pé quebrado Zanolli, dignos de uma merecida nota zero e do fundo de uma linda lata do lixo.

E pelo esforço desenvolvido, mais a força de vontade, além da recomendação e jura de que não intentaria mais contra a poesia brasileira, por bondade, doçura e carinho me premiava com o direito a escrever um texto livre para se recuperar do vexame de se aventurar por terras tão ásperas como as do discurso poético.

Já, ele, Mário Montini que trafega com facilidade por esta seara encontra dificuldades no texto livre, percebe-se ai sua tendência ao personagem que lhe atribui o filosófico jornalista responsável pela Coluna do Arantes, que observa nas atitudes do provedor um mix de general da ditadura, com Tor­quemada da in­­quisição en­rus­tidos na linguagem rebuscada de um Mario Mordaça insatisfeito com qualquer possibilidade de crítica aos seus trabalhos públicos.

Senão vejamos, a turma do humor da internet criou uma lata de tinta, de nome azul calcinha e atribuiu aquela cor a que está sendo usada pela Santa Casa local, nada demais, brincadeira da moçada, que não traria nenhuma conseqüência para o atendimento prestado naquela instituição que reputo de qualidade inferior ao que já foi prestado antes.

Bastou o locutor, cujo nome começa com F….de Fernando, da Rádio Difusora, emitir sua opinião em relação a cor escolhida para pintar a Santa Casa, o que não melhorará em nada a  qualidade dos serviços ali prestados, só ira contribuir para tirar o estado de abandono em que ela se encontra, para o Mário se rebelar contra a opinião do moço, Fernando Serejo.

E aqui falamos de quem se trata, pois Martinelli assumiu que tratava de si e de sua mãe que Mário Mordaça se referia no texto nada elegante que postou na internet.

O Fernando tem todo o direito de não gostar do “azur carcinha” que o Mário autorizou a que a Santa Casa fosse pintada, e o Mário tem todo direito de entender que gosto cada um tem o seu, só que colocar a mãe no meio é coisa de time de terceira divisão.

Ali não havia nem o advogado, nem o poeta, nem o espírita, ali havia alguém possuído por um espírito inex­plicável de calar com virulência uma manifestação boba a­cer­ca de um assunto tolo.

O que a cor da Santa Casa pode interferir, por e­xemplo, em uma operação de he­mor­róidas?

O que pode a cor da Santa Ca­sa auxiliar no tratamento de asmas?

Na compra de gases e ataduras ou no pagamento dos funcionários, qual a contribuição positiva que a cor da Santa Casa pode dar?

Se as respostas forem negativas chega-se à conclusão que nada tendo de falar, visto que é radialista, Fernando falou de um bobeirol que não muda em nada a vida das pessoas e Montini reagiu a uma tontice de maneira desproporcional a uma situação em que não se vislumbra racionalidade alguma.

O poeta não mostrou no texto sensibilidade alguma, não há versos e rimas ali, o espírita quando diz que quem não presta e que nunca vai prestar nega o princípio, o fundamento do espiritismo, a recuperação, e o advogado ao falar da mãe do outro esquece de preceito constitucional claro, o da dignidade humana.

Nem vou aqui perguntar o que a mãe do moço tinha a ver com a questão tão desnecessária e inútil para a melhoria do caos caótico que a Santa Casa passou a enfrentar depois do domínio do grupo de Geninho, não vou por que é desnecessário e temo que coloquem a alma da minha Onça Mary nesta discussão inócua, desnecessária sobre cor.

Para mim toda cor é cor e tem além de sua beleza função cromática de definição das coisas, criar ilusão de que tudo é maravilhosamente colorido, até o azul da calcinha da Santa Casa pode ter beleza desde que se contrapondo com outras cores, para isto, é necessário esperar o final dos trabalhos.

É obvio que a cor sombria do texto do Mário Montini invocando a mãe do cidadão por consta de uma crítica jamais terá beleza, nem que ele conclua o texto com uma citação de Fernando Pessoa “  Tão curta a vida para tão longo amor” afinal como bem acentuou a internauta Francis­laine Zanata: “Mário Mon­tini, na verdade a cor da santa casa é irrelevante, pode ser qualquer uma, o importante é a qualidade do atendimento. Fico muito feliz por perceber que uma pessoa publica como o senhor Dr. Mário Montini, é aberto a opiniões da população que paga impostos caros… A aparência da santa casa é secundária, e acho que este tipo de comentário não deveria afetar uma pessoa que tem inteligencia emocional como você. deveria se abster de fazer este tipo de comentários e pos­tagens, para evitar ser mal interpretado. O que esperamos de uma pessoa publica e popular é que não dê atenção a estes tipos de coisas, tão banais.”

Pena que o Mário Mordaça tenha dado atenção a este tipo de coisa tão banal de forma tão chula e desrespeitosa, poderia ter sido mais, mas como todo ser autoritário parece que optou por ser menos.

 

Willian A. Zanolli é artista plástico, jornalista, estudante de Direito, pode ser lido no www.willianzanolli blog­spot.com e ouvido de terça e sexta-feira na Rádio Cidade (98,7 Mhz) das 11h30 às 13h00 no jornal Cidade em Destaque. E já colocou a foto de sua mãe na página que é para o ilustre provedor não falar do azul calcinha de sua querida Mary, que pode voltar armada para pegar no pé de seu detrator.

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