22 de abril | 2017

Nilton Martines vê alto risco em UTI meia boca na Santa Casa

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O médico Nilton Rober­to Martines declarou nesta semana que vê alto risco no funcionamento meia boca da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Olímpia, que foi fechada para reformas em junho de 2014, por causa do risco de graves infecções hospitalares e nunca mais foi reativada por completo, ou seja, depois de concluída a reforma, o local não voltou a contar com uma equipe de intensivis­tas adequados.

O aviso foi passado pelo médico na segunda-feira desta semana, dia 17, durante uma entrevista que concedeu ao repórter Valter Caruce, da rádio Espaço Livre AM, para explicar o estado de saúde do comerciante Benjamim Antony Simons, que foi atingido por um disparo de arma de fogo durante uma tentativa de assalto na noite de sábado da semana passada, dia 15.

“A Santa Casa tem ótimas condições de atendimento e excelentes profissionais. O único problema nosso seria a UII, mas nós estamos trabalhando, eu e o Fábio, meu filho, que também participou da cirurgia, nós estamos diu­turnamente vendo esse paciente. Daí a importância de lutarmos para que a UTI volte a funcionar a pleno vapor. É importante para todos. Portanto, para todo mundo. Para nós, para a Santa Casa, para a região, para a população de Olímpia. É a segurança para a gente”, avisou.

Martines ainda acrescentou: “a única coisa que eu gostaria de passar é aproveitar esse momento para dizer à população de Olímpia que nós precisamos lutar o quanto mais for possível, que a população se engaje, que o prefeito e os políticos se engajem, para que a gente volte a ter uma UTI funcionando cem por cento. Porque isso é segurança para todos. Numa emergência não dá tempo de a gente fazer nada se tiver que levar para outro lugar, como foi esse caso”.

Mas Martines mostra situações em que talvez não fosse possível manter a vida de um paciente. “Como é o caso de um infarto agudo do miocár­dio, como é o fato de um atropelamento grave. Nós precisamos acordar e entender que o funcionamento de uma UTI a pleno vapor é fundamental para todos nós”, finalizou.

Prefeito diz que UTI completa depende
do equilíbrio financeiro da Santa Casa

Ao falar sobre os problemas que ainda são encontrados por causa do funcionamento inadequado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), da Santa Casa de Olímpia, lembrando que a instalação foi um trabalho seu enquanto deputado estadual, o prefeito Fernando Cunha deu a entender que o funcionamento da ala por completo, ou seja, com uma boa equipe de intensivis­tas, estaria na dependência do equilíbrio financeiro do hospital.

“A primeira coisa é o fluxo mensal. Após este equilíbrio financeiro e paralelo a isto a gente pretende, em parceria, para cada tema importante da Santa Casa ter um projeto especifico e o primeiro é a UTI”, disse Cunha em uma nota enviada à reportagem desta Folha na quarta-feira desta semana, dia 19.

“Hoje ela se encontra nesta condição, ela está montada, mas não funciona pela condição financeira. Eu entendo o seguinte, que é uma condição necessária para o bom funcionamento da saúde em Olím­pia e que com a nova diretoria (da Santa Casa) a gente está dialogando e é o objetivo número um que a gente conversou, foi estabelecer o equilíbrio financeiro do fluxo mensal da Santa Casa. Este é o primeiro desafio já que ela tem um déficit mensal e tem um endividamento que sequer está sendo equacionado”, reforçou.

“O primeiro projeto especifico é a UTI e já foi feito um estudo preliminar que foi apresentado semana passada pela nova diretoria. Este estudo é o seguinte. Se nós tivermos sete leitos que nem temos hoje, receberíamos 29 mil reais do SUS, se aumentarmos para dez leitos saltamos para R$ 99 mil reais”, calcula.

Por outro lado, também segundo Cunha, “a Santa Casa nos informa que a Unimed se dispõe a ter dois leitos cativos para ela, então teríamos nosso ônus de oito leitos, um custo mensal médio de 160 mil, então teríamos um déficit de 60 mil fora o SUS”.

E acrescenta: “neste déficit a prefeitura pode ajudar em uma parte, mas uma parte pode ser suportada com prestação de serviços para planos particulares. É uma equação financeira. Mas nós devemos ter os dez leitos, mas primeiro é o projeto que a diretoria apresentou e eu acho que em um prazo curto a gente deve ter uma equação para isto, não é difícil”.

PRONTO SOCORRO

Cunha ainda reforçou “que o segundo projeto em andamento é o pronto socorro da Santa Casa e este é mais complexo. A gente está tendo um sinal verde de fontes com recursos dispostas a ajudar. E pode ser que demore até três meses para ter a homologação destes recursos”.

Continuando as contas, Cunha ressaltou: “a gente precisa ter um fundo de caixa de pelo menos 480 mil até a regularização. O projeto zero da Santa Casa é o equilíbrio financeiro mensal e o primeiro projeto de melhoria é a UTI”.

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